sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Gente Boa

                             



Mais de uma semana com fortes dores de cabeça e noites de sono interrompido.
Não consegui assistir ao The Voice Brazil, estava muito cansada, com dores e sob efeito dos remédios que causam sonolência. E ter que ouvir o blá blá blá sem fim de Claudia Leite? Não, não dá.
Fui me deitar por volta das vinte e três horas (onze da noite) com a cabeça latejando; medi a pressão e estava alta. Tomei os remédios e adormeci. Acordei às três da manhã com a cabeça doendo e latejando muito e tomei o opiáceo receitado pelo médico; adormeci.
O relógio despertou às cinco horas e decidi ficar até as cinco e meia para depois me levantar e me preparar para ir ao trabalho; adormeci novamente e quando acordei o relógio marcava nove e quarenta e seis. Perdi a hora!
Levantei e fui para a sala. Liguei a TV e passava o Bom Dia São Paulo, estranhei: "O Bom Dia SP a essa hora?! Não deveria estar passando o programa da Ana Maria Braga ou o Bem Estar? Oxe!".
Olhei o horário na TV e era pouco antes da sete! Ai, ai, ai.
Resolvi me levantar, tomar banho e ir para o trabalho; compensaria o atraso ficando até mais tarde. Tenho ficado até mais tarde até chegar alguém e depois vou embora; faltam funcionários.
Quase caí ao me levantar e a cabeça parecia que ia explodir. Deitei no sofá, adormeci e sonhei com o ex jogador de futebol, e agora comentarista, Casagrande. 
Slash, Renato Russo, Alexandre Nero e agora Casagrande. Quem será o próximo a fazer uma participação especial em meus sonhos malucos? Nietzsche, para falarmos sobre a Humanidade demasiado humana? Kafka, para falarmos sobre Metafísica? Goethe, para falarmos sobre Fausto? Eu, hein!
Vizinhos musicais ligam seus aparelhos de som antes das oito horas da manhã; pelo amor de Deus! E aquele som alto e incômodo atravessa e perfura meu cérebro. Dói, incomoda e irrita!
Tenha santa paciência!, exclamei, e fez-se algum silêncio. Amem.
Não, não vou tomar mais remédios. Vou ficar quietinha e deitar a cabeça em travesseiro alto... adormeci.
Um senhor idoso de fofos cabelos brancos, forte (gordinho) e de vestes brancas me abraça demoradamente; que coisa boa, meu Deus.
Mamãe se aproxima, nos cumprimenta e vai abrir a porta: tem gente boa lá fora querendo entrar. São sertanejos simples, porém cabras machos arretados com sangue nos "zóio" e cabelo nas "venta". Tiram o chapéu em sinal de respeito, pedem licença e dizem de onde vêm: "Sou de Pernambuco. Venho da Bahia. Venho do Piauí. Venho da Paraíba..."
No corredor da casa uma moça pequena dança um gracioso balé sem música; ela podia ouvir a melodia e eu admirava o seu bailar.
Acordei me sentido bem e com a cabeça mais leve, graças a Deus.
Agradeci a Deus, ao simpático velhinho forte, aos sertanejos e a mamãe pela visita que tanto alívio trouxe.
Levantei, tomei banho, fiz meu café, cuidei depois da gataiada e apreciei minhas plantas que estavam lindas sob o dourado do sol que anunciava a chuva.
A gataiada agora dorme; daqui a pouco anoitece e eles acordarão famintos e terríveis. Barriguinha cheia e a bagunça começa.
Vontade de comer fruta: tenho maçã e mamão.
É isso.



                                   


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