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terça-feira, 17 de abril de 2012

Angústia

                                        


Sempre que volto para casa sou recepcionada por meus seis gatos. Da rua já posso escutar seus miados e preciso abrir a porta cuidadosamente para não machucá-los, pois estão todos atrás dela.
Voltei ontem da consulta com o ortopedista e ao abrir a porta vi apenas cinco dos meus seis gatos; faltava Branca Maria.
Bateu um desespero, uma angústia.
Meu Senhor do Bonfim, cadê minha gata? Será que foi sequestrada? Será que foi para longe? Será que caiu em algum quintal? Será que algum cachorro a pegou? Será que alguém muito malvado a pegou? Tem muita gente ruim nesse mundo, Minha Nossa Senhora das Candeias.
Liguei para minha irmã Rosi e ela me acalmou dizendo que a gata deveria estar passeando pelos telhados afora e logo logo voltaria.
Fui ao quintal, chamei por Branca e nada. Pergunto ao simpático vizinho que ouve músicas rimando filhinho com leite Ninho e ele me respondeu perguntando: "É aquela gata branca grande que fica correndo por dentro dos telhados, é?"
"É sim"
"Vi não"
"Obrigada"
"De nada. Oxe!"
Fui preparar o jantar: arroz integral com legumes cozidos e suco de melancia; abusei muito do chocolate nesses dias de Páscoa.
Vou ao quarto e lá vejo Branca Maria toda suja e encardida a olhar para mim e a miar, como quem estivesse explicando uma arte feita.
Dei-lhe uma bronca e a alertei sobre os perigos que corre ao andar pelos telhados alheios.
Mas o mais importante foi ver Branca Maria sã, salva e suja. Ela estava mais para Encardida Maria.
A angústia teve fim, graças a Deus.


                                         

sábado, 7 de abril de 2012

Sobrinhos

Vinicius e Beatriz, primos, lindos e cultos
                                             
Fomos novamente ao Pet Center da Marginal Tietê.
Fomos eu, Beatriz e Vinicius.
Beatriz encantou-se com uma cachorrinha vira lata que estava lá para adoção, juntamente com outros cães e gatos. Dá vontade de adotar todos!
Comprei a ração de meus gatos e Beatriz junto com o primo Vinicius me ajudaram a escolher os sabores dos sachês de ração molhada. Alice de Beatriz só gosta do sabor carne e cordeiro, já os meus não gostam de frango. Gataiada enjoada!
Depois das compras Beatriz foi mostrar ao primo os animais do Pet Center: aves, peixes, roedores e até um lagarto dorminhoco e desprovido de beleza física.
Beatriz adora o aquário que fica logo na entrada da loja e gosta de observar o tubarãozinho/cação preguiçoso que esconde a cabeça em um buraco das pedras e o resto de seu longo corpo fica de fora. Ela gosta também de um peixe "zóiudo" e simpático, o Baiacu. 
Vamos embora e ela me pede para ir para minha casa:"Só um pouquinho, tia Rejane".
Chegamos em casa e ela corre para ver os gatos. Ela brinca, corre e depois que se cansa dos felinos vai mexer nos objetos da sala: pega papel e lápis de cor para desenhar e pintar, adiantou a hora do relógio, quebrou a antena do meu bonequinho Smilinguido e "arrumou" os livros infantis da estante.
Eu estava na cozinha preparando batata frita e suco de melancia quando ela se aproxima de mim e sussurra: "Tia Rejane, eu quebrei uma coisa sua, mas não é de vidro não".
"E o que foi, Bibi?"
Ela me mostra o Smilinguido sem uma antena e eu digo que está tudo bem, ele apenas não será mais antenado como antes.
Batata frita e suco prontos, digo aos dois para lavar as mãos e percebo que Beatriz está demorando muito para sair do banheiro e pergunto se está tudo bem e dali a pouco ela sai com a boca borrada e diz: "Tia Rejane, eu passei um pouco do seu batom, tá?"
"Ficou linda, Bibi".
Comeram e repetiram o suco de melancia; adoraram. 
Se prepararam para voltar para casa e levaram um sachê sabor cordeiro para Alice, desenhos para pintar, melancia cortadinha e prontinha para comer e um lápis de cor amarelo.
As coisas boas da vida são as mais simples.


                                                     


                                                        


                                          

domingo, 25 de março de 2012

Caqui e papinha

                                     


Minha sobrinha Rafaela adora frutas, principalmente melancia, mas a fruta da vez é caqui.
Rafaela tem bom apetite, come toda a papinha e chora por mais e se demorar, faz um escândalo. A pediatra recomendou usar o potinho de papinha da Nestlé como medida, mas não é suficiente para Rafaela; tem que ser dois potinhos mais a mamadeira para arrematar.
Fubá diz: "É minha filha mesmo".
Puxou ao pai, graças a Deus.
Ainda bem.


