quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Animada

                                        



Bastante animada.
Volta ao trabalho.
Estou bem. Tomo os remédios diariamente; são de uso contínuo, enquanto continuar minha vida e espero que minha vida continue por mais umas quatro ou cinco décadas, e com muita saúde. Amem.
Fiquei bastante tempo afastada e chega uma hora que cansa!
Cansei dessa correria entre médicos, consultórios, hospitais, laboratórios... Quero manter uma distância segura de tudo isso.
Nossa mente tem um papel fundamental nisso tudo; é preciso estar e sentir-se bem não só fisicamente, mas mentalmente também.
Nossa mente nos prega peças e, se permitirmos, nos tornaremos vítimas de nós mesmos. De nossos medos, angústias, fraquezas, preguiça, comodismo etc e tal.
Claro, têm dias que são bem difíceis e nem todos os dias são iguais.
Têm dias mais coloridos, quentes e ensolarados e têm outros dias mais frios, cinzentos, escuros...
Muitas vezes não é fácil fazer a escolha e nossas dores, angústias e fraquezas nos arrastam para o frio, o escuro e o cinza.
Mas é preciso ter força, ter coragem e mais uma vez: não é fácil.
Como dizem os mais jovens daqui: "Tamo aí, tamo junto. É nóis".
O jeito, o melhor a fazer é seguir em frente.
Sigamos todos em frente.
Mas antes preciso de uma boa xícara de café quente, forte e adoçado na medida.
É isso.


                                          

domingo, 26 de janeiro de 2014

Dona Benta e Tia Anastácia

                                 





Gosto de cozinhar, principalmente de preparar bolos, tortas e guloseimas doces.
Gosto de assistir a programas de culinária, artesanato, filmes antigos e programas infantis.
Tem um livro de receitas que é meu sonho de consumo e não sei porque ainda não o tenho. É o livro "Dona Benta", um clássico da literatura culinária.
Para mim o livro deveria receber o título de "Tia Anastácia", porque era ela quem cozinhava, preparava aqueles quitutes de dar água boca e ainda cuidava da casa, das plantas, das coisas... E a Dona Benta ficava só de boa, "na sussa", sem fazer nada.
Bom...
Além do livro de receitas preciso também de novas formas de bolo; as minhas estão horríveis, todas velhinhas, tortinhas, "desbeiçadas", amassadas... Muitas são ainda do tempo de papai e mamãe. 
Eu havia comprado umas boas formas há um tempo atrás, mas o problema é que as pessoas "se esquecem" de devolver e lá se vão formas, potes do tipo "tapué - Tupperware"...
É isso.





Caçar

                                       



Mais um fim de semana quente e ensolarado. 
Mais um fim de semana em casa.
Eu gosto disso.
Não tenho paciência para Shoppings lotados, preços abusivos etc... Adorava encher o tanque do carro e sair por aí sem rumo. Adorava pegar uma estrada sem destino certo e parar aonde desse vontade. Já fiz muito isso, mas agora dirijo menos e entrevo demais.
Estou bem melhor, graças a Deus, mas dirigir por muito tempo ainda tem seus efeitos em mim, principalmente na minha coluna e joelhos endurecidos pela osteoartrite. Só dirijo o necessário e adoraria encontrar pessoas que se dispusessem a dar uns "rolês" por aí, mas que revezassem na direção, dividissem as despesas e não ficassem só na nossa aba.
Bom...
Fiquei em casa e fiz pequenas grandes coisas que me fazem bem. Tirei pó de livros, vi fotografias, cuidei das plantas, ouvi música e finalmente lavei a garagem! 
E mesmo assim ainda falta muita coisa a fazer.
Lavei a gaiolinha dos gatos, aquela de levá-los ao veterinário. Reguei as plantas, podei outras, plantei algumas.
Estou elaborando um plano e um meio de executá-lo com relação à minha linda orquídea e a minha linda Clara Blue, minha Clarinha.
Clarinha cismou com as cascas de coco que vieram com a orquídea; sobe, pega uma casca com a boca, brinca com a casca, corre pra lá e pra cá e dali a pouco faz tudo de novo. Todas as manhãs levanto e vejo o piso branco da cozinha cheio de pontos marrons espalhados por todos os cantos.
Antes se usava xaxim, mas agora é proibido por lei e a casca de coco foi o melhor substituto encontrado. Clarinha adorou essa substituição.
Agora vou "caçar" um meio de resolver esse problema ambiental e animal.
E por falar em caçar, lembrei de papai e de quando nos mandava "caçar o que fazer" quando não tinha nada de interessante para se fazer em uma época sem a parafernália eletrônica/digital que existe hoje.
Cacei, encontrei e me fez bem.
Papai certamente diria: "Se a pessoa caçar o que fazer, ela encronta".
É isso.



