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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Aos Ventos

                                



Não li muito durante essa semana que passou; as dores de cabeça não me permitiram.
Ainda tentei ler, mas logo os olhos lacrimejam e o borbulhar cerebral se manifesta.
Têm livros, jornais e revistas para serem lidos e têm muitos na fila de espera que eu mesma criei mas que nunca sigo à risca. Coloquei Erico Verissimo no topo da lista, o movi para depois e dei seu lugar a Graciliano Ramos e mudei de novo!
Quero os livros do escritor coveiro, o "Seu Tico", um senhor simples, inteligente e muito articulado. Vi entrevista dele a Fernando Gabeira na Globo News. Concordei quando ele disse que há uma forte psiquiatrização da sociedade e a todos são receitados remédios para combater os males da vida moderna. Todo mundo tem alguma síndrome de alguma coisa!
Quero ler o livro da ex primeira dama da República, Rosane Malta, ex senhora Collor.
Quero ler muito.
Bom...
Com esse dorme e acorda, tenho tido sonhos estranhos, assustadores e alguns simples e bonitos. Gosto de me apegar a coisas boas.
Sonhei sorrindo e rindo em lugar que ventava muito. Meus cabelos aos ventos, minhas roupas brancas que balançavam ao sabor desses ventos brincalhões e eu sorria. Apenas sorria.
Um sonho bom, meu Deus.
É isso.



                                    

sábado, 26 de julho de 2014

Séria

                                   


Alguém me disse que sou muito séria, mas eu sempre fui assim.
Nunca fui de muitos exageros emocionais, sentimentais etc...
Saio de casa para o trabalho, para o mercado, pet shop, farmácia, casa da minha irmã... Coisas básicas.
Eu adoro viajar, pegar estrada e já fiz muito isso mas agora não dá mais. Não por um longo percurso, pois está difícil dirigir com uma coluna dolorida e um joelho endurecido pela artrose. 
Vivo minha vida de modo simples e procuro não incomodar as pessoas.
Cumprimento a todos, mas não sou de ficar de braços cruzados na calçada de vizinhos e fofocando o dia todo. Mas tem gente que consegue.
Sempre lembro de mamãe, que dizia: "E esse povo não tem um feijão pra botar no fogo, uma roupa pra lavar, uma casa pra varrer?!
Bom...
Assisti há pouco ao programa, "Andante", no Canal Brasil, com um artista pernambucano chamado "Maestro Forró", muito bom. Ele viajou pelo Leste Europeu e mostrou a música e a cultura da Bulgária e Romênia. Belíssimo.
Depois assisti ao filme "Narradores de Javé" e dei boas risadas.
E assim sigo na minha seriedade que para mim é bem normal. como dizia papai: "Não gosto de muita risadage".
Rir, sorrir, gargalhar é bom, mas tudo em excesso fica chato e nos faz parecer hienas lesadas. Na boa.
É isso.




                                        


                                         

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Boba

                                      



Feriados se aproximando. Ataques, fogo, população revoltada, polícia de mãos atadas.
São Paulo está um caos.
Parece que virou moda, qualquer descontentamento e as pessoas saem à ruas e rodovias colocando fogo em tudo, principalmente em ônibus e caminhões.
Mas o quê esses veículos têm a ver com as frustrações da população? Que culpa eles têm?
Simplesmente tiram o motorista dos veículos e tocam fogo em tudo. Desleal, desumano, bestial, fútil...
Alguém parou para pensar no mal que fazem a esses inocentes? Muitos motoristas trabalharam e trabalham duro para poder comprar o caminhão, pagar frete, pedágio, manutenção, combustível etc... 
Esses mesmos motoristas encaram estradas ruins e perigosas e não veem a hora de voltar para casa, para suas famílias. 
Depredação, violência e protestos fúteis e tolos de estudantes da USP. Os caras querem a polícia fora dos campi (plural de campus) e ao mesmo tempo reclamam da falta segurança!
Que raios querem? A polícia fora quando estiverem fumando seus cigarrinhos do capeta? E polícia por perto quando precisarem de segurança?
Protestos se transformaram em diversão, em vandalismo, em arrebentar, quebrar e destruir, tudo bem longe do real significado da palavra protesto.
O que está acontecendo com as pessoas? O que as torna tão tolas, fúteis, vazias?
É tudo tão rápido, prático e descartável.
Eu não me adapto a esse modo de vida. Sou das antigas e ainda acredito no respeito, na convivência mais ou menos pacífica, no cada um no seu quadrado mas na boa.
Sei lá.
Preciso escrever, mesmo que seja tolice.
Preciso extravasar, transbordar e faço isso por meio das palavras escritas. Já disse aqui que não sou boa com palavras ditas. sou sempre mal interpretada.
Às vezes acho melhor ficar na minha e apenas escrever.
Estou adiando o que tenho vontade de falar/escrever; o que preciso escrever.
Escreverei/falarei depois.
Não é vergonha.
Como dizia mamãe: "Vergonha é roubar e não poder levar".
Até hoje tudo o que roubei eu pude carregar: livros e plantas.
Será que confessar crimes assim é passível de prisão e punição?
Mas quem vai provar ou depor contra mim?
Já faz tanto tempo que pratiquei esses atos infracionais!
Preciso rir, sorrir... Por dentro e por fora.
Um dia uma senhora bem idosinha disse que eu tinha um sorriso tão bonito e que eu deveria sorrir mais... Chorei quando ela disse isso. Não sei porque, mas chorei.
Ando tão boba ultimamente. Sempre fui boba, acho eu.
Acho que é isso.




