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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Dia Produtivo

                                 Resultado de imagem para aparelho de jantar com paisagem inglesa



Estou cansada hoje também. Trabalhei bastante e ajudei à diarista, do meu jeito, claro.
Ela ficou limpando a casa e lavei roupas. Deixei acumular para poder lavar tudo junto e assim contribuir para com a economia da água. Outro motivo é que tenho dificuldade para estender as roupas no varal e quase sempre caio.
A diarista consertou os varais quebrados, trocou a lâmpada do banheiro e me ajudou a estender as roupas. O dia foi produtivo.
Ela fez coisas bobas e simples que antes eu fazia sem problemas. 
Pedi para ela esvaziar o armário da cozinha e limpá-lo; junta tanta poeira e tanto prato. Para quê uma pessoa precisa de tanto prato?!
E nem são os que eu gosto; quero muito ter o aparelho de jantar "paisagem inglesa", pintados na cor azul. Lindos.
Preciso também de uma forma de pudim, aquela com furo no meio, a que tenho está toda ferradinha.
Ainda plantei a folhagem vermelha que ganhei de aniversário de um amigo da família. Um rapaz meigo e delicado; muito bacana. Podei outras plantas, reguei todas.
A diarista terminou o serviço e foi embora e eu resolvi tomar um banho quente para aliviar o inchaço das pernas e pés; abusei do meu corpinho acromegálico que se cansa muito facilmente.
Depois do banho senti muito sono e dei uma cochilada no sofá. Assistia à reprise do Mais Você, e, como sempre, adormeci ao som da voz monótona da Ana Maria Braga.
Acordei meia hora depois e estava com fome; comi arroz e feijão, a combinação perfeita. Ovo frito e farofa. Adoro comida simples e com sustança.
Fiz mousse de morango e amanhã vou levantar mais cedo para decidir o que vou fazer para o almoço de Páscoa na casa da minha irmã.
Tudo dá trabalho e a mobilidade reduzida atrapalha mais ainda. Me canso fácil, as dores vêm com tudo, mas mesmo assim eu não me entrego.
É chato ficar "de cara pra cima", como dizia mamãe. Quero tanto voltar ao normal; no sentido físico, porque normal normal mesmo eu nunca fui. Graças a Deus.
É isso.



                                      Resultado de imagem para planta de folhagem vermelha


                                    

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Oxe!

                             


Rapadura é doce mas não é mole não, já diz o sábio ditado.
E lidar com gente também não é fácil não. Não à toa me entendo bem melhor com bichos do que com certos tipos de pessoas. Afe!
Já falei em postagens anteriores sobre a arrogância de pessoas que ocupam um cargo melhorzinho no local de trabalho e por isso se acham no direito de levantar o nariz e não falar com quase ninguém.
Eu falo com todos e de forma igual: respeito e educação.
Seja do diretor da escola às meninas da limpeza. Rótulos, títulos, nobreza e arrogância à parte, somos todos humanos, demasiado humanos.
E na maior cara de pau, ainda "roubo" o cafezinho das meninas da limpeza até o moço da cantina chegar e preparar o café da secretaria.
Esses dias elas me trouxeram jabuticadas colhidas da pequena jabuticabeira que fica no estacionamento. A outra me trouxe banana maçã, tão docinha.
O pessoal é bacana e colabora comigo. Fico só na secretaria e a mobilidade física não ajuda muito; as meninas "quebram" o galho, e muito.
Ontem foi um caos: técnicos revirando computadores, pessoas no guichê pedindo informação, pedindo documentos, querendo cancelar ou fazer matrícula... E como se não bastasse, ainda levei bronca porque me esqueci de dar o sinal. Mas o que é isso, cabra?!
Trabalho sozinha, toda entrevada, no meio do caos e ainda levo bronca por esquecer de fazer uma coisa que deveria ser automática?! Oxe!
Pra começar, o sinal deveria ser automático. Está quebrado desde janeiro e continuará assim, amem. 
Falar, já falei, mas...Só Jesus na causa.
Quem deveria levar bronca não leva! Gente folgada, cara de pau, que faz o que quer, que manipula... Gente má, amarga, incompetente...
E por que não compram outro sinal? 
Olhe, com todo respeito, não me arrete não. Me "arrespeite" e veja o meu lado. Eu trabalho de verdade, não enrolo não. Vá dá bronca em quem precisa! 
Vôte! Mas eu num tô dizendo, homi?!
E assim caminha a humanidade...
É isso.


