domingo, 7 de outubro de 2012

Buffet, Beterraba, Pés

Meu irmão Fubá de "Abelho Rainho"
                           

Fomos ontem ao buffet infantil para comemorar e bebemorar o primeiro aniversário da minha sobrinha Rafaela; foi muito bom.
Fez muito calor e pensei em ir de vestido, mas e os sapatos/sandálias?
Comprei um lindo vestido no Shopping Penha e tinha em casa pares de sapatos e sandálias que até há bem pouco tempo serviam, mas que em poucos meses parece que encolheram.
Frustração, Melancolia, Revolta. Exatamente nessa ordem.
Horrenda, maldita, injusta Acromegalia!
Vesti o lindo vestido e tentei sem sucesso enfiar meus enormes, largos, gordos e inchados pés nos sapatos e sandálias que um dia serviram; não foi possível.
Fiquei triste.
Não poderia ir descalça, claro, e muito menos com sandálias de dedo. Se bem que hoje sandálias de dedo Havaianas estão e são muito fashion.
Tirei o vestido e vesti calça, blusa e calcei o tênis preto com meias pretas; meu uniforme de batalha. Saco!
Fomos ao buffet.
Chegando lá observei as mulheres calçadas com sapatos lindos e saltos altíssimos. Um dia eu usei calçados assim.
Adorei o sapato estilo boneca anos 50 da Adriana, cunhada da minha cunhada Preta. Aliás, Preta, minha cunhada, esposa do meu irmão Fubá e mãe da Rafaela prenda minha usava um lindíssimo sapato vermelho.
Não senti inveja má, não sou assim. Senti melancolia, decepção, frustração e uma sensação enorme de injustiça contra minha pessoa.
Comecei a me lascar desde o dia que meti a cara nesse mundo, graças a Deus, e já num estágio da vida onde eu queria só trabalhar e fazer as coisas que gosto, o que acontece? Acromegalia!
Bom...
Mas a festa foi ótima.
Obviamente fui vítima dos indefectíveis e ubíquos olhares e senti um certo estranhamento e aversão por parte dos fotógrafos do local. Paciência, eu devo estar acostumada. Sempre!
Meu irmão Rogério passou mal durante o dia, pressão alta, e não sentia-se muito bem, mas comeu bem até demais, graças a Deus. Apetite não é problema para meus irmãos.
Fomos eu e minha irmã Rosi nos servir do jantar e olhamos para as travessas com saladas mas não encontramos mais a beterraba; Rosi pergunta: "Cadê a beterraba?", e eu respondo: "Está no prato do Rogério".
Rimos.
Cantamos parabéns, o bolo e os docinhos foram servidos e as pessoas foram dançar. Fubá mandou tocar o hino do Corinthians em ritmo de pagode, ficou da hora, meu. É nóis, é Curinthia, mano!
Falei para Fubá mandar tocar o grito da Gaviões da Fiel na próxima festa em 2013. Ele já reservou, sabia? Quando Rafaela nasceu a primeira coisa que meu irmão fez foi sair à procura de buffets infantis para garantir a festa de aniversário da pequena.
Estamos saboreando o bolo e os doces quando uma convidada passa em nossa mesa e traz consigo um livro bonito com canetas coloridas e pede que escrevamos depoimentos para Rafaela. Um dia ela vai ler e vai gostar.
Meu irmão Rogério volta com copo de suco e prato com salgadinhos e não ouvira a conversa, pergunta: "O que ela quer? É dinheiro?"
Gargalhamos.
Minha sobrinha Maitê, filha de meu irmão Naldão não sente-se bem e a mãe resolve ir embora. Maitê só vê o avô e a mãe, não está acostumada com aglomerações e naturalmente estranhou aquele monte de pobre junto; não deu outra, a menina se assustou, coitada.
Rosi disse que Maitê nunca viu tanta gente bonita junto, pobres sim, mas bonitos. Tá bom. É muita boniteza mesmo.
Saímos do buffet e nos dividimos/apinhamos nos dois carros, mas antes de partirmos, meu irmão Rogério parou para vomitar. O bicho comeu que benza Deus, zóião do caramba, claro que ia passar mal. Mas ele disse que foi por causa da injeção de Benzetacil que ele tomara algumas horas antes. Claro.
Mamãe dizia "Bejotacil".
Eu o provoquei e disse: "Acho que foi beterrabacil". Todos rimos e ele ameaçou vomitar no meu carro. Renata disse que se ele fizesse isso ela também vomitaria e aí foi um uníssono "Eu também".
Falei que se fizessem isso iriam todos a pés para casa.
Foi divertido.
Liguei hoje para meu irmão Rogério para saber como estava e está melhor, graças a Deus. Disse-lhe: "Se cuide, cabra! Tu tem uma renca de filho pra criar e tu sabe muito bem que nessa nossa família o cabra é saudável até os trinta anos, depois começa a ficar bichado. Se liga, meu, ou tu não vai comer castanha no Natal!"
Somos muito carinhosos um para com o outro. 
Muito lindo isso.

                      
                                
                            



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