terça-feira, 5 de agosto de 2014

Gavetas

                                  



Faz muito frio. A temperatura caiu pela metade; haja saúde.
Arrumei as gavetas, joguei papeis velhos fora e enchi três sacos grandes com jornais, revistas e papeis; os tiozinhos das carroças piram.
Trabalhar é melhor que ficar de cara pra cima, diria mamãe.
Trabalhar afasta os demônios da solidão, da melancolia e outros.
Ainda tem muito pra fazer, mas vou aos poucos e até onde o corpinho acromegálico me permite.
Não está fácil não. 
Cada dia mais dolorida e entrevada; cada dia mais difícil o caminhar.
Mas eu me senti melhor após essa pequena arrumação. 
São tantos problemas, dinheiro curto, contas atrasadas, problemas, problemas, problemas...
Não gosto de portas e gavetas entreabertas e quase todas as manhãs encontro os armários da secretaria com várias gavetas assim; detesto.
Não sei porque, mas portas e gavetas entreabertas me incomodam, me assustam de certa forma. Ou abre ou fecha de vez, pela metade não!
Deve ser mais um dos traumas inexplicáveis de infância assim como medo de palhaços, de pessoas com máscaras e/ou com o rosto pintado. Gosto disso não, me incomodam e me assustam.
Faz muito frio. 
É isso.


                                      

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