Rafaela na melhor hora do dia: hora do almoço
                                                   
Vai demorar muito pra sair o rango?

Tô com fominha

segunda-feira, 19 de março de 2012

Metades iguais

                                                  


Depois das tradicionais e ubíquas laranja e banana, a melancia era a fruta mais presente no nosso cardápio frutífero.
Mamãe foi à feira de sábado e leva com ela meu irmão Fubá para ajudá-la a trazer as sacolas.
Fubá convida seu amigo Rinaldo, moleque igualmente terrível, para ir junto. Nossa Senhora.
Na volta da feira Fubá carrega uma enorme e pesada melancia e reveza com o amigo Rinaldo a tarefa de carregar o pesado fruto.
Mamãe atravessa a praça e segue em frente puxando o carrinho de feira; logo atrás vêm Fubá e Rinaldo fazendo revezamento de melancia.
Em um dado momento Fubá se distrai e deixa a melancia cair no chão. A melancia quebra-se em duas partes iguais. Mamãe fica doida: "Menino danado! Istruiu (estragou) a melancia. Teu pai vai ficar danado quando souber de uma coisa dessa!"
Fubá junta as duas parte da melancia e mostra para mamãe: "Tem problema não, mãe. Olha só, a melancia tá inteira de novo".
"Tá o quê, seu maduscachorro!".
Mamãe não quis saber da melancia quebrada, mas Fubá e Rinaldo pegaram a fruta e fizeram dela bola de futebol. Imagina como a rua ficou.


                                                 


quarta-feira, 7 de março de 2012

As melancias de Rafaela

Rafaela devorando sua fruta favorita
                                                     


Rafaela está uma graça.
Barulhenta, risonha, invocadinha e linda.
E muito fashion também, devo dizer.
Ah, Rafaela continua adorando melancia.
A seguir, algumas imagens que ilustram o que eu disse.


Rafaela em seu vestido balonê. Fashion

Rafaela e Fubá: desfilando charme e beleza num charmoso penteado de verão 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Almoço e Janta

                                                         
                                                 
Minha sobrinha Rafaela tem apenas cinco meses mas já está terrivelzinha.
Rafaela encara, deixa claro quando não está satisfeita com algo, gosta de passear, é rueira, adora melancia e tem o apetite de lobo do seu pai Fubá. 
Resumindo: Rafaela é da família, graças a Deus.
Ontem fui visitá-la e a cobri de mimos e fiquei sabendo de um detalhe sórdido contado por sua mãe, minha cunhada Preta. 
Era hora do almoço e a avó, dona Elza, deu-lhe a comidinha mas Rafaela continuou chorando. O jeito foi dar também a janta a Rafaela, que encheu o buchinho de depois dormiu a tarde toda. 
É que Preta deixa tudo encaminhado para facilitar os cuidados da avó para com Rafaela. 
E numa tacada só lá se foram almoço e janta para saciar a fome da pequena linda e terrível.
Falei para Preta pedir um feijoada, uma buchada, um mocotó ou uma coisinha light dessas para Rafaela.





                                                         

domingo, 29 de janeiro de 2012

Ladrão que rouba ladrão

                                            


Morávamos em frente à uma distribuidora de frutas, legumes e verduras. Os donos do depósito eram feirantes que carregavam e descarregavam seus barulhentos caminhões dia e noite.
Muitas vezes havia fila de caminhões na rua, cada um esperando sua vez para manobrar e carregar ou descarregar o veículo.
Um desses caminhões está carregado com melancias e um garoto passa por perto, percebe que o motorista está distraído e aproveita a deixa para se apoderar de uma das frutas. Afinal de contas, com tantas melancias, ninguém sentiria falta de uma só.
O garoto pega a melancia e a coloca em cima do muro de nossa casa enquanto aguarda um melhor momento para levá-la consigo sem que o motorista do caminhão perceba.
Mas acontece que havia alguém observando todos os movimentos do garoto, e esse alguém era ninguém menos, ninguém mais que papai.
Papai vê a melancia em cima do muro, olha para os lados para certificar-se que ninguém estava olhando e pega a fruta e a leva para dentro de casa.
Passados alguns minutos ouvimos alguém chamar no portão; era o garoto que perguntava por sua melancia.
Mamãe que até então nada sabia, pergunta a papai se ele sabe de alguma coisa e ele fingindo de bobo, diz: "Oxe. Que melancia?!".
O garoto indignado com a cara de pau de papai, diz: "Que melancia? Aquela que eu deixei em cima do muro e o senhor pegou!".
"Eu?! Oxe. Peguei nada não sinhô. Tu tá é variando das ideia, esse menino".
Mamãe entende tudo e dá uma bronca em papai: "Mas Dedé, tu teve a coragem de roubar a melancia do bichinho?".
Papai bravo por ter sido repreendido por papai na frente do garoto, diz: "Roubei não senhora! A melancia estava em cima do meu muro. E pra começo de conversa, ele roubou primeiro. Oxe!".


