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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Sabiá

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Muita chuva e frio.
Dor de cabeça chata, só do lado esquerdo do rosto. Pressão no olho esquerdo.
Gatos encolhidos pelos cantos; fico com dó dos cachorrinhos da vizinha amarga, os pobrezinhos latem de fome e frio a noite toda e ela não toma providência alguma.
Daqui a pouco o sabiá inicia sua cantoria; acho tão lindo, mas tem gente que reclama. Final de inverno e o canto anuncia novas vidas que chegarão com a primavera.
Fumaça de cigarro que entra pelo nariz e incomoda muito. Os vizinhos fumam e bebem no quintal e toda a fumaceira vem pra cá; detesto! Piora a dor de cabeça.
Fiz arroz branco e comi com o refogado de abobrinha e mandioquinha que sobrou de ontem; bem gostosinho, embora não dê muita "sustança".
Estou "viciada" nessas bolachas integrais Nesfit e Belvita e nos cookies de chocolate da Bauducco. Deliciosos.
Tenho levantado cedo esses dias; quero fazer muitas coisas, tantas coisas, mas esqueço e lembro da minha condição.
Que vontade de largar o andador pra lá e sair pela casa fazendo o que tem que ser feito! 
Dúvidas, receios, possibilidades, incertezas e tantas outras coisas passando por minha cabeça que dói há alguns dias.
Que dor de cabeça chata!
Vou me deitar.
É isso.



                                      Resultado de imagem para sabiá  no ninho

quarta-feira, 5 de março de 2014

Flores

Figueira da Índia
                                

Mais uma reforma inútil na avenida da parte nobre do bairro.
Obras a passo de tartaruga manca na avenida que ligaria a Via Dutra à Marginal Tietê.
Derrubaram uma centenária, gigantesca, belíssima e majestosa figueira da Índia e a desculpa dada é que atrapalhava a fiação elétrica.
Esse país não se preocupa em preservar, principalmente em São Paulo, e sim em derrubar árvores, desmatar, cimentar e asfaltar tudo!
Figueiras, ipês, quaresmeiras, jasmineiras, paineiras, primaveras e tantas outras árvores e plantas lindas e floridas dão lugar agora a cimento e asfalto.
A calçada ficava coberta com as flores que os ventos derrubavam; parecia que os ventos gostavam de ver aquela beleza florida colorindo o chão. Flores roxas, róseas, brancas, amarelas...
Mas tenho observado uma Primavera precoce, e olha que o Verão nem acabou ainda e o Outono aguarda ali no cantinho com seus belíssimos dias cinzentos, chuvosos e frios e sua idílica luminosidade.
As árvores que ainda restam no bairro exibem uma floração bonita, viçosa, vibrante e colorida. 
Lindas paineiras com suas flores róseas. 
Quaresmeiras roxas e rosinhas.
Primaveras brancas, fúcsias, róseas,coral...
Achei tudo tão lindo e as pessoas tão apressadas não veem nada disso.
Elas enxergam mas não veem.
Eu paro para observar, ver, ouvir e sentir a força criadora da Mãe Natureza.
É isso.




domingo, 29 de setembro de 2013

Refrigerante

                             



Mais um domingo frio, cinzento e chuvoso. É Primavera...
Mas desde que me lembro, o mês de setembro é frio e venta bastante e o calor começa a chegar lá pra novembro.
Gosto do Outono, com céu azul, dias mornos e ensolarados e noites frias.
Demorei-me mais na cama e a gataiada adora isso. Branca sempre por perto, me protegendo; é como se ela cuidasse de mim.
Aurora dorme e faz sons e trejeitos de um filhote que mama; ela foi tão brutalmente separada da mãe e dos irmãozinhos.
Ligo a TV e paro em um programa de clássicos da música moderna, assisto o Globo News e vejo uma matéria interessante no Mundo S.A.
É sobre refrigerantes de marcas pequenas.
Tubaína, Cajuína, Guaraná, Soda Limonada, Crush, Gini... Todos refrigerantes que marcaram época e são fabricados ainda hoje no interior de São Paulo.
Eu juntava as moedinhas para poder comprar o refrigerante Gini na cantina da escola; nem esperava pela hora do intervalo (recreio naquela época), assim que entrava na escola ia direto pra cantina e saboreava meu refrigerante favorito. Uma pena que não é mais fabricado. Mas ouvi dizer que encontro em mercadinhos, vendinhas e lojinhas do interior.
Vou ficar boa e vou sair pelas estradas afora à procura de paz e algum conforto. O simples ato de fazer pequenas viagens e parar em uma dessas vendinhas de estrada e tomar um (uma?) Gini.
É isso.



