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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Humilhação

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Estou indignada com o desrespeito e humilhação pelos quais passei na agência do Banco do Brasil no Parque Novo Mundo, Zona Norte da capital.
Tive que deixar o andador com minha irmã, fazer um malabarismo para poder me equilibrar e passar pela porta giratória e isso porque tem uma porta ao lado destinada a deficientes físicos e/ou pessoas com mobilidade reduzida.
Quando questionado sobre o porquê de não abrir a dita cuja, o guardinha disse que não tinha a chave.
Sabemos muito bem que os seguranças/guardinhas controlam as portas giratórias e esse estúpido me atormentou o quanto pode.
Depois de todo o malabarismo para poder entrar na agência, sou tratada com frieza, preguiça e desconfiança pelos gerentes que mais pareciam senhores dispostos à uma boa pescaria do que ao trabalho.
Em vez de gastar milhões contratando celebridades para fazer comerciais, o Banco do Brasil assim como os outros, deveriam usar esse dinheiro para treinar melhor seus funcionários, terceirizados ou não!

Pior que o esforço feito para me equilibrar e me apoiar na porta para ficar de pé e o risco de cair e me machucar, foi a humilhação, o sentimento de invalidez, injustiça e preconceito.
E se eu fosse uma dessas moçoilas saudáveis e bonitas, eu seria tratada com mais respeito? Será que a porta giratória travaria tantas vezes como travou, me fazendo esvaziar a bolsa e mostrar o que carregava comigo? Só faltou eu tirar a roupa, porque não tinha mais o que tirar e mostrar para o guardinha grosseiro e estúpido.
Que risco uma pessoa como eu poderia oferecer ao banco ou a qualquer estabelecimento?
Normas de segurança do banco? Estava cumprindo ordens?
Que normas e ordens são essas? Desrespeitar e humilhar pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida?
Fiquei com esse gosto ruim na boca, esse peso na alma e voltei para casa carregada, triste e indignada.
Fiz café, deitei no sofá e adormeci. Sentia-me tão cansada, pesada e dolorida. E triste.
É isso.




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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ladrões de Bicicleta

                                      



A violência é crescente e preocupante nas grandes cidades e até no interior.
A "moda" agora é ladrão de bicicleta. Não o ladrão que "apenas" rouba bicicletas, mas que usa a bicicleta como meio de transporte para efetuar seus delitos.
A maioria desses ladrões de bicicleta é de jovens e adolescentes; geralmente menores de idade, porque sabem que a lei os protege.
Há cerca de um ano sofri uma tentativa de assalto e os dois moleques conseguiram "apenas" arrancar a maçaneta da porta do carro. Paguei em torno de cem reais para ter o concerto feito. Para quem devo mandar a conta? Para os defensores dos "de menor"?
Pretendia lavar a garagem, mas não tem vaga na rua para estacionar o carro. Ia deixar o carro sobre a calçada até terminar o serviço, mas a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), está na rua e adjacências controlando os caminhões folgados que estacionam na contra mão, param em frente às garagens das casas, bloqueiam a visão da rua etc...
Isso vai durar só até a hora em que o "marronzinho" estiver nas imediações, assim que virar as costas o oba oba de caminhões volta.
Fui até a papelaria e, como sempre faço, paro o carro na rua estreita e desço para abrir o portão da garagem. A rua é pequena, estreita e de mão dupla e toda vez que volto para casa sou obrigada a ocasionar um pequeno congestionamento duplo. Alguns motoristas mais educadinhos esperam eu guardar o carro, outros buzinam e querem passar a qualquer custo. Por onde? Só se for por cima! Será que os carros deles têm propulsão a jato?!
Desço e abro o portão; volto para o carro e vejo dois jovens de bicicleta que intimidam suas vítimas pelo olhar. Fazer cara, gestos, expressões e olhar de mau é a primeira tática para assustar as potenciais vítimas.
Fechei rapidamente o portão e voltei para o carro; olhei para o "marronzinho" do CET, que entendeu a situação, e dei uma volta. Os pobres, inocentes e adoráveis "de menor" passaram a mil em suas bicicletas. Os caras deveriam participar de competições de ciclismo; vai pedalar rápido assim no inferno!
Dei uma volta, olhei bem e só então desci de novo para abrir o portão.
Guardei rapidamente o carro e tranquei o portão.
O susto e o nervoso desconcertam a gente.
Não levarei multa por deixar o carro sobre a calçada, não serei assaltada por esses ladrões de bicicleta e não lavarei a garagem, por enquanto.
Os vagabundos foram embora, mas ninguém garante que não voltem mais tarde para "filmar" o movimento.
A violência está à solta não só em São Paulo e quando nos tira o sagrado direito de ir e vir, aí a coisa complica ainda mais.
Ainda tem gente que me chama de radical e que acredita em medidas socioeducativas para educar e inserir esses vagabundos na Sociedade.
Nas festas de fim de ano centenas de presos foram soltos para poder passar as festas com a família e a grande maioria cometeu crimes apenas horas depois de estarem em liberdade! O crime corre no sangue desses m...
Desculpem o radicalismo e não me envergonho de assumir o que penso, mas bandido bom é bandido morto!
Pronto, falei!
Não se tem nem o singelo direito de ir e vir e nem de lavar a própria garagem em paz?!
Que @#$%! de país é esse?!
É isso.


