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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Cachorrada

Adoro animais e isso é público e notório.
Cuido bem dos meus bichos e eles não têm do que reclamar, graças a Deus.
Inclusive, li alguns artigos falando sobre o comportamento dos gatos e alguns detalhes me chamaram a atenção: gatos que "mamam" em cobertores e tecidos fofinhos, gatos que não aceitam outros na mesma casa, gatos que comem matinho e depois vomitam.
Entendi o porquê de Aurora "mamar" do velho e puído edredom; ela foi tirada brutalmente de sua mãe e foi alimentada com mamadeira, não teve a oportunidade de mamar naturalmente.
Ébano Nêgo Lindo tem ciúmes de Léo Caramelo e por isso o persegue. Alice come o matinho que cresce na calçada e depois vomita, isso é para limpar seu estômago das possíveis bolas de pelo que se formam com as lambidas que os gatos dão quando tomam seu "banho de língua".
E falando ainda sobre edredons, cada gato tem o seu cobertor, paninho, edredom ou equivalente favorito. Interessante como os bichos pensam e fazem suas escolhas.
Mas o pior bicho mesmo é o bicho gente. Explico.
A vizinhança tem cães e gatos e tenho um vizinho que passeia com seu cachorro logo cedo pela manhã e o problema é que o canino faz suas necessidades na minha calçada! Falta de educação e respeito!
Meus gatos têm suas caixas de areia e não sujam a calçada de ninguém!
Mamãe dizia que cocô é dinheiro, se for verdade, serei muito rica pois o que encontro de caquinha na calçada todas as manhãs.
Bom, já lavei a calçada, veremos amanhã.
É isso.
                                                      
                                         

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Vitamina

                                             


Adorávamos fazer vitamina: maçã, banana, leite e açúcar batidos no liquidificador.
Coloca na mamadeira do meu irmão Fubá e dividia o restante com meus outros irmãos. Somos seis, oficialmente. Extraoficialmente deve ter um bocado espalhado por aí. Só Deus sabe.
Bom...
Nossa prima que já estava em São Paulo há mais tempo que nós aos poucos nos introduzia às "mudérnidades" paulistanas e uma delas foi o liquidificador; ficamos encantados. Era um aparelho pequeno com copo de metal e duas velocidades, depois vieram modelos com copo de vidro ou plástico e mais velocidades e funções, como quebrar gelo.
Eu fazia vitaminas diariamente e as frutas eram compradas na feira de sábado. Às vezes colocava farinha láctea ou Neston o que deixava a vitamina mais gostosa, mais grossinha e com mais "sustança". Usávamos leite tipo C, mais barato e acessível, leite tipo B só quando não tinha mais o tipo C ou quando chegava o bendito dia do pagamento.
A embalagem do leite tipo C era um saquinho com letras azuis e o tipo B em letras verdes.
Um dia fiz vitamina de abacate e coloquei a mesma quantidade de açúcar que colocava nas vitaminas de banana e maçã; ficou ruim e Fubá não quis tomar. Eu tinha pressa, já estava atrasada para ir à escola e portão fecharia às três e cinco. Não me passou pela cabeça provar a vitamina de abacate antes de dá-la a Fubá e eu não entendia porque ele não queria tomar. Disse aos meus irmãos que tentassem dar a mamadeira ao caçula Fubá até a hora de mamãe chegar.
Fui para a escola e deixei meus irmãos em casa com o cachorro Bobbie e graças a Deus mamãe chegou mais cedo aquele dia; ela provou a mamadeira e entendeu porque Fubá não quis tomar, fez outra vitamina mais docinha e mais doce foi a tarde de meus irmãos com mamãe em casa. 
Eu tinha feito tudo muito apressadamente: lavei roupas, arrumei a casa, dei banho em Fubá, fiz a bendita vitamina sem gosto e fui correndo para a escola, era época de provas bimestrais.
Adoro frutas, mas não gosto de abacate. 
Fato curioso é que só nós brasileiros batemos abacate com açúcar e leite; nos outros países Latino Americanos o abacate é comido como salada e é temperado com sal. No México é picado com tomate e cebola e outros temperos é chamado de guacamole.
É isso.


                                         

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Chororô

                                        


Preta preparava a mamadeira de Rafaela e deixou a lata de leite perto da pequena que não hesitou em esticar a mãozinha e pegar a lata.
Preta tomou a lata de Rafaela e ao tirar, cortou o dedinho dela. 
Foi um desespero geral acompanhado de um chororô carregado de culpa e Fubá ainda deu uma bronca em Preta. 
Foi feito um curativo no dedinho e a pequena terrível achava tudo muito divertido.
Disse aos pais corujas que é normal e que preparem-se para tombos, cortes, manchas roxas e outras artes que serão feitas por Rafaela, se Deus quiser.
Rafaela é esperta, linda, inteligente, braba e muito "térrivi", como diria papai.
É minha sobrinha.




