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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Pernas

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Fiz o exame de eletroneuromiografia nas duas pernas.
É um procedimento chatinho e desconfortável, mas foi preciso fazer.
Agulha (eletrodo) é colocada nas pernas e pequenos choques são dados para avaliar a resposta do nervo.
Já havia feito esse exame como parte dos exames pré operatórios para a cirurgia de artrodese, coluna, e recentemente voltei a ter os mesmos sintomas de antes: fraqueza nas pernas, dor, formigamento...
O exame em si foi rápido, o médico foi educado e conhecia Acromegalia. Comentei com ele que tive muita dificuldade até conseguir o diagnóstico correto e que até hoje muitos médicos dizem nunca terem ouvido falar sobre a doença, infelizmente.
Bom...
Voltei para casa com as pernas meio pesadas e mais "mortas" que de costume; deitei no sofá e cochilei.
Ainda tem mais exame pela frente e vou fazer tudo o que puder para ter uma vida e saúde razoáveis. Minha meta é andar livre, leve e solta; sem andador ou bengala. Vou conseguir.
Detesto essa situação, essa doença, essas dores, essas dificuldades.
Não me entrego, mas têm dias que fica bem difícil me manter firme e forte.
Queria ter ido ao supermercado para comprar minhas frutas, mas não deu.
Tem um caminhão vendendo frutas na Rua Curuçá, Vila Maria, e se eu estiver bem, darei uma passada por lá no sábado. Tem menos trânsito e menos motoristas estressadinhos e impacientes para com quem um dia já foi como eles: velozes e furiosos.
É isso.




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segunda-feira, 25 de março de 2013

"De Menor"

                                