                                               

                                      


terça-feira, 26 de junho de 2012

BuRRocracia

                                            


O Brasil é um país "burrocrata"; adora papéis, carimbos, assinaturas e afins.
Precisei da declaração de imposto de renda detalhada, mas só tinha a simplificada. Fui informada a procurar a Receita Federal que fica na Rua Isidro Tinoco no Tatuapé.
Eu nunca havia pedido uma segunda via de declaração de imposto de renda e naturalmente não sabia como proceder.
Vou ao local, retiro a senha e aguardo. Chega minha vez e a antipática, grosseira e mal humorada atendente pergunta o que desejo e eu digo; ela pega um pedaço de papel, anota algumas informações e fala rapidamente outras, não dava tempo para absorver tudo.
Eu pensei que tudo poderia ser feito ali mesmo: preencher formulários e pagar taxas, simples assim.
"Não, a senhora tem comprar o formulário DARF e pagar dez reais no banco e voltar aqui".
"Pensei que tudo seria feito aqui com vocês".
"Não!"
Fui à Praça Silvio Romero e numa banca de jornal comprei o tal formulário por sessenta centavos. Eu pensei que o formulário custava os dez reais mencionados pela antipática funcionária da Receita Federal e entreguei uma nota de vinte reais ao simpático atendente da banca: "A senhora não tem moedas? O formulário custa apenas sessenta centavos". E ele ainda me orientou em como proceder e disse que só poderia pagar os dez reais do DARF no Banco do Brasil. 
Saio da banca com o formulário em mãos e me dirijo ao Banco do Brasil que fica em frente à praça, na rua Tuiuti.
Pago, volto à Receita Federal, pego nova senha e aguardo; preencho o formulário enquanto isso.
Minha senha é chamada e outra menos antipática funcionária pede meus documentos e me dá mais um formulário para preencher, só que não tem muito espaço para tal e tive que usar o livro que sempre carrego comigo como apoio. Enquanto preencho, sou observada pela funcionária, por uma estagiária que estava treinando e por outras duas pessoas que estavam no guichê ao lado. Acho que elas não podiam preencher os formulários porque estavam muito ocupadas observando minha aparência acromegálica, só que uma delas tinha uma mancha vermelha que tomava metade do rosto (hemangioma)e mesmo assim me olhava como se eu fosse muito estranha. Preencho, entrego e ela me devolve meus documentos com os formulários e uma nova senha. Aguardo em outro local.
Minha senha é chamada e o atendimento fica no primeiro andar; me dirijo até a escada e escuto: "Senhora?"
Era o guardinha que faz segurança do local me chamando para ir de elevador, pois eu estava com minha bengala mágica e teria dificuldade para subir os degraus. O segurança avisa pelo rádio que me acompanhará e quando o elevador chega ao primeiro andar, já havia outro segurança me aguardando.
Sento-me na cadeira a outra mega-hiper-super antipática mal responde ao meu "boa tarde" e pega a papelada que eu trouxe. Depois de alguns segundos me deu mais papeis e disse "É só isso", agradeci e fui acompanhada pelo segurança.
Achei os seguranças muito mas simpáticos que as mal educadas atendentes da Receita Federal.
É praxe, público e notório o fato de servidores/funcionários públicos serem mal educados, grossos, estúpidos, preguiçosos, folgados etc, mas eu também sou funcionária pública e procuro tratar todos com o mesmo respeito com que quero ser tratada.
Bom, resolvi o problema e andei mais do que "tiradô de isprito (tirador de espírito)", como dizia mamãe.
Parei na entrada do prédio e li um enorme cartaz que dizia "Ouvidoria. Queremos saber o que você tem a dizer sobre nosso atendimento para melhorá-lo ainda mais".
É, precisa mesmo! E para começar, umas aulas de boas maneiras para as funcionárias que atendem as pessoas. 
Será que só porque trabalham na Receita Federal se julgam muita coisa?
Ouvidoria: 0800 702 11 11
Site: http://portal.ouvidoria.fazenda.gov.br
É isso.