                               



domingo, 30 de março de 2014

Casa Branca

                              



Fiquei em casa e fiz algumas coisas. Lavei a garagem, dei bronca na molecada que come bolacha, toma iogurte e joga a embalagem na rua e, consequentemente, o vento traz para minha calçada.

Se mamãe estivesse aqui, diria: "O povo há de pensar que tu come essas coisas e joga a embalagem na rua!"
Vizinho que vive de pizzas, comida pronta, lanches, frios etc... e que coloca o lixo para fora e o cheiro desses alimentos atrai a cachorrada que, por sua vez, espalha tudo pela calçada.
Como dizia papai: "Estou virge (virgem) de vê esse povo cozinhar". 
Nunca ouvi o chiado de uma panela de pressão ou o barulho de panelas e utensílios de cozinha sendo usados, o que ouço muito é o buzinar da moto do entregador.
Cada um cada um.
Arrumei a cozinha e ainda faltam o quarto e a sala. Nunca consigo fazer tudo o que quero e que planejo. Começo bem, mas depois o cansaço, a dor e o entrevamento me derrubam. Até que fiz muita coisa: limpei fogão, geladeira e o piso da cozinha, todos brancos!
Moro na casa branca, literalmente.
Fez calor pela manhã e agora a pouco choveu bastante.
Começa a anoitecer e estou cansada e com fome. Vou fazer um chá e comer alguma coisa.
É isso.


                                       

          

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Um dia bom

                                   
Meu presente lindo



Fui ontem à casa do meu irmão Fubá e me diverti muito com a pequena, linda, esperta e terrível Rafaela.
Adoro o modo como ela pronuncia as palavras; é tão bonitinho.
Levei um presente para Políbio, o Pit Bull deles. 
Políbio adorou os biscoitinhos caninos e devorou todos, um a um. Apesar de todo o preconceito que a raça sofre, o Pit bull Políbio é um cão doce, carinhoso e que adora carinho e principalmente comer.
O fato de uma determinada raça de cães ser brava ou perigosa não depende exclusivamente dela e sim do animal que a cria, treina, ensina. O bicho humano e quem cria, treina e ensina esses pobres animais a serem dóceis ou ferozes; depende da criatura por trás dos ensinamentos.
Em vez de eliminar as raças de cães, que tal eliminar o animal por trás de tudo isso?
Bom...
Foi uma tarde muito agradável e ainda tomei um delicioso café da tarde com uma fartura de pães, queijo, salame, manteiga, doce de leite, café... só não tomei o leite. :-)
Ainda ganhei um lindo presente: uma xícara decorada com flores e gatinhos; adorei!
Voltei para casa, tomei banho, assisti TV e fui para a cama. Levantei hoje um pouco mais tarde e depois comecei os infindáveis afazeres domésticos: lavei roupa, lavei as bandejas de areia dos gatos, transplantei meu bonsai, reguei as plantas, fiz bolo de chocolate e ouvi a Rádio Rock enquanto fazia tudo isso.
Parei agora a pouco para me sentar e descansar; os mocotós estavam doloridos e inchados, como os de mamãe.
Liguei a TV agora a pouco e desliguei o rádio; gosto de trabalhar pela casa ouvindo música, principalmente o bom e velho Rock 'n' Roll. Ouvi MPB também, mas certas canções nos remetem a lugares, situações, pessoas... 
Melhor deixar pra lá pra não ficar com dor de corno/a e se dedicar ao trabalho ao som das poderosas guitarras e baterias de AC/DC, Iron Maiden, Black Sabbath, Ramones...
É isso.

                                

                                      
                                   

sábado, 25 de janeiro de 2014

Ajax

                                                                   


