segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ombros

                              


Tenho tido tempos difíceis, bem difíceis.
Como dizem os alunos: "Tá a maior zica!".
Tive uma pequena melhora nas articulações e demoro menos para me levantar.
Tem fase boa e outras nem tanto e assim segue a vida.
Tenho andando sem ânimo, motivação, vontade... Os problemas têm tirado de mim o prazer dos meus pequenos prazeres favoritos: ler, escrever, cuidar das plantas, cozinhar...
Mas hoje eu cuidei da baby rose vermelha; podei, tirei galhos e folhas secas e transplantei para um vaso maior.
Pretendia fazer outras coisas, mas não tinha água; vou verificar se já chegou.
São Paulo enfrenta uma das pioras secas de sua História; quem sabe assim o povo daqui aprenda a respeitar o sofrimento do nordestino ao sentir na própria pele a falta d'água. Não é fácil não.
Ontem foi dia dos pais e fui almoçar na casa da minha irmã; ela havia preparado feijoada, gosto não.
Comi arroz, feijão e bife. Gosto assim.
Li algumas bobagens escritas por pessoas que são eternas Peter Pan, recusam-se a crescer. A gente já é gato escaldado, já sabe o final do filme, mas mesmo assim fica chateado com certas tolices, futilidades, infantilidade e por aí vai.
Aí me peguei pensando: "Será?"
Não, não. 
Se a gente começa a pensar na possibilidade de se tornar realidade ou fazer sentido uma tolice dita ou escrita por um tolo, o tolo seremos nós.
Como diziam meus antigos: "Não podem mais que Deus não".
E como dizia meu bisavô Francisco: "O que é ruim se destrói-se por ele mesmo".
É apenas uma fase ruim, vai passar.
Tudo passa nessa vida, até uva passa.
Tem que fazer gracinha para aliviar um pouco esse peso incômodo que fere nossos ombros.
É isso.


                                        


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem comentários, adoro saber o que pensam sobre o blog. Obrigada ;-)