                                      



sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pão

                                         


Sonhei com papai essa noite e acordei chorando.
É um desespero tão grande, meu Deus.
Eu quero ficar com eles e não quero que partam, mas ainda não é o momento.
Sempre acordo chorando quando sonho com mamãe, meu Paipreto, minha Mãevelha e meu povo antigo. Hoje foi papai.
Eu estava no bairro da Lapa aqui em São Paulo e caminhava por uma rua cheia de gente que andava pra lá pra cá. Sigo em frente e olho para trás; vejo uma cabeça branca ao longe e que se aproxima: é papai! Papai sorria, conversava alegremente com algumas pessoas e segura uma baguete (antes chamávamos de bengala) em suas mãos. Papai parte o pão ao meio e me dá uma metade e fica com a outra. Papai vai embora. Eu grito, eu chamo, eu choro, mas papai não me ouve, não volta, não olha para trás.
Acordei chorando.
A dor da separação é imensa, brutal, desesperadora.
Mas quando eu me refaço do sonho eu entendo que não posso ficar com papai, mamãe, meu Paipreto, minha Mãevelha. 
Eu entendo que eles também não podem se demorar muito por aqui; a visita é rápida, mas é tão boa meu Deus.
São momentos e minutos que parecem uma eternidade de tão boa; um aconchego, um amor, um bem querer tão grandes.
Uma eternidade rápida. Uma rapidez eterna.
Que papai tenha paz, saúde, alegria. Que papai possa sorrir de verdade, que todo aquele peso que papai carregava em seus ombros seja aliviado e que ele possa caminhar tranquilamente e sorrir.
Que assim seja, meu Deus.
Amém.


                                            

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sorrir

                                         


Tenho andado distraído
impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
só que agora é diferente:
estou tão tranquilo e tão contente...
Quase Sem Querer - Legião Urbana


Ando muito cansada, física e emocionalmente.
Têm tantas coisas que eu quis tanto, que eu achei que seriam minhas, mas que não foram... se foram.
Alguém me disse para não reclamar pelo que não tenho e sim agradecer pelo que tenho. Parece frase de para-choque de caminhão, mas tem sentido.
Sei lá.
Estou sem pique para escrever, mesmo tendo muitos causos pedindo para serem escritos, lembrados e que me farão rir.


Sorri, vai mentindo tua dor
e ao notar que tu sorris
todo mundo irá pensar
que é feliz...
Charles Chaplin


                                    

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Homem do Casulo Branco

                                          


