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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Terra

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Tenho dormido de três a quatro horas por noite e quando consigo dormir seis horas, comemoro.
Insônia habitual somada aos prolemas, preocupações e muita ansiedade.
Às vezes tento dormir durante o dia, mas tudo o que consigo são alguns cochilos interrompidos pelo telefone, campainha, gritaria de vizinhos e o barulho da rua.
Ligo a TV, mas vejo quase nada; ligo apenas para fazer companhia, é estranho, eu sei.
Ontem lavei roupas e lavei os panos de chão; a moça que me ajuda viria limpar a casa hoje e iria precisar de panos e tapetes limpos.
Quando trabalho ou faço alguma coisa pela casa, eu me sinto útil e viva. É tão bom e faz bem.
Estou cansada dessa vida trancada dentro de casa e só sair para ir aos médicos e laboratórios.
Estou cansada de depender da minha irmã e meu cunhado para fazer tudo para e por mim; incomoda e eu não gosto de incomodar.
Fui me deitar até que bem, mas sou acordada por uma fortíssima dor de cabeça; parecia que tinha dezenas de martelos saltitantes dentro da minha cabeça. Que dor!
Tomei os remédios e adormeci. Levantei cedo para esperar a moça chegar e fiz meu café. Liguei a TV e folheava uma revista, me deu uma tontura de repente.
Tentei me segurar, mas não deu, deitei e adormeci. 
Meu Deus, vou morrer agora?
A moça chegou, abri a porta pra ela e disse-lhe que não a ajudaria muito hoje com os afazeres, eu não estava bem.
Fim de tarde, ameaça chover, céu cinzento, nuvens carregadas. Joelhos que doem e estalam, a coluna também. Estou crocante.
Fui ao quintal pegar alguns tapetinhos e parei para ver as graciosas mudinhas de melão, milho e feijão; estão tão lindas. Eu gosto tanto.
Arrumei algumas plantinhas, apreciei e agradeci a paz que me trazem e o bem que me fazem.
Liguei para o IAMSPE e perguntei sobre a cirurgia, mas a moça disse que não tem acesso à essas informações e que aquele número é só para agendar consultas e exames; tem que esperar o médico/hospital ligar. Paciência.
Final de ano, estamos a um mês do Natal, deve acontecer ano que vem.
Vejo comerciais dos hipermercados e sinto falta da minha liberdade. Adorava fazer minhas compras, minhas frutas, muitas frutas.
Não sei que raios eu fiz em outras vidas, mas que estou pagando gostoso, ah, estou!
É isso.



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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Desligar

                                Resultado de imagem para dor de cabeça



Dor de cabeça há algumas semanas; principalmente do lado esquerdo do rosto e no olho esquerdo.
Tomei remédios e tentei relaxar, mas tem sido impossível: muito barulho.
Parece que todos os cães, gatos e pessoas da vizinhança se uniram para fazer barulho e incomodar, muito, àqueles que querem e precisam de algum silêncio.
Gosto de ficar quieta no meu canto e, quando tenho minhas dores, gosto mais ainda. Deitar no sofá, ligar a TV, dar uns cochilos e tudo com silêncio, paz e tranquilidade. Meio difícil ultimamente.
É coisa minha, mania, talvez, mas para "desligar" é preciso de alguma quietude, silêncio, sossego e ontem foi exatamente ao contrário.
Para piorar, vizinhos fumam nos fundos e toda a fumaceira vem pra dentro de casa, da minha casa! Detesto cigarro!
Estou um caco hoje. Impaciente, dolorida e precisando urgentemente de um café.
Dor de cabeça chata!
É isso.






