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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ilha

Croácia, banhada pelo Mar Adriático
                             

Alguém disse que o Homem não é uma ilha, mas talvez a Mulher o seja.
Está difícil, cada vez mais difícil, viver em Sociedade.
Sempre durmo muito mal, mesmo quando estou cansada e como sono. Deito e parece que o sono vai embora e o cérebro não desliga.
Para ajudar a atrapalhar, as pessoas estão cada vez mais barulhentas, egoístas, fúteis, más...
Já falei algumas vezes sobre o tema e volto a ele porque está me incomodando.
Sempre que durmo mal levanto no dia seguinte me sentindo um caco; o corpo pesa e a cabeça também.
De sexta para sábado teve festança dupla na rua próxima e o todo o barulho parece que vem para minha casa. Funk de um lado e pagode do outro! Isso é o som do inferno. Nem o coisa ruim aguentou e mandou de volta pra Terra.
Bem que podia chover forte e acabar a luz!
O dia amanhece e o barulho acaba e penso que finalmente poderei dar uma cochilada em paz. Engano! A vizinha resolve iniciar a reforma da sua calçada bem cedo, por volta das sete horas. 
Barulho de cimento sendo mexido e misturado, som da máquina de cortar piso...
Levantei, era o jeito.
Fiquei em casa, fiz algumas coisas e depois torci para a Alemanha. Pelo menos isso deu certo, aleluia!
Assisto ao Fantástico mais para ver os bonitões da Copa e acho que foram injustos com o croatas; eles são bem bonitões, mas aqueles russos...
Termina o programa e vou para a cama, já era mais de onze e meia e eu voltaria ao trabalho no dia seguinte. Acabou a Copa e junto acabou a moleza.
Meia noite, uma da manhã... Vizinhos falando alto, chamando o nome do filho de um ano a cada dez segundos, mexendo no celular ou outro aparelho que faz aqueles barulhinhos chatos; tenha santa paciência!
Quando estou moída, brava, estressada ou todas as opções mencionadas, eu uso bastante ponto de exclamação.
Madrugada e o povo falando, rindo, conversando... Tiveram o dia todinho pra fazer isso e tem que fazer agora?!
As paredes são finas, até demais, e falei alto: "Eu levanto cedo pra trabalhar! Pelo amor de Deus!".
O barulho diminuiu mas aí a cabeça já doía, a pressão já subira e um refluxo me queimava a garganta; parecia que eu tinha tomado ácido. Sensação horrível.
Tomei Mylanta e ajudou um pouco, mas o sono que é bom... Nada!
A Croácia é um belíssimo país de encantadora geografia, tem muitas ilhas e inclusive alugam uma ilhota por uma semana durante o verão europeu. A pessoa fica isolada de tudo! 
Vou jogar na Mega Sena e vou comprar essa ilhota e mandar bala em quem ousar se aproximar!
Silêncio, respeito e nada de vozes de madrugada, nada de Funk, pagode e todas essas coisas que não podem ser de Deus e nem do coisa ruim. Isso é coisa da humanidade que está tão boçal, bestial, boba.
Tive um dia nada bom hoje.
É isso.



                                  


                                    

domingo, 30 de junho de 2013

... La, La, iá...

                                  


Dores de cabeça, na coluna e joelho; madrugada fria, chuvosa e barulhenta. 
Não dá para dormir. Não dá para ser feliz.
Festa, música alta, pagode... la, la, iá...
Alguém chama a polícia; vozes, música desligada. Graças a Deus!
Polícia sai e a música volta... la, la, iá....
Pneus cantando, motores roncando, vozes e o pagode... la, la, iá...
Isso tudo às quatro da manhã.
Silêncio a partir das seis horas, mas às oito e meia o moleque do vizinho, aquele moleque sem limites, respeito pelos outros e educação, sai de casa e vai à casa do amigo chamá-lo. O pai do amigo bota o moleque pra correr; ainda é cedo e é domingo, as pessoas gostam de dormir até mais tarde ou simplesmente ficar na cama.
A tia do moleque mal educado liga o som do carro e toca pagode, mais la, la, iá.
Que coisa chata!
Família barulhenta, vizinhos barulhentos, cada um na sua e que se danem os outros. É assim que se comportam as pessoas atualmente.
O simples, justo e necessário ato de dormir está cada vez mais difícil.
La, la, iá...
Acho que se fizessem versões de músicas infantis em ritmo de pagode, elas ficariam assim:
"Atirei o pau no gato, la, la, iá...
Mas o gato não morreu, la, la, iá..."
"Borboletinha, la, la, iá...
está na cozinha, la, la, iá..."
Chato. Muito chato. Na boa.
É isso.