                           

sábado, 28 de abril de 2012

Mar

                                                                                  


Sonhei mais uma vez com águas, com o mar.
Águas aconchegantes como as águas do útero materno.
Aconchego, proteção, segurança, amor...
Estou louca para ver o mar e ao contrário da maiorias das pessoas, não faço questão de dias quentes e ensolarados para ir à praia, se enrolar na areia e ficar parecendo um bife à milanesa. Gosto do mar, apenas isso.
Sol e calor não me apetecem muito.
O mar ficar mais bonito em dias cinzentos e chuvosos.


                                             

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Madrugada

                                                


Mais uma noite de insônia.
Assistia aos programas dominicais e os achei todos chatos, decidi ir para a cama mais cedo.
Lia enquanto meus gatos brincavam, corriam pra lá e pra cá e pulavam sobre a cama para um aconchego.
Os cachorros da rua latiam muito e segundo um vizinho dramático que sabe tudo, quando a cachorrada late unidamente e barulhentamente, é sinal de algum problema. Portas e portões trancados e telefone ao lado, relativa segurança.
O sono vem e deito-me para dormir, aproximadamente à uma hora da manhã. Às duas e quinze acordo achando que dormi bastante e que já era hora de levantar, hora de colocar o lixo pra fora e pegar o jornal, hora de arrumar o quintal da gataiada e hora de alimentar a gataiada. Mas ainda era muito cedo, decido ler mais um pouco.
Dou umas cochiladas e lá pelas cinco e meia decido levantar. Curiosamente, não teve muito barulho de caminhão e de pessoas conversando, mas se eu estivesse com sono, certamente teria.
Separo o lixo reciclável do lixo comum e levo os sacos para fora e observo que todas as lixeiras da vizinhança estão vazias e há inúmeros saco de lixo na calçada de uma transportadora no final da rua. Fiquei com receio de colocar os sacos de lixo pra fora e coloquei só o reciclável para os catadores com suas carroças improvisadas e vejo o lixeiro se aproximando; pergunto se o caminhão do lixo não passa mais na rua e ele diz que não, mas que os lixeiros passam na rua pegando o lixo.  A rua é estreita e tem carros estacionados de um lado e muitos caminhões brigando por um espaço com os carros e por esse motivo o caminhão do lixo não passa mais na rua.
E as pessoas em vez de se informarem sobre o que está acontecendo, entram em pânico e  procuram uma solução rápida para se livrar do seu lixo: a calçada mais próxima com o maior número de sacos e saquinhos de supermercado com lixo.
É isso.
Terei um longo dia pela frente.