                                      Resultado de imagem para cafe
    

                                 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Sabiá

                                  Resultado de imagem para sabiá



Muita chuva e frio.
Dor de cabeça chata, só do lado esquerdo do rosto. Pressão no olho esquerdo.
Gatos encolhidos pelos cantos; fico com dó dos cachorrinhos da vizinha amarga, os pobrezinhos latem de fome e frio a noite toda e ela não toma providência alguma.
Daqui a pouco o sabiá inicia sua cantoria; acho tão lindo, mas tem gente que reclama. Final de inverno e o canto anuncia novas vidas que chegarão com a primavera.
Fumaça de cigarro que entra pelo nariz e incomoda muito. Os vizinhos fumam e bebem no quintal e toda a fumaceira vem pra cá; detesto! Piora a dor de cabeça.
Fiz arroz branco e comi com o refogado de abobrinha e mandioquinha que sobrou de ontem; bem gostosinho, embora não dê muita "sustança".
Estou "viciada" nessas bolachas integrais Nesfit e Belvita e nos cookies de chocolate da Bauducco. Deliciosos.
Tenho levantado cedo esses dias; quero fazer muitas coisas, tantas coisas, mas esqueço e lembro da minha condição.
Que vontade de largar o andador pra lá e sair pela casa fazendo o que tem que ser feito! 
Dúvidas, receios, possibilidades, incertezas e tantas outras coisas passando por minha cabeça que dói há alguns dias.
Que dor de cabeça chata!
Vou me deitar.
É isso.



                                      Resultado de imagem para sabiá  no ninho

segunda-feira, 16 de março de 2015

Aconchego

                                  Resultado de imagem para na cama com chuva



Levantei bem animada ontem e fiz algumas coisas pela casa; fiz até bolo de chocolate. Delícia.
E como era de se esperar, fiquei moída e com os pés inchados e doloridos. Normal.
Fui para a cama e medi a pressão antes, sentia uma dor de cabeça bem chatinha. Tomei os remédios e me deitei. Acordei de madrugada com uma dor de cabeça absurda, meu Deus!
A pressão estava controlada, então o motivo era outro.
Levantei e tomei um remédio próprio para essas dores de cabeça mais fortes e que me incomodam desde que eu era pequena. Deram um tempo, mas agora parece que voltam aos poucos e bem terríveis.
Esperei o barulhão matinal passar: manobras dos caminhões, motores ligados, buzinaço da van que leva e traz o menino da vizinha, caminhão do lixo...
Adormeci com Branca e Ébano Nêgo Lindo ao meu lado; eles sabem quando eu não estou bem.
Acordei depois me sentindo melhor, graças a Deus. Liguei para a casa de ração e pedi o "de sempre": ração seca, areia sanitária e alguns sachês de ração molhada nos sabores carne e atum. Detestam frango; acho que aprenderam comigo.
O céu fica escuro e desaba um fortíssimo temporal. Junto com a chuva vem o entregador e o jeito foi esperar um pouco.
Gataiada alimentada, dor amenizada e uma vontade imensa de tomar café. Consegui o feito inédito de ficar mais de três dias sem tomar o precioso líquido.
Mais um dia chuvoso que finda. Será que essa chuva toda vai resolver o problema da falta d'água de São Paulo?
Alice deita-se toda molhada no meu colo e agora dorme. A cobri com o velho e puído cobertor azul que ela tanto gosta.
Gatos adoram caixas de papelão e paninhos; isso os fazem sentir aconchegados.
É isso.



                                    Resultado de imagem para deitar com gatos

                                         


terça-feira, 3 de março de 2015

Culinária

                               Resultado de imagem para culinária



Que dia, meu Deus!
Deitei ontem à noite com dor de cabeça e acordei com dores mais fortes ainda. Antes de me deitar medi a pressão e tomei os remédios. Adormeci e acordei por volta das quatro horas da manhã com uma forte e pesada dor de cabeça; levantei e tomei um remédio mais forte, foi o jeito.
Fiquei o dia todo como um zumbi; sem ânimo, coragem ou vontade de fazer qualquer coisa, por mais que eu queira.
Detesto ficar assim e dá a impressão de que sou preguiçosa e acomodada, mas não sou e nunca fui.
Um dos sintomas da Acromegalia é esse cansaço brutal, o desânimo e a fraqueza; todos juntos e combinados, horrível.
Mas quem não conhece a enfermidade tende a julgar aqueles que lutam contra essa doença rara e de efeitos devastadores, tanto por dentro do corpo como por fora.
Bom...
Fiz bolo de arroz e ficou fofinho e dourado. Comi com café fresquinho. Muito bom.
Fico com raiva da minha situação e condição física e "desconto" na cozinha. Adoro cozinhar e preparar guloseimas, principalmente as doces. Estou com vontade de ir ao Atacadão para comprar as coisas que gosto e preciso. Adoro abrir o armário da cozinha e vê-lo abastecido com meus ingredientes favoritos: leite condensado, creme de leite, leite de coco, coco ralado, chocolate em barra e em pó, gelatina e outras maravilhas da culinária.
Estava tomando café sentada à mesa e observava as pessoas que passavam apressadamente na rua e fiquei com saudades dessa correria da vida paulistana.
Saudades dos tempos em que tinha energia para trabalhar, estudar, ir ao supermercado, cuidar da casa, das coisas e ainda tinha ânimo para muito mais.
Tempos sem Acromegalia. Tempos bons.
É isso.


