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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sobrinha

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Finalmente choveu e aquela secura incômoda deu uma trégua.
E o tempo está assim, um solzinho tímido, nuvens cinzentas... E o dia segue.
Fui domingo à casa da minha irmã para me deliciar com o maravilhoso churrasco que meu cunhado sabe fazer; cabra bom!
Vi minha lindíssima sobrinha Beatriz e ouvimos Rock 'n' Roll; ela gosta do AC/DC porque ouviu os acordes da música "Back in black" no filme "Escola de Rock". Multiplica Senhor!
Rock e MPB, sempre, e livrai-nos das musiquinhas horrendas das "duplecas" de calça justa e cabelo ninho de pombo. Livrai-nos também de outras coisas ruins. Amem.
Ganhei um livro da minha sobrinha; um livro sobre a filosofia de Nietzsche, meu filósofo favorito e tema do meu segundo TCC (trabalho de conclusão de curso).
Adorei! Adoro ganhar livros. Adoro livros, é público e notório.
Eu estava há dois meses sem ver minha sobrinha e só falava com ela por telefone. Eu ainda estou me recuperando do efeito sanfona dessa minha doença, a Acromegalia. São tempos bons e outros nem tanto.
Estou no segundo tempo, digamos assim. Tempo de dores, entrevamento e a pressão sempre alta e desembestada:23x18 essa madrugada.
Acordo com o habitual "soco" na nuca, mas ultimamente os socos têm sido mais fortes e intensos.
Conto os dias e as horas para voltar ao médico e levar os exames; que uma solução seja encontrada, meu Deus.
Bom...
Vou descascar meu legumes e frutas e aproveitar a água que está chegando. Antes chegava ao meio dia, agora chega às três da tarde.
Meu Santo São Paulo sofre.
É isso.





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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Até quando?

                               


Semana de muito calor e pouca água.
O céu está escuro, com cara de chuva, e permita Deus que a chuva venha e traga alívio imediato. Lembrei de uma música dos Engenheiros do Hawaii.
Portas e janelas escancaradas, gatos deitados pelo chão frio, solidão...
Gosto de ficar só, mas algumas vezes isso pesa. Meus gatos me ajudam enormemente a não enlouquecer de vez, graças a Deus.
A preocupação, os cuidados e o amor que tenho para com eles me afastam e me protegem de meus demônios seculares. Angústia, solidão, medo, dúvida, melancolia, ser sempre mal interpretada, incompreendida... isso pesa e dói.
Um dos meus maiores medos é o de ficar doida, esquecer das coisas e pessoas, ser afetada pela demência.
Fiquei triste ao saber que o guitarrista da banda de Rock AC/DC, Malcolm Young, está com demência; que chato.
Li um artigo falando sobre atividades cerebrais durante o coma e muitos médicos dizem que as coisas que os pacientes veem ou sentem durante esse período são meramente frutos dos fortes remédios e das experiências de vida. Discordo. Esses médicos já estiveram em coma alguma vez e tiveram que batalhar pela vida e pela sanidade?
Eu sim.
Foi entre agosto e setembro de 2009, mas algumas sensações não muito boas fazem parecer que tudo aconteceu ontem e ainda está acontecendo. Parece que ficaram muitas coisas ainda não muito bem resolvidas e aquelas imagens, vivências, medos e agonia me fazem lembrar e reviver o que vi e passei.
Estava pensando, durante a madrugada quente e insone, sobre as coisas e pessoas que vi e como muita coisa se encaixa; como as pessoas usam máscaras!
Pessoas que eu achava bacanas, simpáticas, simples e muito legais mostraram a verdadeira face durante a vivência do coma, mas eu achava, quando acordei, que era coisa da minha cabeça por estar sob influência de fortes remédios. 
Era não. As verdadeiras faces foram mostradas e isso me assustou do lado de cá da vida.
Fiquei triste, chateada e decepcionada.
Vejo essas pessoas em seus mundos de arrogância, certeza e ostentação; algumas.
Outras de muita frieza, "secura", donas da verdade plena e absoluta.
Pessoas neutras, que estavam ali como figurantes do teatro de horrores que vivi.
Pessoas de quem eu nunca esperaria a reação negativa e agressiva que tiveram para comigo durante aqueles momentos infernais.
Pessoas de quem eu não estranharia a reação fria, cínica e má para comigo.
Só uma única pessoa me defendia das demais quando estas me atacavam com acusações, injúrias e até agressões físicas. Que agonia, meu Deus.
Outras pessoas choravam tanto.
Parece um filme cuja história é explicada e compreendida a cada cena até o grand finale, até a hora de se revelar quem é o bandido e quem é o mocinho.
Hoje vejo os "bandidos" e "mocinhos" do filme de terror que foi meu coma.
Até quando vou lembrar disso? Até quando isso me será mostrado? Acho que já vi e já entendi tudo, meu Deus.
Eu só quero paz. 
É isso.


