sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Batalhas

                                


Tomo chá de gengibre com limão todas as noites antes de me deitar, mas mesmo assim está difícil dormir.
Deito e o chá acalma e lentamente vou me transportando para lugares bons, tranquilos e bonitos.
Viajo para meu Sertão ,para a doce época em que segurava a mão de mamãe enquanto caminhávamos por entre os pés de feijão.
Enquanto caminhava pelas ruas de Gravatá vestida em minha adorada jardineira e uma mão na mão do meu amado avô Paipreto e a outra no bolso da minha roupa favorita.
Para os braços fortes de meu avô José, que sempre chegava na hora certa para me defender das chineladas de mamãe e de minha avó Mãevelha. 
Eu aprontava muitas artes e sempre perto dos animais da fazenda e era aí que eu deixava mamãe e minha avó doidas.
Acho que meu avô José deveria ter um radar, uma câmera escondida ou algo assim, pois ele sempre sabia quando eu estaria em perigo e chegava montado em seu belo cavalo a tempo de me envolver em seu braços fortes e morenos.
É uma das mais doces e belas lembranças que tenho do meu avô José; ele montado em seu cavalo bonito.
Mas dali a pouco as dores vêm me despertar. Maldita, horrenda, estúpida Acromegalia!
Acordo, joelhos doendo, coluna doendo. 
Escuto os barulhos da madrugada e lá pelas cinco ou seis da manhã o sono chega, mas é bem na hora de levantar.
Parece que minhas "férias" acabaram e agora a Acromegalia me ataca com tudo.
Mas eu já venci outras batalhas mais difíceis e vencerei essa também.
É isso.




                                        

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