Mostrando postagens com marcador Goethe. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Goethe. Mostrar todas as postagens

sábado, 8 de março de 2014

Egito

Bastet, Deusa Gato do Antigo Egito
                                   

Fui à Livraria Saraiva do Shopping Center Norte com minha irmã Rosi e minha sobrinha Beatriz.
Eu ganhei um cartão presente para ser usado na livraria e precisava usá-lo antes que o prazo expirasse. Queria comprar o filme Fausto, baseado na obra de Goethe, vencedor do Leão de Ouro de Veneza em 2010, mas não tinha disponível na loja do shopping, só nos shoppings da Zona Sul. 
Procurei pelo livro "O universo numa casca de noz" de Stephen Hawking, mas havia esgotado. Oh sorte! 
Comprei então "Uma nova história do tempo" e vou depois comprar os livros e filmes que quero. Vai demorar um pouco, pois tenho muitos livros na fila aguardando para serem lidos. Iniciei a leitura de "Incidente em Antares" de Erico Verissimo e estou adorando. Já li outras obras do autor e gosto de sua escrita agradável, fluída, simples e bem informativa.
Olhamos uma loja de artigos decorativos e vimos algumas peças que remetiam ao Antigo Egito. Adorei um gato negro com um colar dourado, muito lindo. Beatriz quis saber mais sobre o Egito e eu disse que é um país muito antigo e quem tem uma história riquíssima; ela pensou, fez alguns cálculos mentais e disse: "Muito antigo é quando é muito velho? Então o Egito deve ser de 2003!"
O que dizer então de quem nasceu bem antes de 2000?!
É isso.


                                       

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Semana da Criança

                              



Dia longo, lento, bonito, céu azul, vento frio.
Cabeça doendo, latejando mais que a bateria da Gaviões da Fiel.
Semana chata, ruim mesmo.
Redes sociais lentíssimas, chatas, sem muito atrativos.
Volto-me para meus livros; esses alimentam, confortam e acalentam minh'alma.
Ai Jesus!
Encontro-me nos versos e fragmentos de Fernando Pessoa, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto e até nas angústias, fraquezas, decepções e desejos humanos de um ser não humano como o é Mefistófeles, o demônio de Fausto, livro de Goethe.
Fabuloso.
Estou cansada.
Pensei em ir ao supermercado amanhã, mas aí lembrei que é semana da criança e tudo deve estar mais cheio e com preços mais caros que o convencional. Tudo isso para depois que passar a data, ser oferecido a preços ainda mais baixos.
São pais, avós, madrinhas, tios e uma multidão à procura do presente ideal para dar aos pimpolhos. Presente esse que será destruído e esquecido em alguns dias e em breve virá o Natal e recomeça tudo de novo.
É o consumismo com tintas de novidade, de caridade, paciência e benevolência entre os homens de boa vontade... mulheres também.
Estou cansada e isso torna-me mais intolerante, implicante, chata, talvez.
Ainda estou com os efeitos da super-hiper-ultra pressão alta e dos remédios; deve ser isso.
Deve ser mesmo. Nem levantei para ligar o som e tocar o bom e velho Rock 'n' Roll, ouvi a porcaria que os vizinhos ouviram. Escutei mas não ouvi.
Amanhã será melhor e terá Rock 'n' Roll. Se Deus quiser.
É isso.


                                       



quinta-feira, 31 de maio de 2012

Escrever

                                     