                                             



                                                 


sábado, 25 de janeiro de 2014

Ajax

                                                                   


É sempre tão bom sonhar com mamãe.
Mamãe nunca está parada, quietinha... não. Mamãe está sempre pra lá e pra cá, sempre agitada, esperta, viva, animada, trabalhando e trabalhadora.
Sempre mamãe.
E mais um sonho com mamãe me ajudando a limpar e a arrumar a casa. Qualquer casa, onde quer que eu esteja.
Eu dizia para mamãe não se preocupar tanto, não trabalhar tanto, a casa estava limpa, era só tirar o pó dos móveis e passar um pano no chão, mas ela insistia.
Hoje existem inúmeros produtos de limpeza para os mais variados fins, mas na nossa época tínhamos poucas opções. Mamãe gostava de lavar roupas com o sabão em pó OMO e com sabão em barra, ou sabão de pedra, como ela dizia. Ela nos mandava comprar duas ou três pedras de sabão da marca Rio, tinha que ser sabão Rio, outro não prestava não, dizia ela.
Detergente era ODD azul e os desinfetantes de pinho, jasmim e lavanda eram comprados do senhor que passava na rua com sua Perua Kombi sempre tão cheirosa.
Anunciam na TV um novo produto de limpeza; um produto com cheiro forte que limpa, desengordura e deixa tudo brilhando! AJAX. 
Mamãe gostava do AJAX, principalmente para limpar o banheiro. Mas o cheiro do produto era tão forte que nos deixava meio tontos. E isso somado ao inseticida que ensopava nossos cabelos na infindável luta contra os piolhos. Não era à toda que éramos tontos. Éramos?
Bom...
Estou na casa com mamãe, vamos lavar a garagem. Pego um AJAX e mostro pra ela: "Olha o que eu comprei pra nossa limpeza, mãe. Eu sei que a senhora gosta desse".
Coisa tão boba e tão simples, mas tão boa de sentir.
Livros espalhados pela casa. Livros sobre a mesa da sala, estante, rack, sofá... pela casa toda. Meu irmão, minha cunhada e minha sobrinha estavam sentados no sofá maior e a pequena Rafaela brincava com os gatos. Mamãe pegava dois livros que eu havia separado para emprestar para meu irmão e cunhada: livros sobre como cuidar de crianças; da alimentação à educação.
Crianças sempre bem vestidas, bem calçadas e sempre com boa aparência é até legal, mas será que essas mesmas crianças são bem alimentadas e bem educadas?
Eis a questão.
Bom...
Foi e é sempre tão bom sonhar com mamãe.
E eu agora vou para o segundo "round", vou terminar de limpar a casa e finalmente lavar a garagem. Hoje é sábado e têm menos carros na rua.
E tem a parte chata também: passar a roupa nesse calor! Vou passar a roupa de trabalho, graças a Deus!
É isso.