                                   



sábado, 30 de agosto de 2014

Procrastinar



                                   


Acostumei a acordar cedo e às cinco da manhã já estou desperta. Mas hoje é sábado e fiquei na cama com a gataiada até mais tarde. É tão bom.
Fiz meu café, coloquei roupa na máquina, reguei as plantas e me encantei com os pequenos pés de melancia e melão que desabrocham lenta e graciosamente.
Cuidei das baby roses, me encantei também com a samambaia verdinha e fresquinha.
Fiz salada de alface e tomate e fiz suco de laranja com maracujá.
Andei pra lá e pra cá e obviamente cansei. O joelho direito dói e entreva; está ficando cada vez mais difícil andar.
Estou procrastinando, (acho legal essa palavra) enrolando, embaçando, adiando, evitando...
Mas vai chegar uma hora que precisarei encarar os médicos de novo e encarar agulhas, exames, mais remédios e todos os perrengues de um tratamento de saúde. Não deveria ser tratamento de doença? Faz mais sentido, penso eu.
Tudo seria tão bom se não fosse esse entrevamento, essas dores, essa dificuldade para andar, meu Deus.
O dia seria tão bom se não fosse o vizinho tocando as mesmíssimas músicas infantis desde as oito da manhã. Até memorizei as ditas cujas.
Que saco!
Minha avó dizia que quando o coisa ruim não vem, manda o secretário. Os vizinhos barulhentos voltaram para sua cidade de origem, graças a Deus, mas os outros vizinhos resolveram dar continuidade ao estilo sem educação-sem noção-música alta-que se dane os outros. 
Ouço meu Rock, mas não incomodo ninguém, toco para eu ouvir e não para os outros!.
Daqui a pouco tem o fluxo, o Funk com suas músicas nojentas; pornografia cantada.
Estou com fominha, suco e salada não dão sustança. Vontade de comer bolo.
Começou a esfriar.
Ouço o canto de um passarinho que canta madrugada adentro e eu acho lindo.
É isso.



                                    










segunda-feira, 24 de março de 2014

Samba

                                 

Minha irmã e meu cunhado prepararam um delicioso churrasco em comemoração, e bebeção, ao meu aniversário; foi ótimo.
Na TV tocava o DVD Samba Book de Martinho da Vila, um dos grandes ícones do samba carioca, e depois foi a vez de Zeca Pagodinho, um cara que gosto bastante.
Sim, gosto de Rock e MPB, mas gosto também de um bom samba, de um bom sertanejo de raiz e não essas aberrações que existem por aí.
Batuque, tambores, samba bom.
Batuque de tambores que remetiam às belíssimas religiões Afro Brasileiras.
Mas como nem tudo por ser perfeito, colocaram para "miar" a chata, insossa e "mole" Fernanda Abreu. Na boa.
Essa moça não canta, enrola. O forte sotaque prejudica a dicção e fica difícil acompanhar o ritmo, cantar junto...
Bom, mas a grande maioria foi excelente: Mart'nália, Zeca Baleiro, Diogo Nogueira lindão...
Ganhei um delicioso bolo com a bandeira do Brasil, ganhei um delicioso abraço da minha inteligente, terrível e linda sobrinha Beatriz.
Cantamos as músicas do filme Meu Malvado Favorito e foi muito divertido.
Foi um domingo frio, cinzento e chuvoso, mas com alegrias coloridas.
Somos responsáveis por aquilo que cativamos, já disse o Pequeno Príncipe.
É isso.




quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Molecão

                                     


Um jovem rapaz, um molecão com cara de nerd, de cabelos compridos, vestido com camiseta dos Ramones, me cumprimenta e sobe para a sala dos professores.
Quem é esse moço?
É o professor de Química.
Moleque novo, no bom sentido. Achei isso muito bacana, uma raridade nos dias de hoje.
Subi para a sala dos professores e lá soube um pouco mais sobre o jovem colega.
Falamos sobre a Educação, o comportamento do jovens, o apego exagerado à ostentação, aparência, exibicionismo, futilidades...
O jovem colega foi aprovado entre os cinco primeiros em um concurso público para professores de uma cidade do interior paulista e se mudará para lá a partir do segundo semestre.
Ele poderia ter optado por escolas na capital, mas preferiu deixar a cidade para viver onde ainda haja sossego, paz e respeito pelos outros. Não quer criar a filha pequena em um meio ambiente barulhento, desrespeitoso, ruim e por isso optou pela mudança.
Um rapaz tão jovem e tão adulto, maduro, sábio... E os jovens de hoje estão tão bobos, tolos, fúteis... (a maioria, infelizmente).
Disse que está cansado de ouvir músicas horrorosas de duplo sentido, e/ou recheadas de palavrões, que os vizinhos tocam sem o menor pudor ou sem se preocupar se estão incomodando os outros. Sei muito bem como é isso.
Reclamou do alto custo que é viver em São Paulo, uma das cidades mais caras do mundo.
Conversamos sobre vários assuntos.
Essa primeira semana de volta ao trabalho tem sido de muita conversa e eu gosto disso.
Desço as escadas para falar com a diretora e vejo o oposto do jovem professor: jovens bobos, vestidos e calçados em roupas e sapatos da moda e extremamente preocupados em serem vistos. Famosinhos, exibidinhos, tolinhos. 
Jovens andando pelas ruas da comunidade, segurando e dando tragos no narguilé; acham aquilo bonito e se sentem mais velhos, sábios e experientes.
Mas que bom que ainda têm "molecões e moleconas" como o jovem professor. Nerds, CDFs... Jovens inteligentes, estudiosos e que se preocupam com a vida e com o futuro.
E, claro, já foi cientificamente comprovado: roqueiros são mais inteligentes.
É isso.


                                          


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Músicas de Mamãe

Olha só a beleza e elegância dos rapazes. Jesus Maria José!
                                 

