sábado, 21 de dezembro de 2013

Em busca do tempo perdido

                                                                          



Assistia ao Globo News Literatura e chamou-me a atenção o rosto esticado da jornalista-apresentadora. A boca da moça estava torta, um lado mais alto que outro e uns lábios que lembravam a bico do Pato Donald.
A testa muito lisa; uma aparência forçadamente jovial para uma pessoa que já dobrou o Cabo da Boa Esperança.
Pra quê isso tudo?
As pessoas dispensam um tempo enorme correndo contra o tempo e nem percebem que desperdiçaram tanto tempo correndo em busca do tempo perdido.
Um tempo que não volta mais.
O tempo é implacável.
Vejo tanta gente, principalmente mulheres, em busca de tratamentos milagrosos que revertam os sinais do tempo e, em alguns casos, esses tratamentos acabam tendo o efeito inverso.
Caras, testas, bochechas e lábios tão esticados que se transformam em uma figura caricata de alguém que corre desesperadamente contra o tempo
O tempo tem seu próprio tempo.
Bom...
O programa falava sobre a obra de Marcel Proust, Em busca do tempo perdido, uma obra que quero ler na íntegra.
Minha fila de livros à espera de leitura segue cada vez maior e mesmo assim eu não perco a mania e o vício de comprar mais livros.
Corro contra o tempo na tentativa de ler todos os livros que quero ler, será que conseguirei? Será que o tempo me permitirá esse prazer?
Espero que sim.
É isso.


                                       

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