                                          


                                     

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Útil

                                        




Cuidei das plantas.
Cuidei do bonsai, da orquídea, do boldo, da bonina, da avenca e todas as outras plantas.
Os gatinhos adoraram a casca de coco que veio no vaso da orquídea, me "ajudaram" a podar algumas plantas e brincaram com as folhas que caíam no chão.
Passado o susto e o arretamento, decidi cuidar das plantas. Havia ligado a TV e me sentado no sofá, mas estava tudo tão chato, monótono e quente demais! Quer saber? Tristeza, depressão e melancolia... vão para o raio que as partam! Oxe!
Levantei, desliguei a TV e me dediquei à uma das coisas que mais gosto: cuidar das minhas plantas com a "ajuda" dos meus gatos.
Me empolguei.
Coloquei o lixo para fora, separei material reciclável do lixo comum, tirei o pó de algumas caixas, olhei fotografias que me fizeram bem e me deixaram com saudades de lugares, coisas, pessoas...
Dia desses tocam a campainha e vejo dois garotos dizendo que o pai mandara perguntar se tinha mais saco de lixo; me emocionei. As coisas que não são mais úteis para mim podem fazer a alegria de alguns. 
Eu separo tudo direitinho; tenho respeito por essas pessoas que vivem essa vida difícil. No meu saco de lixo geralmente tem potes plásticos, jornal, panelas velhas, chinelos e sandálias que não servem mais nos meus pés acromegálicos... Tem sempre alguma coisa que pode ser útil para alguém e isso me faz bem.
É isso.


                                          


Ladrões de Bicicleta

                                      



A violência é crescente e preocupante nas grandes cidades e até no interior.
A "moda" agora é ladrão de bicicleta. Não o ladrão que "apenas" rouba bicicletas, mas que usa a bicicleta como meio de transporte para efetuar seus delitos.
A maioria desses ladrões de bicicleta é de jovens e adolescentes; geralmente menores de idade, porque sabem que a lei os protege.
Há cerca de um ano sofri uma tentativa de assalto e os dois moleques conseguiram "apenas" arrancar a maçaneta da porta do carro. Paguei em torno de cem reais para ter o concerto feito. Para quem devo mandar a conta? Para os defensores dos "de menor"?
Pretendia lavar a garagem, mas não tem vaga na rua para estacionar o carro. Ia deixar o carro sobre a calçada até terminar o serviço, mas a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), está na rua e adjacências controlando os caminhões folgados que estacionam na contra mão, param em frente às garagens das casas, bloqueiam a visão da rua etc...
Isso vai durar só até a hora em que o "marronzinho" estiver nas imediações, assim que virar as costas o oba oba de caminhões volta.
Fui até a papelaria e, como sempre faço, paro o carro na rua estreita e desço para abrir o portão da garagem. A rua é pequena, estreita e de mão dupla e toda vez que volto para casa sou obrigada a ocasionar um pequeno congestionamento duplo. Alguns motoristas mais educadinhos esperam eu guardar o carro, outros buzinam e querem passar a qualquer custo. Por onde? Só se for por cima! Será que os carros deles têm propulsão a jato?!
Desço e abro o portão; volto para o carro e vejo dois jovens de bicicleta que intimidam suas vítimas pelo olhar. Fazer cara, gestos, expressões e olhar de mau é a primeira tática para assustar as potenciais vítimas.
Fechei rapidamente o portão e voltei para o carro; olhei para o "marronzinho" do CET, que entendeu a situação, e dei uma volta. Os pobres, inocentes e adoráveis "de menor" passaram a mil em suas bicicletas. Os caras deveriam participar de competições de ciclismo; vai pedalar rápido assim no inferno!
Dei uma volta, olhei bem e só então desci de novo para abrir o portão.
Guardei rapidamente o carro e tranquei o portão.
O susto e o nervoso desconcertam a gente.
Não levarei multa por deixar o carro sobre a calçada, não serei assaltada por esses ladrões de bicicleta e não lavarei a garagem, por enquanto.
Os vagabundos foram embora, mas ninguém garante que não voltem mais tarde para "filmar" o movimento.
A violência está à solta não só em São Paulo e quando nos tira o sagrado direito de ir e vir, aí a coisa complica ainda mais.
Ainda tem gente que me chama de radical e que acredita em medidas socioeducativas para educar e inserir esses vagabundos na Sociedade.
Nas festas de fim de ano centenas de presos foram soltos para poder passar as festas com a família e a grande maioria cometeu crimes apenas horas depois de estarem em liberdade! O crime corre no sangue desses m...
Desculpem o radicalismo e não me envergonho de assumir o que penso, mas bandido bom é bandido morto!
Pronto, falei!
Não se tem nem o singelo direito de ir e vir e nem de lavar a própria garagem em paz?!
Que @#$%! de país é esse?!
É isso.