Voltava da perícia médica e entro na rua onde morei por muito tempo. Reduzo a marcha para o caminhão terminar a manobra.
Esse bairro já deu o que tinha que dar! Isso aqui se transformou em uma gigantesca transportadora a céu aberto.
Ruas lotadas de caminhões estacionados irregularmente que impedem a visão de quem dirige e não consegue ver quem vem no sentido contrário.
Barulho, sujeira, incômodo.
Assim que saio da Marginal Tietê e entro na rua percebo dois adolescentes andando de bicicleta; achei estranho e perigoso "duas crianças" andando por uma rua cheia de carros e caminhões circulando freneticamente. Estranhei também andarem em volta do carro, pensei que também aguardavam a manobra do caminhão para poderem seguir. Pensei também que fossem os moleques que jogam futebol na rua com os filhos dos vizinhos.
Andam em círculos, fazem que vão seguir em frente mas voltam. O mais gorducho com camiseta de listras pretas e amarelas puxa a maçaneta da porta do carona e diz: "É um assalto!".
O outro menor e mais magrinho posta-se ao meu lado.
Não conseguiram abrir a porta; eu tenho hábito de travá-las sempre.
O enorme caminhão ainda fechando metade a rua e os "de menor" ao meu redor. Meti a mão na buzina e gritei "pega ladrão!". Acelerei e não sei como consegui passar entre os carros estacionados e a porcaria do caminhão que não acabava nunca a bendita manobra.
Viro à direita na próxima rua e mais um caminhão parado, @#%$!.
Buzinei mais e gritei e as pessoas à volta pararam para ver o que estava acontecendo.
Faço mais uma manobra doida e encontro um camburão da polícia. Eles param e eu relato o ocorrido.
Falam mal da polícia paulista/paulistana. Falam que é bruta, violenta, injusta às vezes. Será?
Como deveria a polícia tratar criminosos? A pão de ló?!
Como os criminosos tratam suas vítimas? A pão de ló?!
Fiquei possessa, revoltada e com um sentimento imenso de ódio, raiva, ira...
Medo não senti na hora, senti raiva e nojo desses "de menor" dos infernos.
Eu sinto mais é raiva mesmo diante de situações como essas. Mas depois que passa tudo, volto para casa um caco e a pressão lá nas alturas.
Cadê o pessoal dos Direitos Humanos quando os "de menor" assaltam, estupram, matam?
Os "de menor" vão para a Fundação Casa, a antiga FEBEM, e de lá saem com a ficha limpa quando completam dezoito anos. É justo isso?
Saem como se cidadãos de bem fossem. É ridículo, é hipócrita isso.
Aí vem gente dizer que são crianças, que vêm de lares pobres, violentos e/ou desfeitos, que isso, que aquilo.
E isso tudo justifica cometer crimes?
Crianças?!
Não para mim!
Crianças brincam, não são criminosas.
As leis desse nosso país foram feitas para proteger criminosos; dá até a impressão que o crime compensa, pois o cabra mata, estupra, rouba, corrompe etc, e depois ou paga fiança ou cumpre uma pequena parte da pena e logo logo está em liberdade.
Então pra que condenar o cara a trinta, cinquenta ou até cem anos de reclusão se nem dez anos na cadeia o desgraçado fica?
E ainda tem o tal do "bom comportamento", que alivia a pena do criminoso.
Esse país imita tanto os Estados Unidos da América; é sua colônia cultural, mas pergunto: "Por que não copia coisas boas?"
Não! Só copiam gírias, gestos, hábitos alimentares e inutilidades afins".
Nos Estados Unidos não tem essa de o cara ser "de menor". Não importa se é criança, adolescente ou adulto; cometeu crime é punido! Cadeia!
As penas são cumpridas integralmente e não tem essa de bom comportamento não.
Lembro de um caso de uma garotinha de seis anos que fora algemada pela  polícia porque estava agressiva e batia nos coleguinhas e professores. Causou comoção mundial, pois onde já se viu algemar uma criança de seis anos?! 
É?
Se deixa pra lá e segue o mantra de que é apenas uma criança, essa garotinha poderia se tornar uma adolescente problemática e até uma criminosa.
Radical?
Sim, sou sim. Sou radical assumida. 
Pra mim não tem essa "de maior ou de menor", cometeu crime é bandido e tem que pagar por isso!
Mas nosso país varonil tem leis brandas para criminosos e leis rigorosas para o cidadão de bem.
O nosso país incentiva a pobreza, a preguiça, o comodismo e o botar filho no mundo com sua Bolsa Família, Programa Mãe Paulistana, Auxílio Reclusão...
O Auxílio Reclusão é o mais revoltante de todos, acredito eu. É um, como o nome já diz, auxílio aos dependentes do segurado recolhido à prisão; presidiário mesmo!
E sabem qual o valor desse auxílio? R$ 971,78! Mais que o salário mínimo, que é R$ 678.00.
Então nos parece que ser um cidadão de bem, um trabalhador honesto e cumpridor de seus deveres não está com nada. O negócio é ser bandido, paga muito mais e melhor!
E com bolsas, programas e auxílios a população acomodada se acomoda mais ainda e dana-se a botar filho no mundo para ser mais uns "de menor" e seguir com o ciclo de comodismo, vagabundagem e criminalidade.
E para ajudar à criminalidade, fazem campanha para o desarmamento da população. 
Eu já fui a favor da campanha, mas depois de hoje e dos "ataques" mequetrefes ao meu portão e à tampa do relógio da luz, mudei e tenho outra visão.
Uma bala bem colocada no meio dos cornos de quem merece resolveria o problema da superpopulação nas cadeias.
É isso.