Acho que sou melhor com palavras escritas do que com palavras ditas.
Ter que se explicar, tentar fazer o outro entender o que se quis dizer, geralmente surgem mal entendidos.
Sempre adorei ler, escrever, conhecer, saber, descobrir...
Queria muito contar para alguém meu novo aprendizado, minha nova descoberta, minha opinião.
Quando estava na escola prestava atenção a cada detalhe da aula e não via a hora de voltar para casa e contar tudo à mamãe. Mas ela estava sempre muito ocupada com aquela eterna montanha de roupa para lavar, os ouvidos ligados ao rádio e a mente a viajar por algum lugar de paz, conforto, felicidade.
Cresci e continuei faminta por conhecimento, é como se meu cérebro fosse dependente e entrasse em crise ao sentir-se vazio.
Aos quatorze anos já conhecia Kafka, Nietzsche, Goethe, Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Oscar Wilde, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Lima Barreto, Machado de Assis, Rachel de Queiroz e tantas outras mente brilhantes da literatura brasileira e mundial.
Era nos livros que eu fugia do meu mundo de dor, críticas, culpa...
Lia escondido, era muito criticada por perder tempo com livros em vez de cuidar da casa e dos irmãos menores.
Como dizia mamãe: "Mateo que pariu, Mateo que balance", mas não era bem assim. Mamãe paria, e eu balançava.
Bom...
Sempre fui de poucos porém bons amigos. Não sou afeita à amizades excessivamente grudentas. Me chamam de anti-social, mas não sou, apenas gosto do meu espaço e detesto exageros.
Às vezes sinto uma vontade tremenda de falar sobre um livro que acabei de ler, um filme ou programa que vi, qualquer coisa... 
Tenho receio de passar a imagem errada, de ser julgada arrogante, metida, mas não sou.
Sou mal interpretada, sempre fui.
Escrever é melhor.
Clarice Lispector disse: "Eu não escrevo aquilo que quero, eu escrevo aquilo que sou".
Cazuza disse: "Escrevo para não falar sozinho".
Faço dessas minhas palavras.
É isso.


                                

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Cigarro

                                                                                 


Fui ao hospital para fazer alguns exames e enquanto aguardo leio "Ecce Homo" de Nietzsche.
Adoro Nietzsche. A literatura germânica é minha favorita. Muito densa, tensa, sofrida, pesada, forte, humana, demasiado humana.
Goethe e Kafka também fazem parte de meus favoritos. Kafka era tcheco, mas escrevia em alemão, por isso faz parte da literatura germânica. 
Recomendo "A Metamorfose", "Carta ao pai" ( encontro muita coisa de meu próprio pai nesse livro. É o drama kafkaniano).
De Goethe recomendo "Fausto" e "Werther". "Fausto" é denso e tenso e me comove a situação de Mefistófeles; mesmo tendo seus poderes demoníacos sofre com sua própria imperfeição física.
Maravilhosa literatura.
Mas....
Ah, sim. Falava sobre outra coisa.
É isso, começo a falar sobre livros e se deixar não paro mais. É meu vício e minha paixão (juntamente com minha família e o Corinthians, claro).
Sim...
Aguardo na sala de espera, leio meu livro, sou atendida, saio e caminho pela calçada. Necessariamente nessa ordem.
Era hora do intervalo para alguns funcionários do hospital e vejo muita gente uniformizada saindo pra lá e pra cá e indo em direção às padarias e botecos da região. Hora do café.
Observo um grupo de mulheres que pelo tipo de uniforme deveriam trabalhar na cozinha do hospital. Me chama a atenção uma delas; grávida. Me chama ainda mais atenção o fato de essa grávida segurar um cigarro entre os dedos e dar longas tragadas, como se saboreasse um acepipe.
Fiquei horrorizada. Como pode alguém fumar? Nada contra, cada um cada um, mas não entendo como uma pessoa pode dizer que o cigarro tem sabor. Sabor do quê? De mato queimado?
Lembro dos comerciais antigos de cigarro e muitos deles associavam imagens de esportes radicais ao sabor do cigarro e ao prazer de fumar. Esporte é saúde, cigarro não!
Desculpem-me os fumantes. Até entendo e respeito o vício, pois eu também tenho meus vícios e não gosto quando alguém os critica (gatos, livros, cerimoniosa e outras coisas que é melhor não comentar).
Então. 
Mas acho que todo mundo concorda comigo quando o assunto é grávida fumante. Vejo pelo lado da criança que é um feto ainda. Imagino os malefícios do cigarro à saúde desse bebê ainda em formação na barriga dessa mãe desnaturada!
Os riscos de nascer prematuro, ficar um tempo na U.T.I. Neonatal, baixo peso, baixa imunidade e tantos outros problemas que poderiam ser evitados se a mãe deixasse de levar o cigarro à boca e em vez disso levasse alimentos saudáveis. Que tal? Seria bom para ela mesma e para o bebê.
Mas tem gente que não pensa. Mas deveria.