Mamãe gostava de música e o rádio de pilha estava sempre ligado.
Aliás, o rádio faz parte da nossa história.
Mamãe gostava de "Primeiros Erros" do Kiko Zambianchi, "Romaria", na bela voz de Elis Regina, de música sertaneja de raiz que falava sobre as coisas do Sertão e não esse lixo que temos hoje e é chamado de "sertanejo universitário".
Se sertanejo é universitário, o Rock é PhD; desculpa aí.
Bom...
Achávamos engraçado mamãe pronunciar os nomes de uma famosa dupla sertaneja, "Milionário e José Rico"; ela dizia "Zé Anrique". Mas o pior mesmo era ela dizer que eles eram bonitos e nossa amiga Cleusa concordar. Jesus!
Certa vez, um dos "primos" que morava lá em casa trouxe um presente de aniversário para mamãe, um disco (LP) de um cantor deficiente físico cuja voz era, digamos, meio difícil de ouvir. O cantor era esganiçado, cantava fino, uma tristeza, mas mesmo assim o artista ganhou vários prêmios durante sua carreira.
O nome do cantor era Barrerito (*1942 +1998), que Deus o tenha. O título do LP era "Barrerito, o cantor das andorinhas...Onde estão meus passos". 
Mamãe colocava o LP para tocar, aumentava o volume, cantava junto e fazia suas tarefas pela casa. 
Nossa Senhora!
Nós aguentávamos por alguns instantes e dizíamos: "Pelo amor de Deus, mãe, desliga isso! Cantor ruim da bixiga!".
Mamãe dava de ombros e dizia: "Oxe, meninos, e vocês não escutam as músicas de vocês? Por que não posso escutar as minhas? Deixem de ser bestas!"
Os meninos iam jogar bola com a molecada da vizinhança e eu com minhas irmãs ficávamos sentadas na calçada a olhar o jogo e contar quantos carros entravam e saiam do motel que ficava no fim da rua.
Contávamos os minutos para que todo o LP tocasse e corríamos para casa para impedir mamãe de tocar o LP de novo: "Não, mãe, de novo não! Pelo amor de Deus!".
O dito "primo" que dera o presente de grego para mamãe chega e fomos falar com ele: "Dá próxima vez que você for comprar um presente para mamãe, compra outra coisa, disco não. Tá? Você não poderia ter dado presente pior, pelo amor de Deus. Se você chegar de novo com outro disco, a gente quebra na sua cabeça! Falô?"
Num outro dia percebemos que mamãe tinha a intenção de ouvir o LP e numa estratégia rápida e inteligente, um de nós correu e escondeu o disco. Ufa!
Mamãe procurou, procurou..."Oxe, mas cadê o disco de Barrerito que estava aqui? Inda gorinha mesmo eu o vi... Vocês viram não, esses meninos, meu disco?"
"Não, mãe".
E mamãe procurava seu disco favorito entre os LP´s do Lobão, Legião Urbana, Lulu Santos, RPM, Barão Vermelho,Titãs e outros.
Mãevelha, que não era mineirinha mas trabalhava em silêncio, tudo observa e diz: "Oh, Marlene, eu vi teus meninos correndo com um disco na mão dizendo que iam esconder, será que não era o teu não, minha filha?"
Mamãe ficava doida e tome Barrerito nos nossos ouvidos.
É isso.

                              


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Queria dormir, mas...

meus simpáticos e mal educados vizinhos não permitiram. De novo.
Ontem, sábado, fui para a cama com dor de cabeça; tomei os remédios e tentei dormir. Tentei.
Os vizinhos falavam alto, riam, assistiam TV e isso foi até as duas horas da manhã. 
Eu tenho sono leve e qualquer barulhinho me acorda e é muito difícil eu voltar a dormir; fico agitada, ando pela casa, converso com os gatos.
Agora os @#$%&*¨ dos vizinhos dormem tranquilamente e eu não. O jeito foi me levantar e assistir ao desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Muito bonito.
Agora assisto a Pequenas Empresas Grandes Negócios e a seguir o meu programa favorito: Globo Rural.
Já cuidei da minha gataiada e decidi escrever um pouco. O jornal já chegou, Estadão, mas será lido mais tarde, assim que a dor de cabeça diminuir um pouco.
Vou fazer café; li em alguma revista que a cafeína potencializa ou facilita, sei lá, o efeito dos remédios. Legal.
Daqui a pouco os vizinhos acordam e ligam o som e sou obrigada a ouvir músicas tecno bregas, pseudo forrós, Shakira, músicas de festa/balada e mais conhecidas como "bate estaca", manés "cantando" em "ingrêis" e até músicas românticas. Minha Nossa Senhora!
Tem uma que é muito ruim, muito tosca, muito ridícula mesmo. É mais ou menos assim:
"Eu era uma moça linda e você me seduziu. Nosso amor nasceu, nasceu. Você me abandonou. Nosso amor morreu, morreu. Nosso filho nasceu, nasceu. Agora falta leite Ninho para nosso filhinho".
É muita poesia.
Mas deixe estar. Estou preparada para o contra ataque. Se tocar Shakira, pseudo forró, tecno brega e melô do leite Ninho, eu toco Rock n´Roll, Heavy Metal, Hard Rock, Grunge...
Ramones, Nirvana, Pearl Jam, Metallica estão a postos.
Sou da paz, mas não há paz que resista a insônia, falta de educação, desrespeito e principalmente e muito pior: péssimo gosto musical.