                                       


                                     

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Frutas de Rafaela

                                                


Minha sobrinha Rafaela, filha de meu irmão Fubá, completa 4 meses hoje e já está tomando suquinhos de frutas.
Segundo Preta, a mãe de Rafaela, a pequena já tem suas preferências; ela gosta mais é de melancia.
E para que não falte a fruta favorita de Rafaela, Fubá comprou logo duas melancias para a menina.
Melhor garantir, né?
Vai que de repente acabam todas as melancias do Ceasa!


                                                 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Praia, Biquíni & Melancia

                                         




Estávamos a pouco tempo em São Paulo e mamãe quer conhecer as praias paulistanas. Fazia muito calor e nada como um refrescante banho de mar.
Nosso primo Pedro, o "sabe como é o negócio" contrata os serviços automobilísticos de um conhecido seu. Num belo domingo, conforme o combinado, estamos todos prontos para a viagem ao litoral.
Mamãe confere tudo para não se esquecer de nada: água, pão, toalhas, frutas, roupas...
Papai preocupa-se com a melancia. "Olhe véia, não se esqueça-se da melancia, visse?"
Mamãe olha para mim e pergunta: "Mas o que má dos cachorro é isso, Rejane?".
"O quê, mãe?"
Eu estava com o biquíni e uma calcinha por baixo. Ideia de minha avó Mãevelha somada à minha timidez.
Minhas primas começam a rir e eu fico emburrada. Minha tia vai comigo até o quarto e me convence a ficar só com o biquíni. Ela me explica que as pessoas vão à praia para se molharem no mar então não precisa de tanta roupa e além do mais, eu era criança e ninguém olharia para mim. 
Chega a hora de partir e papai dá um sermãozinho básico: "Pra passear todo mundo levanta cedo, agora se fosse pra trabalhar..."
Entramos na Perua com nossas tralhas e a melancia de papai, mas nada de o sol aparecer. Mamãe comenta com as sobrinhas: "Mas vocês viram, meninas. A semana todinha de sol e hoje essa chuva e esse frio".
Papai, sempre "secador", diz: "Mas eu disse que ia chover. Eu disse que não ia sair sol".
"Cala-te boca, Dedé. O Homem secador, minha Nossa Senhora".
Chegamos à praia e a primeira coisa que papai faz é enterrar a melancia na areia para mantê-la fresca e geladinha.
Minhas primas correm para o mar e eu fico observando aquela imensidão de água. Mamãe me diz para tirar a roupa e ficar só de biquíni. Mas eu tenho vergonha e uso o frio e a chuva como desculpas.
Meu primo Cacau, nada corajoso, ficava só com os pés na água na beira da praia e quando a onda se aproximava ele corria desesperado. 
Um com medo e o outro com vergonha.
Finalmente entro na água e fico tremendo de frio. Saio e me enrolo na toalha. Bato o queixo de frio e passa uma casal que faz piadinha: "Eita que essa daí tá com frio".
Eu olho feio e encaro, do alto dos meus sete anos: "O que foi? Nunca viu não?"
O casal me olha e saio correndo em direção a mamãe. Melhor garantir, né.
Chega a hora de voltarmos e quase nos esquecemos da melancia, mas papai não.
Chegamos em casa e a primeira coisa que papai faz é cortar a fruta, sua preciosa melancia.
O mar não estava para peixe nem para turistas farofeiros.


                                              

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Melancia

Comer melancia e cuspir os caroços.
Lançamento de caroços de melancia à distância. Era nosso esporte favorito.
Mãevelha com cuidados para guardar os caroços que, segundo ela, era excelente remédio contra a febre.
Quando terminávamos de comer a fruta, Paipreto pegava as cascas e fazia bonecos.
Cortava cuidadosamente a casca da melancia; as mãos hábeis do meu avô sabiam manipular o objeto cortante. Em poucos minutos tínhamos um boneco novo.
Bonecos feitos com cascas de melancia.
Bonecos feitos pelas habilidosas mãos de Paipreto.