Foto: Sou da paz, e estou pronto para defendê-la. (Contribuição de Luciano Menegucci)

                                   








quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Caminhão

                                  

Fui ao banco e achei uma vaga na rua, mas tive que aguardar para estacionar porque um idoso estava tendo dificuldades para colocar seu carro em uma vaga onde cabia um caminhão. Tadinho.
O idoso manobrou inúmeras vezes mas sempre acabava no mesmo lugar e na mesma posição, por fim, cansou e deixou o carro do jeito que estava: a meio metro da guia.
Ele desceu do carro sem jeito, sorriu e disse: "Não vou demorar muito, é rápido".
E eu disse que estava tudo bem.
Na saída do banco tive que dar ré para que o idoso saísse sem problema e não batesse no meu possante. O coitadinho é muito "bração", na boa.
Ele manobra para poder sair da vaga e no sentido contrário vem uma carreta e o motorista percebe que o idoso vai invadir a pista; o carreteiro para e aguarda. Melhor assim.
Observo a carreta enquanto o idoso "se mata" para tirar o carro da vaga e vejo um adesivo com a imagem do seu Zé Pelintra que diz o seguinte: "Quem pode mais é Deus".
Observo também um adesivo do Corinthians oposto à imagem do seu Zé Pelintra e pensei comigo: "Só podia ser: Pobre, corinthiano e macumbeiro".
É nóis!
Com todo respeito a todos e às suas fés.
Salve seu Zé!
É isso.

                                



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Farmácia do Pedro e Lojinha da Bete

                                          

Meu bairro não dispõe de muito comércio, é meio pobre nessa área, mas tem muito caminhão e transportadora. Nossa Senhora!
Faltam mais lojas, padarias, farmácias, restaurantes, bares etc...
Têm alguns botecos meia boca e alguns poucos restaurantes simples, mas nada de muito especial.
Quando nos mudamos para nosso bairro após uma curta temporada na Penha, encontramos um bairro de muitas chácaras, ruas de terra e pouco comércio. Tinha o supermercado "Para Todos" e o "Aliança" e tinha a farmácia do Vila e a farmácia do Pedro.
A farmácia do Pedro era o hospital dos pobres, quebrava o galho em caso de emergências leves, pois os hospitais ficavam longe e não haviam AMA´s, AME´s, Postos de Saúde etc...
A lojinha da Bete era onde comprávamos nosso material escolar e onde encontrávamos artigos de papelaria e presentes. A lojinha da Bete ficava em um pequeno cômodo de uma casa em uma rua meio longe da nossa e ir até a lojinha era um passeio para nós e motivo de alegria. Eu adorava olhar os objetos e produtos à venda.
A farmácia do Pedro e a lojinha da Bete ainda estão em atividade e o Pedro continua simpático e apressado, já não posso dizer o mesmo dos funcionários da lojinha da Bete.
Eu ia muito à lojinha mas o tratamento ao cliente ficou muito ruim e evito o local.
Espero que novas lojinhas e "lojonas" se instalem no bairro para atender à demanda que será trazida pelo grande números de prédios de apartamentos que pipocam pelo bairro.
É isso.

                                        

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sorrir

                                         


Tenho andado distraído
impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
só que agora é diferente:
estou tão tranquilo e tão contente...
Quase Sem Querer - Legião Urbana


Ando muito cansada, física e emocionalmente.
Têm tantas coisas que eu quis tanto, que eu achei que seriam minhas, mas que não foram... se foram.
Alguém me disse para não reclamar pelo que não tenho e sim agradecer pelo que tenho. Parece frase de para-choque de caminhão, mas tem sentido.
Sei lá.
Estou sem pique para escrever, mesmo tendo muitos causos pedindo para serem escritos, lembrados e que me farão rir.


Sorri, vai mentindo tua dor
e ao notar que tu sorris
todo mundo irá pensar
que é feliz...
Charles Chaplin


                                    