                                    Resultado de imagem para tomando café e olhando a rua



quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Anotações

                               


Arrumava, limpava e tentava organizar meus livros e meu material usado na faculdade.
Fico sentada enquanto faço essas tarefas e não me canso tanto. O que cansa é o vai e vem e o senta-levanta do dia a dia.
Bom...
Joguei revistas velhas fora, jornais, livros... Não, livros não. Nunca!
Abri um caderno de 1999 e li algumas anotações minhas: "Voltar ao médico. Nova medicação para o tratamento da migrane. Há duas semanas com fortes dores de cabeça. Dor de cabeça insuportável..."
Era o começo da Acromegalia...
Sempre tive dores de cabeça, desde pequena, e sempre eram atribuídas ao crescimento, a isso ou aquilo até descobrir a causa real: Acromegalia.
Se eu soubesse já naquela época, talvez tivesse evitado todos os problemas que tenho e tive e teria pés normais.
Meu irmão me deu um sapatinho preto básico no Natal; número 39. Seria preciso juntar três sapatos para poder caber em cada pé.
Pé de Hulk com Shrek.
Reli minhas anotações. Tanta vida, vigor, sonhos, desejos, planos, vontades...
Eu só tinha as dores de cabeça que me derrubavam por alguns dias, de vez em quando.
Mas arrumei o que deu para hoje, amanhã tem mais.
Preciso de uma estante maior.
É isso.


                                  

domingo, 23 de novembro de 2014

De verdade

                             


Segunda semana consecutiva com dores de cabeça que mudam de intensidade, mas estão sempre presentes. Somando-se às dores, a pressão alta.
Ontem minha sobrinha Beatriz me ligou toda animada com as descobertas que fizera na feira: a barraca do milho e água de coco de verdade!
Beatriz me perguntou se gosto de suco de milho, de bolo de milho, de curau de milho... Adoro tudo do milho.
Ela disse, toda encantada: "A água de coco sai do coco, de verdade! Eu vi a moça na feira abrindo o coco". Está habituada a água na caixinha.
Fui vê-la. Pretendia ficar em casa, fazer o que fosse possível com a limpeza e curtir minha ubíqua dor de cabeça, mas quem resiste aos encantos de Beatriz?!
Combinamos de sairmos para comprar bolinhas e enfeites para a Árvore de Natal.
Choveu e é tão bom fechar os olhos e adormecer ao som das águas. Fui para a cama mais cedo, mas não consegui dormir, um calor abafado e insuportável. Suei em bicas, tirei o pijama e os lençóis e fiquei acordada ouvindo os sons da rua.
Adormeço por volta das cinco horas mas sou acordada às oito pelas malditas músicas dos palhaços Patati & Patatá e velhas músicas dos anos 80. Bota um filme pra esse menino assistir, pelo amor de Deus!
Tem que tocar essa porcaria em volume tão alto? Não parou para pensar que isso incomoda os outros?
Separei o lixo, estendi a roupa, fiz meu café e comi bolo de laranja e maçã com canela que minha irmã Rosi me deu.
Tomei banho e liguei a TV, estava exausta e dolorida. Não fiz nem a metade da metade da metade do que queria fazer; o cansaço sem sentido dominou.
Assisti ao Mundo SA, Via Brasil e Fernando Gabeira; ótimos. 
Me deu uma vontade de visitar Minas Gerais, principalmente as cidades históricas e as graciosas e charmosas pequenas cidades do interior: montanhas, verde, gente simples, muita graça e beleza.
Eu trocaria esse caos da pauliceia desvairada por uma casa no campo, ainda mais se for em Minas Gerais.
Estou cansada de verdade.
É isso.