                                  

terça-feira, 15 de maio de 2012

Composição

                                           


No meu tempo de escola chamávamos de composição uma produção de texto mais curta e de redação a produção de texto mais longa, com mais de vinte linhas.
Estava na segunda-série e a professora leu para a sala a história de Chapeuzinho Vermelho, depois pediu para usarmos folha pautada e escrever um resumo sobre a história lida.
Deveríamos escrever a composição em dez ou quinze linhas e depois entregar para correção. 
Eu tinha tido uma semana difícil; chegava da escola e queria brincar, mas Mãevelha não deixava e dizia que eu deveria ajudar em casa e cuidar da menina nova, que era minha irmã Rosi, na época. Eu tinha oito anos.
Fiz mamadeira para minha irmã, a fiz dormir e corri para a bela casa da vizinha, estava louca para brincar de professora com a lousa e giz que ela tinha ganho da mãe. Estamos distraídas e dali a pouco vem meu irmão Rogério me chamar; vou para casa e vejo Mãevelha com uma das mão para trás, escondia o chinelão de borracha de papai. 
Apanhei e fiquei com marcas pelos braços e pernas; apanhei por ter desobedecido e saído escondido para brincar.
No dia seguinte vou para a escola toda dolorida e magoada; preciso fazer a composição e escrevo o seguinte: "A menina morava com a avó. A avó mandou a menina buscar lenha para por na fogueira. A menina parou no caminha para brincar com o lobo mau. A avó foi buscar a menina e deu-lhe umas boas lapadas (surra). A menina ficou com raiva e chorou".
Entrego a composição e dali a pouco escuto a professora chamar meu nome, segurar a minha composição e dizer para toda a sala ouvir: "Mas que porcaria é essa, Maria Rejane?! Eu disse para fazer a composição sobre a história que eu li. Volta ao seu lugar e faz de novo!".
Os coleguinhas riam de mim e me chamavam de burra; detesto essa palavra em seu sentido pejorativo.
Refaço a composição, entrego para a professora e ela me manda refazer mais uma vez!
Tento segurar o choro, peço à coleguinha para me mostrar a sua composição e me baseio nela para escrever a minha: A menina morava com a avó na floresta. Havia um lobo mau que se escondia na floresta. O caçador matou o lobo mau e salvou a avó e a menina do lobo mau.
Naquela época não havia todo esse aparato de apoio e proteção à criança e ao adolescente. Não havia politicamente correto.
Se fosse hoje, seria outra história.
Mas se não fosse assim, talvez a história fosse diferente e meus pilares te sustentação não seriam tão rígidos e tão sólidos.
É isso.


                                           


                                           

terça-feira, 8 de maio de 2012

Menino

Uma das cabras de Paipreto havia dado cria a dois cabritinhos, mas um deles nascera muito fraquinho e fora rejeitado pela mãe.
Mamãe ficou com dó e pegou o cabritinho para cuidar. Ela o alimentava com mamadeira e o bodinho cresceu, ficou forte e saudável.
Mamãe deu-lhe o nome de "Menino".
Menino acompanhava mamãe por toda a parte e atendia quando ela chamava: "Menino, vem cá, chegue".
Menino ia até mamãe, abaixava a cabeça e recebia um cafuné.


                                             

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Hora do Almoço

                                           


Rafaela estava resfriada e com uma tosse que já durava mais de uma semana e sua mãe, a Preta, a levou à emergência do hospital. 
Lá chegando, teve que aguardar mais de duas horas pelo atendimento e ao reclamar, ouviu da simpática funcionária: "Tem que esperar, têm mais de quinze mães na sua frente!".
Preta chegou ao hospital às dez horas da manhã e ao meio dia e meia ainda não fora atendida! 
Rafaela chorava com fome e Preta deu-lhe a mamadeira, mas Rafaela não queria mamar, ela queria sua comidinha, seu almoço. 
Foram atendidas e ao voltarem para casa Preta deu o almoço para Rafaela, que comeu tudinho! 
Rafaela já sabe quando é chegada a hora de seu almoço e mamadeira não engana fome ninguém, muito menos de Rafaela que é lobinha filha do meu irmão Fubá, um lobo com apetite voraz. Graças a Deus.


                                               


                                          

domingo, 25 de março de 2012

Caqui e papinha

                                     


Minha sobrinha Rafaela adora frutas, principalmente melancia, mas a fruta da vez é caqui.
Rafaela tem bom apetite, come toda a papinha e chora por mais e se demorar, faz um escândalo. A pediatra recomendou usar o potinho de papinha da Nestlé como medida, mas não é suficiente para Rafaela; tem que ser dois potinhos mais a mamadeira para arrematar.
Fubá diz: "É minha filha mesmo".
Puxou ao pai, graças a Deus.
Ainda bem.


Rafaela na melhor hora do dia: hora do almoço
                                                   
Vai demorar muito pra sair o rango?

Tô com fominha