domingo, 9 de setembro de 2012

Blog da Criança: Apelidos

                                            

Dia muito quente para o Inverno, aliás, esse ano quase não tivemos frio aqui em São Paulo; dias quentes típicos de verão. 
Imagino como será o Verão, minha Nossa Senhora.
Detesto calor, não me dou-me com o calor, como dizia mamãe. Adoro as agradáveis temperaturas em torno dos quinze e vinte graus, acima disso é insuportável.
Dia quente, chato, sufocante e barulhento: vizinhos lavando carros com WAP; vizinho ouvindo música no carro enquanto a esposa dentro de casa ouvia música também! Somou-se o barulho do aparelho WAP, das músicas sendo tocadas ao mesmo tempo, o calor do caramba e o bebê da vizinha chorando...
E é sobre o bebê que quero falar, já falei sobre vizinhos musicais e barulhentos.
Esse menino é a segunda criança a morar nessa casa e a me causar preocupação e compaixão. Já falei sobre o outro menino cujos pais não se toleravam e o ignoravam, como se o moleque tivesse culpa.
Esse caso é de um bebê de cinco meses que chora muito e a mãe não sabe como lidar com ele, acredito eu. Eu penso que talvez ele esteja agoniado pelo calor, está com roupa "quente", está com sede, com fome, com dor, com qualquer problema. A mãe grita com o ele, manda-lhe calar a boca e ameaça-lhe bater. Pensei comigo: "Se essa desnaturada ousar bater em um bebê inocente, eu pulo esse muro e lhe dou uns cola-brinco!".
Mas ainda bem que não. Esse modo "carinhoso" é o único modo com o qual a mãe sabe lidar com o filho; é gritando, ameaçando, mandando o bebê calar e ficar quieto.
O bebê é bem tratado nos quesitos alimentação, higiene e cuidados médicos; tomas as vacinas direitinho e nisso a mãe faz seu papel. 
Mas acho que o mais importante é amor, paciência, tolerância... Afinal, penso com minhas "inguinóranças", se o cabra não tem paciência nem para criar um bicho, vai colocar filho no mundo pra quê?!"
Outra coisa que detesto e abomino nas pessoas é essa mania besta de colocar apelidos nos filhos e os chamarem por nomes constrangedores; a vizinha dizia para o bebê: "O que é que você quer seu feio?". 
Cresci ouvindo essa @#$%! e até hoje é difícil acreditar quando me dizem o contrário.
Apelidos que podem parecer engraçadinhos para quem os coloca e para quem ri deles mas para a pessoa vítima desse desrespeito, não é nada engraçado!.
Apelidos como: "Cabeção, feioso, zureia, quatro zóio, pezão..." não são engraçados para quem já sofre com o tal do bullying.  Na minha época era provocação o nome dado ao bullying. 
Bom...
Quando o pai do bebê chega a história muda, o bebê sorri mais e o pai faz gracinhas, conversa com o filho e o leva para passear pelas ruas; o pai disse que o bebê sabe quando é hora de dar uma voltinha.
Lembro de um professor de Psicologia que dizia não existir instinto materno e isso fora criado pela igreja para convencer a mulherada de que devem cuidar de seus pimpolhos.
Não sei se concordo ou discordo totalmente, mas sei que vejo muita mãe "seca", insensível, que não demonstra afeto pelo filho, que o deixa com qualquer um ou até mesmo trancado em um carro enquanto ela vai ao Shopping ou ao boteco atrás de um namorado.
Até me lembrei de uma música cantada divinamente por Elis Regina: "Como nossos pais"

"Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais..."



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