                                   

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Gafe

                               



Falei sobre limpeza e música na postagem anterior mas me esqueci de falar sobre a pequena gafe que cometi.
Foi assim: A personal diarista pediu para eu tocar Raça Negra e eu muito gentilmente aquiesci.
Fui para as caixas onde guardo os CD´s e procurei, encontrei Cidade Negra. Coloquei para tocar. Gosto muito.
O CD está quase na metade e a personal diarista pergunta: "Você não vai tocar o Raça Negra?".
"Oxe, mas está tocando!".
Minha cunhada Preta percebeu a gafe e disse: "Ela pediu Raça Negra e não Cidade Negra! Tudo bem, é a idade, perdoamos".
E ainda disse que seria muito difícil encontrar na minha casa CD de pagode, funk, rap etc...
Eu não gosto de pagode, principalmente de grupos com mais de dez pagodeiros na foto da capa do disco. Meu vizinho, só podia ser, ouvia pagode esses dias e eu parei para prestar atenção na letra: "lalaiá, lalaiá... lalaiá, lalaiá..."
As músicas parecem música de corno ou música para se ouvir em motel barato de periferia. Não dá.
Gosto do samba, do velho e bom sama. Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Beth Carvalho e o representante maior do samba paulistano, Adoniram Barbosa, meu!
Aí sim, eu dou valor!
É isso.


Fotos de Raça Negra
Raça Negra
Cidade Negra
Cidade Negra


domingo, 7 de outubro de 2012

Tema

                                    

O tema da festa de aniversário da minha sobrinha Rafaela foi de joaninhas e abelhas, muito legal.
Gostei da escolha de minha cunhada Preta, que fugiu às tradicionalíssimas personagens de desenhos animados e filmes infantis americanizados.
Rafaela estava vestida num gracioso vestido de corpete preto com saia vermelha cheia de bolinhas pretas; os cabelinhos foram presos para o alto imitando duas antenas, uma graça de joaninha.
Na hora de cantar os parabéns, Rafaela usou um vestido listrado de amarelo e preto, imitando a "roupa" das abelhas. Fubá também usou um colete listrado nas cores das abelhas, um arco com antenas douradas e asas, muito gay. 
Foi muito engraçado.
Quando ele passou por nós, gritamos em coro um termo que obviamente duvidava de sua masculinidade.
Bom...
Toca o hino do Corinthians em ritmo de pagode e enquanto eles gritam "Vai Corinthians", meu irmão Rogério gritava: "Vai Palmeiras!".
Assim que é legal, cada um tem seu time favorito e todos fazemos piadas com os times alheios, tudo na paz e na amizade, sem violência.
Ano que vem será ainda melhor e prometi a mim mesma que irei calçada em sapatos femininos! Vou ter que mandar fazer, mas eu vou!
É isso.

                         

Buffet, Beterraba, Pés

Meu irmão Fubá de "Abelho Rainho"
                           