É sempre tão bom sonhar com mamãe.
Mamãe nunca está parada, quietinha... não. Mamãe está sempre pra lá e pra cá, sempre agitada, esperta, viva, animada, trabalhando e trabalhadora.
Sempre mamãe.
E mais um sonho com mamãe me ajudando a limpar e a arrumar a casa. Qualquer casa, onde quer que eu esteja.
Eu dizia para mamãe não se preocupar tanto, não trabalhar tanto, a casa estava limpa, era só tirar o pó dos móveis e passar um pano no chão, mas ela insistia.
Hoje existem inúmeros produtos de limpeza para os mais variados fins, mas na nossa época tínhamos poucas opções. Mamãe gostava de lavar roupas com o sabão em pó OMO e com sabão em barra, ou sabão de pedra, como ela dizia. Ela nos mandava comprar duas ou três pedras de sabão da marca Rio, tinha que ser sabão Rio, outro não prestava não, dizia ela.
Detergente era ODD azul e os desinfetantes de pinho, jasmim e lavanda eram comprados do senhor que passava na rua com sua Perua Kombi sempre tão cheirosa.
Anunciam na TV um novo produto de limpeza; um produto com cheiro forte que limpa, desengordura e deixa tudo brilhando! AJAX. 
Mamãe gostava do AJAX, principalmente para limpar o banheiro. Mas o cheiro do produto era tão forte que nos deixava meio tontos. E isso somado ao inseticida que ensopava nossos cabelos na infindável luta contra os piolhos. Não era à toda que éramos tontos. Éramos?
Bom...
Estou na casa com mamãe, vamos lavar a garagem. Pego um AJAX e mostro pra ela: "Olha o que eu comprei pra nossa limpeza, mãe. Eu sei que a senhora gosta desse".
Coisa tão boba e tão simples, mas tão boa de sentir.
Livros espalhados pela casa. Livros sobre a mesa da sala, estante, rack, sofá... pela casa toda. Meu irmão, minha cunhada e minha sobrinha estavam sentados no sofá maior e a pequena Rafaela brincava com os gatos. Mamãe pegava dois livros que eu havia separado para emprestar para meu irmão e cunhada: livros sobre como cuidar de crianças; da alimentação à educação.
Crianças sempre bem vestidas, bem calçadas e sempre com boa aparência é até legal, mas será que essas mesmas crianças são bem alimentadas e bem educadas?
Eis a questão.
Bom...
Foi e é sempre tão bom sonhar com mamãe.
E eu agora vou para o segundo "round", vou terminar de limpar a casa e finalmente lavar a garagem. Hoje é sábado e têm menos carros na rua.
E tem a parte chata também: passar a roupa nesse calor! Vou passar a roupa de trabalho, graças a Deus!
É isso.


                                          


                                     

sábado, 18 de janeiro de 2014

Calorias





Simpática vizinhança fazendo churrasco e muito barulho; é dose!
Simpática vizinhança tocando suas horrendas músicas de duplo sentindo e algumas com palavrões; belo exemplo para uma família que tem um menino prestes a completar dois anos.
Lavo quintal, caixa de areia dos gatos, lavo roupas e parei um pouco para tomar meu café quente, forte e adoçado na medida. Mas eis que Aldebarã pula em meu colo e, sem querer, coloco mais açúcar do que deveria. Joguei o café fora e decidi, então, comer uvas.
Fiz mousse de uva e chocolate. Fim de semana pode.
Como estou pra lá e pra cá, arrumando, limpando... ou tentando, certamente queimarei calorias nesse agradável exercício físico e assim, posso abusar das guloseimas de fim de semana. Mas não muito.
A gataiada agora dorme espalhada pela casa; dormem no braço do sofá, sobre os livros, na cama, no chão molhado e fresquinho que alivia um pouco o calor... estão espalhados por aí.
Os danadinhos fazem suas artes, quebram as coisas e depois dormem para descansar e repor as energias para mais traquinagens futuras. Em um futuro muito próximo, é só começarem a acordar.
Parei um pouco para escrever e agora retorno à labutaria.
É isso.




                                       


                                       

sábado, 3 de agosto de 2013

Sábado de Sol

Meu avô Paipreto dizia que os raios de sol eram as asas dos anjos.
                                     

Essa semana teve dias quentes e noites frias. Assim é bom.
O frio polar se afastou mas promete voltar nas próximas semanas, segundo meteorologistas.
Dormi mal, pra variar, mas levantei, fiz meu café forte e adoçado na medida, comi meu pão integral de linhaça e amaranto e me preparo para fazer o restante da limpeza de sábado. Sexta-feira é tradicionalmente o dia da limpeza, mas eu trabalho e só sobra o sábado mesmo.
Depois de tudo isso, ficarei moída, obviamente. Mas se entregar é pior, então, vamos à luta que a vida é curta.
E por falar em dia de limpeza... Preciso voltar aos afazeres domésticos e estou a escrever!
É isso.
Um bom sábado se sol a todos.



