quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Frustração

                               


Bom...
Tenho o hábito de observar e analisar pessoas, coisas e situações e minha fama de séria, fechada, antissocial etc e tal me ajuda na tarefa.
Hoje me perguntei: "Que porcaria de país é esse?! Que juventude tola, burra, fútil e alienada é essa?!".
Estamos emburrecendo e nos tornando idiotas?
Não só a juventude, mas a sociedade como um todo.
Explico.
Alunos e alunas alienados, burros, que acham graça em tudo; com os fones enfiados nos ouvidos e os dedos colados nas teclas dos celulares e outras parafernálias eletrônicas.
Precisam estar conectados! É como se suas vidas girassem em torno daqueles aparelhos.
Não leem, não se informam e a principal preocupação é com a aparência e a ostentação. Só querem saber de roupas, sapatos e objetos de marcas caras e famosas, vivem se olhando no espelho ou em qualquer superfície que reflita imagens, as meninas, para poder arrumar o cabelo, a maquiagem, ajeitar a roupa...
O que mais vejo são sites, revistas, blogs e programas de TV falando sobre beleza, sobre como perder barriga, sobre como tal famosidade perdeu tantos quilos após ter o filho, só blá, blá, blá irritante e inútil.
Vamos abordar outro assunto? Hã?
Funcionários e professores que entram na secretaria sem pedir licença e vão direto para os computadores ou telefones. Falam pelos cotovelos e não se importam se estão incomodando, ou não, quem está ali trabalhando.
"É rapidinho", tenho paúra dessa frase. "Me faz um favor"; paúra maior ainda.
Havia muito serviço para ser feito hoje e fiquei a maior parte do tempo digitando documentos, fazendo matrículas, atendendo pais e mães no balcão... Aí vem a funcionária novinha usar o computador e falar: "É rapidinho". A professora que fala alto e seu tom de voz incomoda, mas ela não se toca. A professora que come o lanchinho que o tio da cantina traz pra mim. A moça da limpeza que todo santo dia usa o telefone para ligar "rapidinho" para o pai, o marido, os filhos, a chefe... E nesse rapidinho lá se vão longos minutos de uma voz alta e estridente.
As pessoas não têm noção do quão incômodas são!
Hoje o coordenador deixou o walkie talkie comigo para me lembrar de bater/dar o sinal; ridículo! 
O sinal não deveria ser automático? Estamos esperando a verba para comprar um novo. Mas ouvi dizer que já tem a verba. Sim, mas querem comprar um sinal de/com música e custa em torno de dois mil reais. E quando custa o sinal comum? Ah, é baratinho. E por que não compram?!!!
Alunos colocam fogo no mato seco do enorme terreno entregue aos ratos e ao mato, claro.
Merendeira que ficou doente e não veio, correria para preparar o lanche que vai para o lixo após ser pisoteando ou usado em guerrinhas.
Funcionária especial que vai ao médico todos os dias, que faz o que quer, que grita e bate boca com direção, coordenação, alunos, professores, qualquer um.
Ser especial não é desculpa para ser folgada, mal educada, grossa, cínica, dissimulada e muito da cara de pau. Mas se quem deveria impor e se impor ao respeito dá asas à vontade pra ela, por que não?
Gosto de trabalhar, gosto da escola e minha paixão é estar em sala de aula, mas não dá e nem está dando.
Me irrita, me enerva, estressa e frustra ver tanta coisa errada e nada sendo feito. O pior é saber que quem deveria ter autoridade e impor uma regra de conduta (educação, respeito, trabalho, tratar todos de forma igual e sem distinção, sem proteger ninguém...) é quem põe panos quentes e empurra os problemas com a barriga.
Não dá.
Trabalhei bastante hoje, mesmo com minhas dores e meu entrevamento. Gosto do que eu faço, embora não seja a minha praia, mas me frustra e irrita ver gente saudável agindo como se estivesse em uma reunião de amigos: batem papo, brincam, conversam, enrolam...
Não gosto de coisa errada, não gosto de proteger um e ferrar o outro (tenho trauma disso), não gosto de ver quem deveria por ordem na casa passar a mão em cabeça de gente dissimulada e ainda tratá-la como criança.
É muita coisa errada, é muita cara de pau, é muita frustração.
Minha semana não começou bem.
É isso, infelizmente.



                                        

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