                                  


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Gente Boa

                             



Mais de uma semana com fortes dores de cabeça e noites de sono interrompido.
Não consegui assistir ao The Voice Brazil, estava muito cansada, com dores e sob efeito dos remédios que causam sonolência. E ter que ouvir o blá blá blá sem fim de Claudia Leite? Não, não dá.
Fui me deitar por volta das vinte e três horas (onze da noite) com a cabeça latejando; medi a pressão e estava alta. Tomei os remédios e adormeci. Acordei às três da manhã com a cabeça doendo e latejando muito e tomei o opiáceo receitado pelo médico; adormeci.
O relógio despertou às cinco horas e decidi ficar até as cinco e meia para depois me levantar e me preparar para ir ao trabalho; adormeci novamente e quando acordei o relógio marcava nove e quarenta e seis. Perdi a hora!
Levantei e fui para a sala. Liguei a TV e passava o Bom Dia São Paulo, estranhei: "O Bom Dia SP a essa hora?! Não deveria estar passando o programa da Ana Maria Braga ou o Bem Estar? Oxe!".
Olhei o horário na TV e era pouco antes da sete! Ai, ai, ai.
Resolvi me levantar, tomar banho e ir para o trabalho; compensaria o atraso ficando até mais tarde. Tenho ficado até mais tarde até chegar alguém e depois vou embora; faltam funcionários.
Quase caí ao me levantar e a cabeça parecia que ia explodir. Deitei no sofá, adormeci e sonhei com o ex jogador de futebol, e agora comentarista, Casagrande. 
Slash, Renato Russo, Alexandre Nero e agora Casagrande. Quem será o próximo a fazer uma participação especial em meus sonhos malucos? Nietzsche, para falarmos sobre a Humanidade demasiado humana? Kafka, para falarmos sobre Metafísica? Goethe, para falarmos sobre Fausto? Eu, hein!
Vizinhos musicais ligam seus aparelhos de som antes das oito horas da manhã; pelo amor de Deus! E aquele som alto e incômodo atravessa e perfura meu cérebro. Dói, incomoda e irrita!
Tenha santa paciência!, exclamei, e fez-se algum silêncio. Amem.
Não, não vou tomar mais remédios. Vou ficar quietinha e deitar a cabeça em travesseiro alto... adormeci.
Um senhor idoso de fofos cabelos brancos, forte (gordinho) e de vestes brancas me abraça demoradamente; que coisa boa, meu Deus.
Mamãe se aproxima, nos cumprimenta e vai abrir a porta: tem gente boa lá fora querendo entrar. São sertanejos simples, porém cabras machos arretados com sangue nos "zóio" e cabelo nas "venta". Tiram o chapéu em sinal de respeito, pedem licença e dizem de onde vêm: "Sou de Pernambuco. Venho da Bahia. Venho do Piauí. Venho da Paraíba..."
No corredor da casa uma moça pequena dança um gracioso balé sem música; ela podia ouvir a melodia e eu admirava o seu bailar.
Acordei me sentido bem e com a cabeça mais leve, graças a Deus.
Agradeci a Deus, ao simpático velhinho forte, aos sertanejos e a mamãe pela visita que tanto alívio trouxe.
Levantei, tomei banho, fiz meu café, cuidei depois da gataiada e apreciei minhas plantas que estavam lindas sob o dourado do sol que anunciava a chuva.
A gataiada agora dorme; daqui a pouco anoitece e eles acordarão famintos e terríveis. Barriguinha cheia e a bagunça começa.
Vontade de comer fruta: tenho maçã e mamão.
É isso.