                                           

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mais um dia de domingo


                                   
Domingo de limpeza, perrengues com a molecada da rua e o bom e velho Rock 'n' Roll. Explico.
Fiquei só o dia todo e confesso que adoro, prefiro, amo ficar só algumas vezes. Quase sempre, é verdade.
Não sou um animal antissocial; meio, talvez.
Não sou uma ilha, uma península, talvez.
Ouço Rock enquanto coloco roupas na máquina, limpo daqui, tiro o pó dali etc... Mas de repente a máquina de lavar para, o aparelho de som desliga, as luzes piscam: Já sei! São os infames dos moleques com seus malditos pipas preso à rede elétrica. Droga!
Abro a porta e é claro, óbvio, público e notório que encontro os dois meninos dos vizinhos, os anjinhos, puros e inocentes a prender linha no fio e a puxá-lo. Queda de rede, claro.
Reclamei, falei, me arretei e entrei. 
Dali a poucos segundos escuto barulhinhos de pedra no telhado e advinha quem jogava as inocentes pedras? Os doces e inocentes meninos dos vizinhos.
São dois cão dos infernos, Deus me perdoe!
Reclamei, falei, me arretei, entrei e chamei a Polícia. Escuto uma ladainha até ouvir uma voz humana de verdade e ouço uma voz feminina que não percebe que a ligação completou e a ouço dizer gracinhas para os colegas e a rir alto. Era só o que faltava!
Falta de profissionalismo e desrespeito para com quem liga para o número 190.
Na boa.
Em poucos minutos a viatura chega e os simpáticos policiais perguntam o que está acontecendo. Relato toda a ladainha e o rosário de reclamações: Os técnicos da AES Eletropaulo levaram mais de três horas para consertar o fio; a molecada joga linhas no fio e o puxa, balançando-o e desligando-o; se queimar meus eletrodomésticos, os pais me pagarão/darão novos?; se eu tomar os pipas das mãos dos moleques, constituirá crime?; mas os moleques podem perturbar a paz do meu lar e eventualmente causar um curto circuito que queime toda minha parafernália doméstica? Existe lei contra isso? Se sim, de que lado está a lei?
Um dos policiais disse para eu fazer um B.O (boletim de ocorrência) na Delegacia e assim os pais desses diabos, digo, anjinhos, responderão processo.
Mas adianta? 
Tem pai que é cego. Tem pai que defende o filho com unhas e dentes mesmo sabendo que o moleque está errado e ainda justifica dizendo que o anjinho é apenas criança. Tá.
Bom...
Só sei que não está fácil e quando reclamei com a molecada, um deles me chamou de maluca.
Voltei para casa, fiz um bom e forte café, continuei minha limpeza dominical e ouvi o ótimo, o excelente Rock 'n' Roll, como suas magníficas guitarras e baterias poderosas. Lindo!
Ouvi um pouco de MPB também; ouvi Djavan, Titãs, Ira, Chico Science e Nação Zumbi...
Foi um bom domingo. Um domingo de solidão por opção, de limpeza, encrencas com a molecada, pipas e muito Rock!
Ao fim do dia, meus simpáticos e bregas vizinhos tocaram suas músicas horrendas nas quais o cantor mequetrefe parece ser fã dos gritantes e agudíssimos Zezé Di Camargo e Chitãozinho e Xororó.
Vão gritar no raio que os partam!
Na boa.
É isso.


                                          

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Gafe

                               



Falei sobre limpeza e música na postagem anterior mas me esqueci de falar sobre a pequena gafe que cometi.
Foi assim: A personal diarista pediu para eu tocar Raça Negra e eu muito gentilmente aquiesci.
Fui para as caixas onde guardo os CD´s e procurei, encontrei Cidade Negra. Coloquei para tocar. Gosto muito.
O CD está quase na metade e a personal diarista pergunta: "Você não vai tocar o Raça Negra?".
"Oxe, mas está tocando!".
Minha cunhada Preta percebeu a gafe e disse: "Ela pediu Raça Negra e não Cidade Negra! Tudo bem, é a idade, perdoamos".
E ainda disse que seria muito difícil encontrar na minha casa CD de pagode, funk, rap etc...
Eu não gosto de pagode, principalmente de grupos com mais de dez pagodeiros na foto da capa do disco. Meu vizinho, só podia ser, ouvia pagode esses dias e eu parei para prestar atenção na letra: "lalaiá, lalaiá... lalaiá, lalaiá..."
As músicas parecem música de corno ou música para se ouvir em motel barato de periferia. Não dá.
Gosto do samba, do velho e bom sama. Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Beth Carvalho e o representante maior do samba paulistano, Adoniram Barbosa, meu!
Aí sim, eu dou valor!
É isso.


