domingo, 30 de junho de 2013

... La, La, iá...

                                  


Dores de cabeça, na coluna e joelho; madrugada fria, chuvosa e barulhenta. 
Não dá para dormir. Não dá para ser feliz.
Festa, música alta, pagode... la, la, iá...
Alguém chama a polícia; vozes, música desligada. Graças a Deus!
Polícia sai e a música volta... la, la, iá....
Pneus cantando, motores roncando, vozes e o pagode... la, la, iá...
Isso tudo às quatro da manhã.
Silêncio a partir das seis horas, mas às oito e meia o moleque do vizinho, aquele moleque sem limites, respeito pelos outros e educação, sai de casa e vai à casa do amigo chamá-lo. O pai do amigo bota o moleque pra correr; ainda é cedo e é domingo, as pessoas gostam de dormir até mais tarde ou simplesmente ficar na cama.
A tia do moleque mal educado liga o som do carro e toca pagode, mais la, la, iá.
Que coisa chata!
Família barulhenta, vizinhos barulhentos, cada um na sua e que se danem os outros. É assim que se comportam as pessoas atualmente.
O simples, justo e necessário ato de dormir está cada vez mais difícil.
La, la, iá...
Acho que se fizessem versões de músicas infantis em ritmo de pagode, elas ficariam assim:
"Atirei o pau no gato, la, la, iá...
Mas o gato não morreu, la, la, iá..."
"Borboletinha, la, la, iá...
está na cozinha, la, la, iá..."
Chato. Muito chato. Na boa.
É isso.


                                   

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