                                   


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Borbulhante

                                


Uma semana de dor de cabeça.
Fui deitar mais cedo ontem e fui acordada pelo ubíquo "soco" na nuca. Parecia ter algo se mexendo e borbulhando dentro da minha cabeça. Era um pouco antes das quatro horas da manhã.
Levantei e medi a pressão: 18x12. Tomei os remédios e voltei a me deitar. O relógio despertou mas eu continuei na cama.
Adormeci sob o efeito dos remédios e acordei por volta das sete horas da manhã. Liguei para a escola e avisei que não iria hoje, não tinha condições.
Fui para a sala, liguei a TV e me deitei no sofá; adormeci mais uma vez ao som monótono e enfadonho da voz de Ana Maria Braga. Sempre funciona!
Adormeci pesadamente e acordei ao meio dia. Dormi tudo isso?!
Dormir intercalado, sono cortado e interrompido é minha rotina desde sempre.
Acordei cansada e com muita fome. Fiz café, comi bolacha e mamão. Adoro frutas.
Pretendia fazer algumas coisas pela casa, mas só cuidei dos gatos e coloquei o lixo lá fora. E me cansei ainda mais só com isso.
Pretendia lavar a roupa que não lavei sábado, mas a água acabou mais cedo hoje.
Continuo cansada e com a cabeça pululante, saltitante, borbulhante....
É isso.



                                        

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Gambiarra

                              



As dores de cabeça continuam latejantes. A princípio achei que fossem causadas pela pressão alta, mas mesmo tomando os remédios para controle, as dores continuam. Não são causadas apenas pela pressão alta.
São as velhas dores de décadas atrás até descobrir o que as causava: Acromegalia.
Estou há uma semana tomando remédios que só aliviam os sintomas por algumas horas.
Trabalhei hoje e depois passei no banco, no posto de combustíveis e no mercado para as comprinhas da semana: bolacha, frutas e pão.
Fiquei indignada com os altos preços dos combustíveis. Antes eu abastecia o possante por menos de noventa reais, mas hoje paguei cento e vinte e cinco reais por um tanque cheio. Nossa!
Por que meu salário não sobe assim tão rapidamente?!
Bom...
Voltei para casa, tomei remédio para controlar a dor de cabeça e arriei no sofá. Acordei com dois fundos musicais conflitantes: música infantil tocada por um vizinho e música brega tocada pelo outro; estou no meio.
Como as pessoas estão bobas, sem educação, vulgares mesmo.
Atendia à uma mãe e somos interrompidas por uma música horrorosa tocada em alto volume; olhamos à volta e vimos um carro manobrando no estacionamento da escola: era uma professora grossa, metida à besta e que não fala com reles mortais como nós. Criaturinha estranha!
Aquilo me incomodou e cutucou minha dor de cabeça que já dava sinais de sua presença pululante. Nossa!
A infame da professora queria compartilhar seu péssimo gosto musical com a escola toda, pois desceu do carro, abriu todas as portas e parecia procurar algo enquanto a música maldita tocava. 
Eu gosto de música, mas nunca cheguei a lugar nenhum tocando meu bom velho Rock 'n' Roll em volume máximo. Eu toco música para eu ouvir e não para incomodar os outros!
Será que me rogaram alguma praga do mal gosto musical? Só pode ser!
E já que falei da escola...
Falamos hoje que a escola precisa fazer uma sessão descarrego, precisa ser lavada com sal grosso e ervas, precisa de incenso, reza, benzeduras e afins...
Funcionários que estão há pouco mais de um mês e já tiraram licença médica. Professores pedindo documentos que foram deixados sob a responsabilidade de uma pessoa com limitações mentais e de caráter também.
Pedidos de documentos de alunos se acumulando porque faltam funcionários na secretaria. O de sempre, basicamente.
Mas a grande e ridícula novidade é sobre o sinal: antes dávamos manualmente, mas agora é na gambiarra, explico. O sinal deveria ser automático, mas desde janeiro está quebrado e ficou no modo manual. OK.
Chego à escola hoje e fico sabendo que o sinal quebrou de vez e agora é preciso colocar dois fios na tomada para que ele funcione. E isso porque improvisaram um fio grande para que chegasse até a tomada! Desencaparam as extremidades e basta "apenas" enfiá-las na tomada para que o sinal sonoro seja ouvido por todos e isso ocorre a cada cinquenta minutos durante o dia e quarenta minutos durante as aulas noturnas.
O risco de um curto circuito ou um choque elétrico são grandes, mas quem se importa com a segurança e o bem estar de funcionários que se desdobram para manter a escola funcionando mesmo que em situações precárias?
Era e é preciso apenas um simples sinal, pelo amor de Deus! Um sinal para indicar que já se passaram os cinquenta minutos de aula, só isso!
Portas com fechaduras quebradas, portão do estacionamento que só encosta mas não tranca, calçada quebrada e largada pra lá, só lambança.
É gritar por São Bento antes que a cobra morda, dizia mamãe. Do jeito que as coisas vão, corremos um seríssimo risco de invasões e ou coisas mais sérias. Não temos segurança ali. 
Se não temos nem funcionários suficiente e nem sinal...
Nem vou falar do terreno tomado pelos ratos e pelo mato.
É isso, infelizmente.



