domingo, 3 de agosto de 2014

Metade

                               



Tarde belíssima.
Roupas no varal, gatos dormindo, quintal lavado e com aquele ar fresquinho, plantas podadas...
Gosto de ser, estar e ficar só em alguns momentos, na maioria dos momentos, confesso.
Tem gente que me acha estranha por isso, mas cada um tem seu modo de ser e viver, penso eu.
Trabalhei bastante pela casa, trabalhei que nem uma cavala, como diz minha sobrinha Beatriz e estou cansada.
O cansaço só não é maior e mais incômodo que a dor no joelho que irradia para toda a perna. Dói, pesa, cansa.
Parei por hoje.
Voltando à solitude...
As pessoas, a maioria delas, se inquietam e se preocupam por estarem sós e dedicam tempo e esforço em uma busca frenética pela outra metade que as complete.
Algumas se desesperam por estarem sós, sentem até raiva e inveja quando se veem ficando para trás quando as amigas, irmãs, colegas estão para se casar ou já se casaram. Parece novela mexicana ou romance de banca de jornal, mas é verdade.
Eu gosto da minha solidão por opção, minha solitude.
Esse negócio de cara metade, metade da laranja ou do limão...
Com as metades da laranja ou do limão faço uma deliciosa caipirinha.
Assisti ao Café Filosófico e foi falado sobre a cara metade; achei interessante a alegoria sobre o tema. Mais uma alegoria de Platão:
Os seres humanos foram criados originalmente com quatro braços, quatro pernas e uma cabeça com duas faces. Temendo seu poder, Zeus os dividiu em duas partes distintas e condenando-os a passar a vida em busca de suas outras metades.
Sei lá, acho que Zeus me criou sem metade nenhuma!
Mas antes que me interpretem mal, como de costume, sou uma pessoa normal que gosta das outras pessoas, apenas gosto mais de ficar quieta no meu canto. A não ser que tenha um bom churrasco ou uma boa festa com docinhos e salgadinhos.
É isso.




                                       



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem comentários, adoro saber o que pensam sobre o blog. Obrigada ;-)