Eu era pequena e dormia no quarto com minhas primas Sônia e Conceição, que já eram adultas.
Nos outros quartos dormiam Mãevelha e Paipreto, mamãe grávida de Naldão e com Rogério bebê (como mamãe mesma dizia: "Era igual a São Bento, um fora e outro dentro"), e outros parentes.
Era uma casa grande de calçada alta, portas e janelas amplas e pintadas de azul céu.
Havia uma bodega (bar/boteco) bem ao lado da casa e havia chovido muito durante a noite.
Houve uma briga de bêbados e na manhã seguinte acordamos com os gritos de pessoas que passavam por ali; o corpo de um homem virado de bruços e o sangue a colorir a água da poça formada pela chuva da noite anterior.
Paipreto não deixa que eu saia à calçada da casa, não quer que eu veja aquela imagem.
Anoitece e é chegada a hora de irmos para a cama; deito-me na grande cama de casal com minhas primas Sônia e Conceição, eu fico no meio e elas servem de proteção para eu não cair.
Mãevelha deixava um cadeeiro ou um lampião de gás sempre aceso durante a noite; aprendemos que não é bom deixar tudo escuro, pois os anjos são guiados pela luz até nossas casas.
Adormecemos.
Sou acordada por um clarão azulado e o vai e vem de um homem baixo e moreno que entra e sai rapidamente do quarto. 
Cubro a cabeça e olho por uma brecha no lençol e vejo o homem sair dos cômodos da casa carregando enormes casulos brancos nas costas e os encostando na parede do corredor. O que será que esse homem está fazendo? O que são essas coisas grandes e brancas que ele carrega nas costas? Por que ele faz isso? Por que está aqui? Quem é esse homem?
Fazia essas perguntas mentalmente enquanto observava o homem apressado em sua tarefa.
O homem encosta vários casulos brancos grandes na parede e vem em direção ao quarto em que estou com minhas primas! Ele enrola e leva minha prima Sônia e depois volta para buscar minha prima Conceição. Entro em pânico; não tenho forças para gritar e chamar mamãe, Paipreto, Mãevelha e acordar a casa toda. 
Tento acordar minha prima Conceição quando o homem leva a prima Sônia, mas ela está imóvel. Me enrolo ainda mais no lençol e me encolho, numa tentativa de não ser vista pelo homem do casulo branco.
Pronto. O homem já tem todos os casulos de que precisava, estão todos encostados na parede e agora se prepara para levá-los embora. Meu Deus!
E me vi sozinha no quarto e na casa e estava com muito medo; o homem confere os casulos e volta ao quarto: "Meu Deus, ele vai me pegar agora!", mas o homem se aproxima da cama, me olha, sorri e vai em direção ao corredor; a luz azulada parece segui-lo.
Acordo chorando, nervosa e minhas primas perguntam o que foi. Contei o que vi e minha prima Sônia diz para eu rezar para Nossa Senhora do Desterro e pedir a ela para me proteger, e à minha família também. 
Sempre. 
Amém.
O homem do casulo branco não me parecia mau, me parecia com muita pressa em concluir seu trabalho, conferir tudo direitinho e ir embora.
Mas quem era esse homem? O que eram aqueles casulos? Por que e pra que ele queria aquelas pessoas enroladas em forma de casulo naqueles lençóis brancos? Por que ele não me pegou? Por que ele sorriu para mim?
Tempos depois nos mudamos para uma casa perto da pista, em Gravatá.
Tempos depois meu Paipreto vai para o céu.
Tempos depois Mãevelha, minha prima Sônia, papai e mamãe também vão para o céu.
Ficamos nós, as crianças da época. Somos adultos hoje.
Nossa Senhora do Desterro, proteja a mim e a minha família. Proteja a todos nós.
Amém.


casulos
           



quinta-feira, 26 de abril de 2012

Igreja Matriz de Gravatá

Igreja Matriz de Gravatá - Pernambuco
                                            
Estava na Igreja Matriz de Gravatá com Mãevelha e Paipreto.
Papai e mamãe estavam fazendo a feira.
Mãevelha assiste à missa com seu véu a cobrir-lhe os cabelos e o rosário em suas mãos branquinhas e enrugadas. Meu Paipreto segura seu chapéu coco junto ao peito.
Rezam, cantam louvores, ouvem o sermão do padre, comungam... A missa continua.
Estou inquieta, olho tudo à volta, observo as pessoas compenetradas, a fé em suas feições.
Mãevelha faz sinal para eu ficar quieta e Paipreto diz que se eu não ficar quietinha, Papai do Céu não vai gostar, vai ficar triste.
Forma-se a fila para receber a hóstia e eu caminho pelo corredor da Igreja segurando nas mãos dos meus avós. Caminhamos lentamente ao encontro do padre que colocará a hóstia na boca dos fiéis. Eu também quero. "Pode não".
Enquanto caminho observo as imagens dos santos, as pinturas, os vitrais.
Olho para trás e vejo um homem de estatura mediana vestido em trajes bem parecidos aos dos santos. Eram tecidos de cores em tons crus e vermelhos. O homem sorria.
Puxo a mão da minha avó e digo: "Mãevelha, aquele homem ali é igual ao santo, a senhora viu?". "Se aquiete, tu vai atrapalhar a missa do padre e o povo da igreja não gosta de menina enxerida não".
Voltamos a nos sentar e a missa estava próxima do fim. 
Mexo e remexo, olho para trás, para os lados e o homem vestido com aqueles panos sorri para mim de novo.
A missa termina e nos preparamos para ir embora. Puxo Mãevelha pela mão e a arrasto até a imagem do homem que havia sorrido para mim e digo: "Olha, Mãevelha, era esse homem que estava sorrindo pra mim".
"Oxe, deixe disso, essa menina. Isso é pecado. Não pode desrespeitar a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo".
Mas eu juro por Deus que Ele sorriu pra mim!