                                   


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Beijinho

                             


Mais uma noite mal dormida.
Choveu e esfriou um pouco, ainda bem.
As dores de cabeça voltaram e estão fortes; parece que tem algo explodindo, andando, batendo e doendo dentro dela. Precisei tomar um remédio mais forte para conseguir descansar.
Fui para a sala e deitei no sofá, gosto de assistir aos programas matinais. Liguei e avisei que não iria trabalhar hoje, não dava.
A gataiada deitou comigo no sofá e adormeci após ouvir a voz monótona e enfadonha da Ana Maria Braga. Acho que vou gravar um CD com a voz dela e tocar nas minhas noites insones. Vai que dá certo!
Deveria ter ido à casa da minha irmã Rosi para ver minhas sobrinhas Beatriz e Rafaela, adoro beijar os cabelos cacheados das duas. Aliás, adoro beijar as cabecinhas cabeludas das crianças e não concordo muito com essa moda de beijá-las na boca (bitoquinha). 
Os pais que beijam seus filhos na boca o fazem por amor, claro, mas isso pode confundir a criança e dar oportunidade a pedófilos, acredito eu.
A criança cujos pais a beijam na boca vai achar que é normal beijar qualquer pessoa/adulto na boca, pois é um comportamento aprendido e repetido em família.
Posso estar errada ou exagerando, mas vejo dessa forma. Beijos para e em crianças só se for o doce beijinho.
Bom...
Vou preparar um caldo de fubá de milho para dar sustança, como diziam os antigos.
É isso.



                                  


                                         
                                                             

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sofá

                           
   

Cheguei exausta do trabalho, me deitei no sofá e adormeci.
Fazia uma tarde tão bonita.
Acordo com o toque da patinha de Branca Maria, continuei deitada com ela ao meu lado.
Levantei, cozinhei arroz e feijão, tomei muita água e depois assisti à programação infantil da TV Cultura; adoro Shaun, o Carneiro.
Minha cabeça dói.
Vou me deitar.
É isso.


                                   

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Folhagem

                             


O sol brinca de esconde-esconde e a chuva diz que vem, mas não vem. E ficam ambos nessa brincadeira de criança teimosa.
O tempo está mudando, sinto as mudanças.
Sinto a presença do tempo, da vida, das mudanças, das coisas...
Para pessoas "normais" é apenas chuva, é apenas sol, é apenas frio, é apenas calor... Plantas são apenas mato verde, flores morrem rápido e por aí vai.
Não vejo e não sinto assim. Para mim tudo é mais intenso, mais vivo e mais real.
As pessoas são e estão tão práticas nesses tempos modernos.
Tive uma forte dor de cabeça ontem; tomei remédio e adormeci. 
Estava deitada e mamãe se aproxima; deita-se em meu lugar, coloca umas folhagens no travesseiro, levanta-se e vai embora. Eu volto a me deitar e adormeço profundamente; acordo sem dor e me sentindo bem. Cadê mamãe?
É isso.