Fomos ontem ao buffet infantil para comemorar e bebemorar o primeiro aniversário da minha sobrinha Rafaela; foi muito bom.
Fez muito calor e pensei em ir de vestido, mas e os sapatos/sandálias?
Comprei um lindo vestido no Shopping Penha e tinha em casa pares de sapatos e sandálias que até há bem pouco tempo serviam, mas que em poucos meses parece que encolheram.
Frustração, Melancolia, Revolta. Exatamente nessa ordem.
Horrenda, maldita, injusta Acromegalia!
Vesti o lindo vestido e tentei sem sucesso enfiar meus enormes, largos, gordos e inchados pés nos sapatos e sandálias que um dia serviram; não foi possível.
Fiquei triste.
Não poderia ir descalça, claro, e muito menos com sandálias de dedo. Se bem que hoje sandálias de dedo Havaianas estão e são muito fashion.
Tirei o vestido e vesti calça, blusa e calcei o tênis preto com meias pretas; meu uniforme de batalha. Saco!
Fomos ao buffet.
Chegando lá observei as mulheres calçadas com sapatos lindos e saltos altíssimos. Um dia eu usei calçados assim.
Adorei o sapato estilo boneca anos 50 da Adriana, cunhada da minha cunhada Preta. Aliás, Preta, minha cunhada, esposa do meu irmão Fubá e mãe da Rafaela prenda minha usava um lindíssimo sapato vermelho.
Não senti inveja má, não sou assim. Senti melancolia, decepção, frustração e uma sensação enorme de injustiça contra minha pessoa.
Comecei a me lascar desde o dia que meti a cara nesse mundo, graças a Deus, e já num estágio da vida onde eu queria só trabalhar e fazer as coisas que gosto, o que acontece? Acromegalia!
Bom...
Mas a festa foi ótima.
Obviamente fui vítima dos indefectíveis e ubíquos olhares e senti um certo estranhamento e aversão por parte dos fotógrafos do local. Paciência, eu devo estar acostumada. Sempre!
Meu irmão Rogério passou mal durante o dia, pressão alta, e não sentia-se muito bem, mas comeu bem até demais, graças a Deus. Apetite não é problema para meus irmãos.
Fomos eu e minha irmã Rosi nos servir do jantar e olhamos para as travessas com saladas mas não encontramos mais a beterraba; Rosi pergunta: "Cadê a beterraba?", e eu respondo: "Está no prato do Rogério".
Rimos.
Cantamos parabéns, o bolo e os docinhos foram servidos e as pessoas foram dançar. Fubá mandou tocar o hino do Corinthians em ritmo de pagode, ficou da hora, meu. É nóis, é Curinthia, mano!
Falei para Fubá mandar tocar o grito da Gaviões da Fiel na próxima festa em 2013. Ele já reservou, sabia? Quando Rafaela nasceu a primeira coisa que meu irmão fez foi sair à procura de buffets infantis para garantir a festa de aniversário da pequena.
Estamos saboreando o bolo e os doces quando uma convidada passa em nossa mesa e traz consigo um livro bonito com canetas coloridas e pede que escrevamos depoimentos para Rafaela. Um dia ela vai ler e vai gostar.
Meu irmão Rogério volta com copo de suco e prato com salgadinhos e não ouvira a conversa, pergunta: "O que ela quer? É dinheiro?"
Gargalhamos.
Minha sobrinha Maitê, filha de meu irmão Naldão não sente-se bem e a mãe resolve ir embora. Maitê só vê o avô e a mãe, não está acostumada com aglomerações e naturalmente estranhou aquele monte de pobre junto; não deu outra, a menina se assustou, coitada.
Rosi disse que Maitê nunca viu tanta gente bonita junto, pobres sim, mas bonitos. Tá bom. É muita boniteza mesmo.
Saímos do buffet e nos dividimos/apinhamos nos dois carros, mas antes de partirmos, meu irmão Rogério parou para vomitar. O bicho comeu que benza Deus, zóião do caramba, claro que ia passar mal. Mas ele disse que foi por causa da injeção de Benzetacil que ele tomara algumas horas antes. Claro.
Mamãe dizia "Bejotacil".
Eu o provoquei e disse: "Acho que foi beterrabacil". Todos rimos e ele ameaçou vomitar no meu carro. Renata disse que se ele fizesse isso ela também vomitaria e aí foi um uníssono "Eu também".
Falei que se fizessem isso iriam todos a pés para casa.
Foi divertido.
Liguei hoje para meu irmão Rogério para saber como estava e está melhor, graças a Deus. Disse-lhe: "Se cuide, cabra! Tu tem uma renca de filho pra criar e tu sabe muito bem que nessa nossa família o cabra é saudável até os trinta anos, depois começa a ficar bichado. Se liga, meu, ou tu não vai comer castanha no Natal!"
Somos muito carinhosos um para com o outro. 
Muito lindo isso.

                      
                                
                            



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Falta

                                     


Tive uma noite de insônia.
Para isso também tive a colaboração dos vizinhos, que à uma hora da manhã conversavam animadamente como se estivessem em um churrasco com pagode na lage.
Vivemos na Sociedade do barulho, da falta de educação, do "estou nem aí" pro outro.
Vivemos na Sociedade do culto ao corpo, ao belo, à forma. 
Somando-se tudo isso e temos pessoas sem noção e com muita falta de educação.
Sim...
Tive também a colaboração de Ébano, meu gato afrodescendente. Ele dorme o dia inteiro e à noite tem energia e disposição para brincar com os outros gatos.
Ébano brincava de perseguir a bolinha com guizo. O barulhinho o faz correr atrás. Já comprei uma meia dúzia de bolinhas com guizo e Seu Ébano quebra todas.
Levantei, andei pela casa, dei broncas em Ébano e disse que era hora de dormir. A bronca não era apenas para meu gato...
Volto para a cama e finalmente começo a cochilar. Sinto um peso fofo sobre meu peito e dois bracinhos em volta do meu pescoço. Ouço um ronronar discreto. Era Alice Maria, minha gata.
Ela sentiu minha melancolia e o abraço com o ronronar foram para dizer: "Você não está só. Eu estou aqui".
Sim, conheço gente que acha que não; bichos são apenas bichos e só. Eu discordo.
Acredito que todas as coisas são e estão interligadas; é um ciclo, um círculo. Um coisa termina para outra começar. Um coisa completa o que está a faltar na outra. A Vida, A Natureza são assim para mim.
Bom... Mas cada um cada um e eu respeito isso.
Hoje estou um tanto quanto carente e se eu jogasse futebol e o juiz me dissesse: "Você fez falta", acho que o abraçaria.