segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Gambiarra

                              



As dores de cabeça continuam latejantes. A princípio achei que fossem causadas pela pressão alta, mas mesmo tomando os remédios para controle, as dores continuam. Não são causadas apenas pela pressão alta.
São as velhas dores de décadas atrás até descobrir o que as causava: Acromegalia.
Estou há uma semana tomando remédios que só aliviam os sintomas por algumas horas.
Trabalhei hoje e depois passei no banco, no posto de combustíveis e no mercado para as comprinhas da semana: bolacha, frutas e pão.
Fiquei indignada com os altos preços dos combustíveis. Antes eu abastecia o possante por menos de noventa reais, mas hoje paguei cento e vinte e cinco reais por um tanque cheio. Nossa!
Por que meu salário não sobe assim tão rapidamente?!
Bom...
Voltei para casa, tomei remédio para controlar a dor de cabeça e arriei no sofá. Acordei com dois fundos musicais conflitantes: música infantil tocada por um vizinho e música brega tocada pelo outro; estou no meio.
Como as pessoas estão bobas, sem educação, vulgares mesmo.
Atendia à uma mãe e somos interrompidas por uma música horrorosa tocada em alto volume; olhamos à volta e vimos um carro manobrando no estacionamento da escola: era uma professora grossa, metida à besta e que não fala com reles mortais como nós. Criaturinha estranha!
Aquilo me incomodou e cutucou minha dor de cabeça que já dava sinais de sua presença pululante. Nossa!
A infame da professora queria compartilhar seu péssimo gosto musical com a escola toda, pois desceu do carro, abriu todas as portas e parecia procurar algo enquanto a música maldita tocava. 
Eu gosto de música, mas nunca cheguei a lugar nenhum tocando meu bom velho Rock 'n' Roll em volume máximo. Eu toco música para eu ouvir e não para incomodar os outros!
Será que me rogaram alguma praga do mal gosto musical? Só pode ser!
E já que falei da escola...
Falamos hoje que a escola precisa fazer uma sessão descarrego, precisa ser lavada com sal grosso e ervas, precisa de incenso, reza, benzeduras e afins...
Funcionários que estão há pouco mais de um mês e já tiraram licença médica. Professores pedindo documentos que foram deixados sob a responsabilidade de uma pessoa com limitações mentais e de caráter também.
Pedidos de documentos de alunos se acumulando porque faltam funcionários na secretaria. O de sempre, basicamente.
Mas a grande e ridícula novidade é sobre o sinal: antes dávamos manualmente, mas agora é na gambiarra, explico. O sinal deveria ser automático, mas desde janeiro está quebrado e ficou no modo manual. OK.
Chego à escola hoje e fico sabendo que o sinal quebrou de vez e agora é preciso colocar dois fios na tomada para que ele funcione. E isso porque improvisaram um fio grande para que chegasse até a tomada! Desencaparam as extremidades e basta "apenas" enfiá-las na tomada para que o sinal sonoro seja ouvido por todos e isso ocorre a cada cinquenta minutos durante o dia e quarenta minutos durante as aulas noturnas.
O risco de um curto circuito ou um choque elétrico são grandes, mas quem se importa com a segurança e o bem estar de funcionários que se desdobram para manter a escola funcionando mesmo que em situações precárias?
Era e é preciso apenas um simples sinal, pelo amor de Deus! Um sinal para indicar que já se passaram os cinquenta minutos de aula, só isso!
Portas com fechaduras quebradas, portão do estacionamento que só encosta mas não tranca, calçada quebrada e largada pra lá, só lambança.
É gritar por São Bento antes que a cobra morda, dizia mamãe. Do jeito que as coisas vão, corremos um seríssimo risco de invasões e ou coisas mais sérias. Não temos segurança ali. 
Se não temos nem funcionários suficiente e nem sinal...
Nem vou falar do terreno tomado pelos ratos e pelo mato.
É isso, infelizmente.



                                   


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