                                 

terça-feira, 15 de julho de 2014

Noite de Sono

                          
Clara Blue 


Mais uma noite mal dormida, mas dessa vez os vizinhos não fizeram tanto barulho e se recolheram mais cedo aos seus aposentos reais.
Tomei remédio para dor de cabeça de sinusite; todos "ites" meus doíam e o lado direito do rosto doía e latejava.
Cochilei e acordei achando que já era de manhã, mas ainda era de madrugada. Fiquei na cama com a gataiada e Branca Maria dormiu de conchinha comigo.
Beijei seu pescoço branco, macio, bonito...
Aldebarã deitou-se do outro lado e me olhava com seus olhos redondos. Tão lindo.
Fiquei horas e horas assim e nada do sono chegar. 
Ouço o barulho da moto e depois o barulho do jornal sendo jogado; era cinco da manhã. Fiquei mais um pouco e me levantei. Tomei banho, fiz café e troquei a água e a areia dos gatos.
Sentei-me no sofá para assistir aos telejornais antes de sair para o trabalho e Alice aproveitou para deitar-se em meu colo.
Deu a hora de ir, me despedi dos meus bichanos, pedi a Deus e ao Povo lá de cima que proteja minha casa, minha família, meus gatos. Nos livre de gente ruim, invejosa e má. Amem.
Chego ao trabalho e a moça que trabalha comigo me trouxe café e me ofereceu leite; tomei só o café. A moça da limpeza me deu um abraço bom; fiquei um mês de férias antecipadas por causa da Copa e foi bom rever algumas pessoas, outras nem tanto.
A manhã passa rápido, sinto sono e cansaço. 
Vou fazer promessa, sessão descarrego, arriar ebó pro santo ou qualquer coisa que o valha só para ter um noite de sono tranquila!
A cabeça volta a doer, acabou o efeito do remédio.
Não sinto fome, mas comi uma maçã só para o estômago não reclamar.
É isso.



                                


                                 

terça-feira, 1 de abril de 2014

Nuvens Escuras

                              


Semana difícil e hoje é apenas terça-feira.
Dor de cabeça e pressão alta que perduram há semanas, meses... Só mudam a intensidade.
Stress.
Minha Nossa Senhora de Aparecida, ilumina mina escura e funda o trem da minha vida...
Mamãe gostava dessa música e da Elis Regina.
Dor absurda na nuca que lateja e que dificulta virar o pescoço. Já tive quadros/episódios de edema cerebral causados pela pressão alta e por infecções como a meningite. 
As cirurgias para correção de fístula liquórica não cumpriram sua função de proteger meu cérebro de infecções causadas por vírus que entram pelo nariz. Está tudo aberto de novo e voltei a perder líquor.
Fiquei internada mais de vinte dias e tomando antibióticos que machucavam minhas veias. Já passei por tanta coisa e quero tanto não ter que passar mais!
Hospital de novo não, pelo amor de Deus!
Meus gatos tão lindos, meu cafofo cheio de plantas e livros, minha alegria em me levantar cedo todas as manhãs para ir ao trabalho. Minha alegria em estar viva, em estar me recuperando bem, em fazer as coisas, em cuidar de mim.
Essa alegria não será tirada de mim!
Deveria ter ido à casa da minha irmã Rosi, mas antes passaria na loja pra trocar uma peça de roupa e depois iria ao banco; não deu. 
Saí da escola e fui até a loja, mas no caminho pra lá senti uma forte pancada na nuca; parei o carro e tomei os anti hipertensivos que já havia tomado algumas horas antes. Fiz rapidamente a troca da roupa e voltei para casa. Ameaçava cair um temporal, o céu estava carregado com nuvens cinzentas e pesadas que eram rasgadas por relâmpagos dourados e furiosos. Melhor voltar e, além da chuva que cairia, os remédios logo começariam fazer efeito e me deixariam mole e cansada.
Fiz muito pouco do que havia planejado fazer e tomara Deus que amanhã eu esteja melhor e consiga concluir minhas obrigações. Só consegui abastecer o possante, comprar a impressora e trocar a peça de roupa; amanhã e quinta farei o restante.
Sexta-feira vou aquietar o facho, além do que o trânsito em São Paulo fica ainda pior.
Eu também deveria ter ido à casa do meu irmão para pegar uma jaca que ele trouxe para mim, mas não deu.
Só eu estando nada bem para não buscar uma jaca!
Amanhã será melhor que hoje.
É isso.