Fotos de Raça Negra
Raça Negra
Cidade Negra
Cidade Negra


terça-feira, 24 de abril de 2012

Sobrevivência

                                                


Euclides da Cunha, em seu livro "Os Sertões", disse: "O sertanejo é antes de tudo um forte".
Somos sertanejos, somos fortes. Viemos lá do Sertão pernambucano para vida melhor tentar em Sum Paulo. "Meu Santo São Paulo, como dizia mamãe".
Já passamos por muitos e bons bocados e isso prova nossa força, nossa sobrevivência: seca, fome, trancados em casa enquanto papai e mamãe trabalhavam, vigiados e guardados por um cachorro, trabalho, responsabilidades e... Produtos Químicos!
Explico.
Era comum a venda de produtos de limpeza por senhores que paravam sua perua na rua e ofereciam água sanitária (cândida), amaciante de roupas, detergente, desinfetante, cera, sabão etc... Hoje ainda existe esse tipo de comércio, mas está mais restrito a bairros distantes.
Há uma infinidade grande de produtos de limpeza vendidos em supermercados e que prometem limpeza, brilho, maciez num piscar de olhos. É.
Fomos expostos à toda sorte de produtos químicos disponíveis na época, fossem em forma de inseticida para matar piolhos e muriçocas, fossem em forma de produtos de limpeza.
Era inseticida, era cera que deixava nossas mãos vermelhas por uma semana, removedor que era usado antes de encerar o chão e que nos deixava tontos com o cheiro forte, sabonetes que nos davam coceira... E para completar a toxicidade química, papai e mamãe fumavam que nem duas Caiporas!
Mamãe ensopava nossos cabelos com inseticida e íamos para a escola muito doidões (acho que era por isso que mesmo com a vida dura que tínhamos, sempre tiramos notas boas).
Sexta-feira era dia de limpeza e lá íamos nós nos expor ao fortíssimo cheiro do removedor e depois manchar nossas mãos com cera em pasta; cera líquida ainda era pouco conhecida e era mais cara.
Lavar roupas com sabão em pó e cândida e ficar com as mãos secas e descascando.
Latas com soda cáustica para desentupir os ralos e fossas.
Álcool para limpeza de vidros e a fórmica dos móveis.
Lustra móveis para os de madeira.
E querosene também.
Sobrevivemos a tudo isso e acho que foi por esse motivo que não nos viciamos em bebida, cigarro e drogas ilícitas (só as lícitas: café, chocolate e cerveja).
Fomos expostos a tantos cheiros fortes e a tanta química que fomos naturalmente imunizados contra qualquer vício desse tipo. 
Ainda bem.
Sobrevivemos.


                                     

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Marcas antigas




Na minha época não tinha muita variedade de produtos de higiene e limpeza. 
Vivíamos com o básico: shampoo, creme rinse, sabonete  e talco. Não havia essa variedade enorme de produtos que há hoje. São vários tipos de shampoo, cremes, condicionadores, anti frizz, live in, pomadas, sabonete líquido, loções etc...
Usávamos shamppo Colorama e creme para pentear Neutrox.
Talcos da Avon. 
Sabonete Alma de Flores, Senador, Lux Luxo ou Phebo.
Para limpar a pele usávamos Leite de Rosas ou Àgua de Colônia.
Para manter a pele macia, mamãe usava creme Pond´s ou Nívea.
Bisavó Gina e Mãevelha tomavam banho com sabão de coco e só quando iam passear é que usavam o sabonete Phebo ou Alma de Flores. Posso dizer que os sabonetes duravam bastante tempo na casa de minha avó e bisavó.
Após lavar os cabelos, Mãevelha passava óleo Johnson´s. Ficavam tão cheirosos os longos e finos cabelos da minha avó.
Papai gostava do perfume Seiva de Alfazema e eu gostava da figura de uma moça com trajes típicos em meio a uma plantação roxa de lavanda.
Se uma criança estivesse sem apetite, dava-lhe Biotônico Fontoura ou Óleo de Fígado de Bacalhau. Lembro-me do homem com um peixe nas costas.
A maioria desses produtos ainda é fabricada e parecem resistir bravamente  à enxurrada de novas marcas.