terça-feira, 8 de maio de 2012

Gás

Toda semana o caminhão do gás passava lentamente pelas ruas tocando aquela musiquinha chata.
Trabalhavam o motorista e o ajudante, que gritava a plenos pulmões: "Olha o gás, freguesa! Quem quer gás?! Se não comprar hoje, só na semana que vem, freguesa!"
O ajudante para em frente ao nosso portão e grita sua oferta; mamãe pede a Naldão para dizer ao simpático ajudante que não quer o gás. Beleza.
Naldão preparava-se para almoçar e teve que interromper para atender ao pedido de mamãe.
Naldão tem a incrível habilidade de fazer uma montanha de arroz no prato, fazer um buraco no topo da montanha e lá dentro encher com caldo de feijão e uns três ovos fritos com a gema mole. Fica parecendo um vulcão em erupção.
Pratinho pronto para ser devorado e Naldão vê-se mais uma vez obrigado a adiar o prazer da gula para atender mais uma vez ao insistente ajudante, que, antes de berrar de novo, assusta-se com a exuberante imagem de meu irmão segurando seu pequeno prato-montanha e berrando em sua única e exclusiva voz: "Qué nãaaaaaaaaaaaaaooooooooooo!"


                                                 
                                                 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tempo de Despertar



Já falei sobre minha vizinhança barulhenta e seu gosto musical que não podemos discutir, só lamentar.
São Paulo é a cidade que não pára e, igual a Nova Iorque, nunca dorme.
Nem São Paulo, nem Nova Iorque, nem eu.
Moro num bairro de que de bucólico e com inúmeras chácaras passou a barulhento, agitado e invadido por caminhões... também.
Às seis horas da manhã são iniciados os sons típicos de um bairro tomado por transportadoras; são os apitos e ruídos exagerados avisando que o veículo está saindo de marcha à ré; os rádios ligados em emissoras especializadas em tocar músicas românticas dedicadas (música de dor de corno mesmo) a quem passa mais tempo nas estradas e ruas do que em casa.
O alto volume dos rádios somados às vozes dos motoristas e ajudantes que cantam juntos as melodias "corníferas" são um convite ao despertar.
Sim, temos que atender ao chamado, ao despertar. É tempo!
É tempo de levantar da cama muito p. da vida e xingar (silenciosamente e secretamente) os filhos duma égua manca que não deixam ninguém dormir aquele soninho gostoso das primeiras horas da manhã.
Finalmente abaixam o volume do rádio e iniciam um "talk show" ao vivo e na rua mesmo. São conselhos, fofocas, indignações e muita conversa.
Um receita um remédio infalível para o outro que está com uma tosse insistente e aconselha: "Olha, tu tem que tomar esse remédio diariamente no dia a dia; todo dia!"
Um outro fala do frio em plena Primavera e já bem próximos que estamos do Verão:
"Oxe, mas que frio da gota é esse? Isso num tá certo não! A gente fica com as zureia ardendo de frio".
Mais um outro: "Acabou-se o café, foi? Quem tomou tudo? Ah..foi fulano, é? Fio duma quenga! Não deixou nenhum pouco pra gente".
Muito homem junto aguardando os caminhões ficarem prontos para iniciar mais um dia de trabalho nesse santo São Paulo de trânsito enervante, estressante, arretado mesmo!
Nesse ínterim, levanto para tomar os remédios e pegar o jornal. Se deixar para depois o jornal terá a mesma sorte das minhas plantas que ficavam na garagem.
Volto para a cama para tentar dar uma cochiladinha antes de me levantar de vez. Não dá.
Os homens românticos e conselheiros dos caminhões já se foram mas agora tenho três gatas e um gato em cima de mim me massageando, me lambendo com suas línguas ásperas, puxando e mordiscando meu cabelo e todos miando num coral desesperado. 
Me levanto de novo e vou colocar comida, trocar a água e a areia sanitária deles. Pronto.
Volto para cama de novo, mas...Lá vêm os quatro correndo, pulando em cima da cama, disputando salto à distância e trocando tapas e mordidas para ver quem vai se deitar mais perto de mim. Cada um tem seu lugar demarcado, mas sempre tem o outro que quer ficar mais perto e aí inicia-se o conflito territorial.
Tento apaziguar e digo a eles que têm duas opções: ou ficam quietos ou vai sair todo mundo dali! Viro de lado e fecho os olhos e os miados reiniciam. Mas agora não são miados de fome ou de sede, são miados dengosos, carinhosos, charmosos e muito manhosos.
É tempo de despertar.
Agora é a vez de cuidar das plantas.