                                  

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Primavera... Tarde fria

                          


É Primavera, mas o frio ainda é de Inverno.
Fiquei alguns dias na casa da minha irmã Rosi, como havia dito anteriormente, e voltei para minha casa por motivos óbvios: não abusar da boa vontade da minha irmã e meu cunhado e a saudade e os cuidados para com meus gatos.
E além do mais, visita é que nem peixe, depois de três dias começa a feder. Na boa.
As pessoas têm seus hábitos, regras, manias, horários... e fica chato quando tem alguém de fora para atrapalhar essa ordem, mesmo que seja parente de sangue.
Eu digo isso por mim, sabe? 
Tenho minhas manias, meus horários, rotinas...
Adoro receber visitas, mas quase ninguém vem à minha casa e quando vem, parece que veio buscar fogo, como dizíamos antigamente.
Alguns dizem que é porque tenho muitos gatos.
Outros dizem que é porque sou antissocial.
Não sei quais os reais motivos, mas por mais defeitos que eu tenha sou uma pessoa educada que trata a todos com respeito e educação e o fato de ser antissocial faz parte de meu caráter solitário, faz parte de quem sou e isso não é crime.
Nunca fui afeita a grandes arroubos de emoções, exageros e afins; sou mais na minha e não vejo nada de errado nisso.
Confesso que não gosto muito de ver excessos entre amigos, namorados e afins. Acho desnecessária e deselegante toda essa beijação, abraços, amassos e pegação em público; tem lugar e hora pra isso.
Bom...
Tive uma boa melhora após tomar os corticoides, consigo me virar bem com o andador e a cadeira de rodas e estou estudando o melhor meio de sair com o carro levando parte ou toda essa parafernália. 
A bengala ajuda pouco agora e não é tão segura e o ortopedista sugeriu que eu usasse o andador para dar mais segurança e estabilidade.
Não é sempre que pode-se contar com um parente, amigo ou conhecido que tenha carro e paciência para nos locomover pra lá e pra cá.
Não sou Angélica para ir e voltar de táxi o tempo todo; haja grana.
Meu possante está na garagem e não o dirijo há umas duas semanas ou mais. 
O problema, como sempre, é encontrar a bendita vaga para deficientes físicos livre e desimpedida e o outro problema é o montar e desmontar toda a tralha que ajuda a me locomover melhor.
A compressão na medula continua e por isso os movimentos são limitados e vêm acompanhados de dores e entrevamento. Nova cirurgia ou cirurgias são necessárias e espero apenas pela bendita vaga no hospital para que possam me examinar de norte a sul e depois decidirem o que farão comigo.
Quero voltar a andar normalmente, ter uma vida normal, ter saúde, ter paz.
Algumas muitas vezes me revolto e me pergunto para que raios serviram tantas cirurgias e internações se estou igual ou pior ao que era antes da descoberta da Acromegalia e de todos os procedimentos envolvidos no tratamento da doença.
Não gosto de incomodar ninguém, só quando é realmente necessário.
Gosto da companhia das pessoas, mas depois gosto de voltar para meu aconchego, ir para meu cafofo com minha gataiada. Mas se fico doente, toda essa paz e simplicidade são destruídas e preciso incomodar alguém, suas famílias e seus lares.
Claro que não sou folgada, procuro incomodar o mínimo e ser sempre educada e gentil, mas a gente sabe quando já deu (é hora de voltar pro cafofo da gente).
Acho que não peço nada demais; peço apenas saúde para poder viver minha vida em paz, trabalhar, estudar, cuidar de mim e das coisas que gosto. Sem saúde não da pra fazer muita coisa.
Tem gente que pede riquezas, aparências, amores, bonitezas...
Quero nada disso não, quero apenas minha saúde.
Com saúde a gente tem tudo. O resto a gente corre atrás.
É isso o que eu quero: saúde.
Bom...
Tem feito muito frio e me levantei pela manhã; fiz algumas coisas leves pela casa, tomei os remédios e bateu o cansaço. No frio minhas pernas doem mais.
Fui ao quarto para arrumar a cama, me cansei e acabei me deitando pelo que seria alguns minutinhos. Adormeci.
Acordei algumas horas depois com nove gatos ao meu redor, aos meus pés, no meu travesseiro...
Todos encolhidinhos com frio. 
Fez uma tarde muito fria hoje.
É isso.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Primavera

