quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Idosos: Arrimo de Família

                               



Volto para casa e encontro as torneiras secas; achei normal, pois falta água em São Paulo.
Passadas algumas horas e nada da água voltar, mas ouço o barulho da máquina de lavar da vizinha e estranho: Será que a máquina usa água da caixa ou da rua?
Chamei a vizinha pelo muro e ela disse que não faltou água, o abastecimento estava normal. Oxe!
Liguei para a SABESP ( Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e foi agendada visita para o dia seguinte. Relatei o caso e a companhia também estranhou o fato de os vizinhos terem abastecimento normal de água e eu não.
Bom...
Tive um estalo: Vou verificar o relógio da água para ver se não está fechado; dito e feito! Mas quem o fechou?!
Tentei me abaixar para abrir o dispositivo, mas não consegui, o entrevamento está brabo. Chamei o vizinho e ele resolveu o problema. Ainda bem!
Quem teria mexido ali enquanto eu estava fora trabalhando?
Liguei de volta para a SABESP e pedi o cancelamento da visita mas fui informada que isso não seria possível, uma vez agendado, para sempre agendado!
Eu disse que o problema fora solucionado e a visita não se fazia mais necessária, mas o atendente me disse que não tem como cancelar e avisar aos técnicos sobre o cancelamento da visita. OK.
Já ouviram falar em celular e outras formas de comunicação móvel?
O jeito foi ficar em casa e aguardar.
Toca a campainha e vou atender: dois senhores já idosinhos, com cabelos brancos, bocas sem dentes, pernas tortas, aparência cansada; tadinhos.
Disse que havia cancelado a visita e pedi desculpas pelo ocorrido.
Fiquei com dó dos idosinhos. A dificuldade para descer do carro, o caminhar meio cambaleante, as pernas tortas, o peso da vida, da idade, do trabalho e do cansaço.
Esses idosinhos não deveriam estar em casa descansando ou fazendo algo que lhes desse prazer? Jogando dominó na praça com os amigos? Fazendo algum trabalho artesanal em casa? Cuidando das plantas ou de algo que gostassem?
Mas como viver com uma aposentadoria mínima e injusta após décadas de trabalho?
Muitos idosos, como já falei aqui, são arrimo de família e carregam nas costas cansadas e encurvadas pelo tempo os parentes preguiçosos e folgados. São filhos e netos que dependem do trabalho e do dinheiro desses idosos. Salvo exceções, deveriam tomar vergonha na cara e cuidar da própria vida! Esses idosos não vão durar para sempre!
Mas é a geração Nem Nem, nem trabalha, nem estuda mas bota filho no mundo para que os pais criem.
A geração que cursa faculdade mas não sabe produzir ou interpretar um texto, que não gosta de ler, que só quer saber de diversão.
Longa vida aos idosos e esperar que um dia essa juventude irresponsável e alienada caia na real.
É isso.



                                   

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