                                         

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Blog da Criança: A menina que não sabia sorrir

                                                   
Sei de uma menina que não sabe sorrir.
Talvez ela saiba, mas não descobriu ainda como.
A ela não são dados motivos para sorrir.
A ela são dadas críticas, cobranças e culpa. 
Ela é criticada, cobrada e culpada por ser menina, por ter cabelos cacheados e por não ter nascido menino.
Como se dependesse dela ou de nós escolhermos como gostaríamos de ter nascido. Tenho certeza que a grande maioria das pessoas escolheria ter nascido com pele e olhos claros e cabelos lisos.
Muitas culturas culpam a mãe pelo nascimento de meninas, mas se esquecem que quem determina o sexo da criança é o pai. Explico: Mulheres têm cromossomo XX e homens têm cromossomo XY. Então, se for XX é menina e se for XY é menino.
Mas a arrogância, o machismo, a tacanheza de caráter e a falta de hombridade não dão espaço para esse pensamento lógico.
É lógico que não temos culpa de termos nascido de um determinado jeito, com uma determinada cor de pele, de olhos, de cabelo. 
Os adultos também se esquecem que as pessoas se misturam e dessa mistura surgem pessoas novas, diferentes e interessantes. Já pensou que chato se todo mundo fosse igual? Credo!
Crianças são seres puros, inocentes, não sabem o que é bonito ou feio. Isso é coisa de adulto. Já falei que aprendemos vendo, observando e repetindo o que os adultos fazem, dizem. Não nos culpem por suas frustrações, seus erros, suas falhas. Não queiram que sejamos e façamos aquilo que vocês não conseguiram. Não temos culpa de seu fracasso, de sua incompetência. 
Problema seu se você não conseguiu ser jogador de futebol, bailarina, artista ou seja lá o que for. Não é nossa obrigação ser aquilo que você não foi. 
Somo pessoas, não somos factótuns.
Se fomos trazidos ao mundo foi porque vocês fizeram com que viéssemos para cá; então a obrigação de vocês, meus caros adultos, é nos alimentar, cuidar, e educar. 
Nós decidiremos o que queremos ser quando crescermos.
Gente grande é tudo complicada. Então, não complique nossa vida.
Nos permita ser o que somos: crianças.
Nos poupe de seus comentários cruéis. Não falem mal de nossos cabelos, da cor da nossa pele, do tamanho dos nossos pés, mão, narizes e seja lá o que for que nos faz fisicamente humanos.
Nos deixe ser. Apenas nos deixe ser crianças.
Nosso tempo é para crescer, explorar o mundo e brincar. Não é justo termos que interromper nossa infância para nos culpar e nos preocupar em sermos como vocês adultos querem que sejamos.
Apenas nos deixe ser do jeito que somos: brancos, negros, loiros, morenos, cabelos lisos, crespos, olhos azuis, verdes, castanhos...
Queremos sorrir. 
Não queremos ser como a menina que não sabia sorrir.
Queremos ser o que temos direito de ser: Crianças.


                                              

sábado, 12 de novembro de 2011

Soninho

Tirei essas fotos e ao fazer o download reparei que todas têm algo em comum: um soninho gostoso e relaxante.
Postagem curta e simples. Só para alegrar os olhos, a alma e fazer sorrir.




RAFAELA

AURORA

ÉBANO

RAFAELA

BRANCA & ALICE