Flores do campo, lembram meu Paipreto


São Paulo tem as quatro estações do ano em um único dia; frio pela manhã, calor à tarde, chuva e frio de noite. É preciso sair de casa munido de guarda-chuva casaco e sacola para guardar tudo isso.
Antigamente as estações eram mais certinhas, hoje, devido ao aquecimento global, à poluição e a destruição feita pela humanidade, a Natureza não consegue mais manter as coisas em ordem.
Tivemos um Inverno quente, com mais de trinta graus, e a Primavera começou fria e chuvosa.
Primavera é estação que sucede ao Inverno e antecede o Verão e se analisarmos a formação da palavra, "prima" é primeiro e "vera" verão; seria um primeiro verão que chega lentamente até esquentar bem.
Primavera é a estação das flores e adoro flores. Meu pequeno jardim já dá amostras da presença primaveril. 
Flores que te quero todas.
Rosas vermelhas, dálias e lírios brancos da paz para mamãe.
Cravinas róseas para Mãevelha.
Flor de maracujá e flores do campo para meu Paipreto.
Girassóis para meu sobrinho Marcos Paulo.
Margaridas, flores do campo, flores miúdas em tamanho mas grandes em graça e beleza, flores... todas as flores.
Sempre que ia à feira comprava flores para enfeitar a casa e papai e Mãevelha faziam graça dizendo que moça solteira que compra flores nunca se casa, vai ficar no Caritó. Acho que estavam certos.
Vou cuidar do meu jardim.
É Primavera.


                                     


                             

domingo, 13 de maio de 2012

Setembro

                                                                  


Além de maio, setembro é outro mês marcante para mim.
Alguns eventos tristes, fortes e marcantes aconteceram em setembro.
Lembro exatamente da bela tarde de Primavera de vinte e oito de setembro de 1989. Céu azul, nuvens brancas, tarde dourada e uma forte, tensa e intensa escuridão dentro de mim.
Já travei batalhas solitárias para segurar a dor que me devorava e para parecer normal aos olhos das pessoas... Dor, angústia, medo, dúvida.
Ouvia no rádio de pilha de mamãe canções da nossa MPB (música popular brasileira) e me intrigavam as canções Paralelas e Manhãs de Setembro da cantora Vanusa.
Pétalas, Meu Bem Querer, Faltando Um Pedaço de Djavan; músicas de Lulu Santos, Zé Ramalho, Fagner...A boa e velha MPB e não os "tche re re, eu quero tchu tcha" de hoje. Na boa.
Eu doía, sofria, chorava... tudo por dentro.
Não sei.
Tenho sonhado diariamente com mamãe e tenho essa agonia dentro de mim.
Tenho tido flashes de imagens do meu coma e me assustam.
Tenho medo das coisas que vi e peço a Deus que quando chegar minha hora, que eu vá em paz, que eu feche os olhos para esse mundo e os abra já na companhia de papai, mamãe, meu Paipreto, avô José, Mãevelha e o meu povo antigo na casa verde e azul. Na santa paz de Deus. Amém.
Não vou mais acordar chorando.
Metade de agosto e setembro inteiro em coma; era 2009.
Mas tem coisa boa também, graça a Deus, eu "vi" uma delas durante um flash, durante um apagão rápido de segundos no qual viajo até o arquivo do coma e lá revejo e relembro as coisas que vi e/ou me foram mostradas.
Esses flashes dessas viagens rápidas me assustam.
Em alguns meses será o aniversário de três anos dessa agonia, da dor, sofrimento, medo, solidão, culpa, injustiça, frio, fome, sede e uma vontade enorme de me libertar daquela tormenta, meu Deus.
Sei lá, música, coma, flashes, medo, desconforto...Vou parar por aqui.
Os dias ruins já se foram...
Dias Melhores Virão.
Estão a caminho.
Por favor, Deus, eu já doí demais.


Mar, meu doce mar
                                                  

quarta-feira, 21 de março de 2012

Outono

                                           


O Outono chegou, que bom.
Céu de intenso e belo azul, sol e ventos frios.
Folhas que mudam de cor e caem. Belo espetáculo da Natureza.
Outono, Primavera e Inverno sim, Verão não.
Mas o Outono e as estações frias me dão uma certa melancolia, então...
Verão sim, mas com moderação. Nada de temperaturas ferventes. Deus me livre!
É isso.


As quatro estações