                                               

                                      


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Araçá e Orquídea



Criei coragem e comprei hoje um bonsai de araçá e uma belíssima orquídea de flores roxas.
Fiquei em dúvida sobre qual escolher, havia tantas opções bonitas: orquídeas brancas, róseas, roxas, amarelas, alaranjadas...
Bonsais de goiaba, araçá, acerola, cereja...
Se tivesse de pitanga, romã ou jabuticaba eu teria pego, mas fiquei com a pouco conhecida araçá, que é uma frutinha da família da goiaba.
Se os preços continuarem a cair, voltarei lá semana que vem e trago mais um de cada: um bonsai e uma orquídea.
E por falar em preços...
Está tudo tão mais caro! Já falei sobre isso aqui, mas toda semana faço minhas compras e compro basicamente o mesmo e percebi que os preços não são os mesmos. 
Quem disse que a inflação está controlada?
Será que está tudo tão mais caro por causa da Copa do Mundo? Os gringos trarão Dólar e Euro, mas nós, os brazucas, pagamos em Real mesmo!
Não está fácil não.
É isso.


                                         


Beleza Felina

Meus filhotes estão lindos, crescidos e saudáveis.



Bellatrix
Clara Blue

Aldebarã

Pétala



A Rocha

                                      



Rocha -  um mineral, pedra.
Roxa - cor. Simboliza espiritualidade, magia...
Arrocha - verbo usado no Nordeste, significa apertar/ apertado. Sinônimo de "ligadinho", muito justo, muito agarrado, muito arrochado.
Por exemplo: "Fulano gosta de usar roupa muito ligadinha... Essa calça está muito arrochada".
Arrocha - Maldito gênero musical e dança brasileira originário da Bahia. Senhor, tenha piedade.
Os estados da Bahia e Goiás são campeões nacionais de produções musicais de gosto duvidoso. É o tal do sertanejo universitário de um e os ritmos dançantes e maçantes do outro.
O pior é que isso se espalha igual a praga na lavoura e empesteia o resto do país. Eu que o diga!
Vizinhos ouvem essa maldição todos os dias e até memorizei algumas dessas pérolas: " Arrocha, arrocha, arroooooochaaaaaaaaaaaaa..."
É o tempo todo! Na vizinhança e até no trânsito; todos os rádios dos carros estão ligados nessa coisa, tocam essa coisa.
Voltava ontem para casa e parei no farol; o carro ao lado tocava Lobão, "Me chama". Eu quase desci para abraçar o motorista! 
Olhei e vi um cinquentão e logo imaginei: "É do meu tempo, só alguém assim para ter bom gosto, conhecer e ouvir, Lobão, Zé Ramalho, Legião Urbana, Barão Vermelho e toda essa velharia boa".
Sigo pela avenida e outro carro ao lado toca Zé Ramalho; entro na rua à direita e alguns rapazes lavam o carro que toca Faith No More e depois Alice In Chains. Que dia feliz!
Eu sei que gosto não se discute e que todos temos o direito às nossas escolhas, mas o problema reside justamente em querer compartilhar com os vizinhos e com o resto da humanidade esses gosto!
Eu gosto de Rock e MPB mas não toco as músicas em altíssimo volume; nem gosto de volume alto, me dá dor de cabeça.
Ligo o rádio do carro e ouço em um volume que seja agradável para mim e não para incomodar o outros.
Acho tão babaca esse povo que instala caixas de som potentíssimas em seus carros e  depois abrem as portas e se exibem para os outros babacas. Não quero e não pretendo ficar surda!
Cada um cada um, mas estamos cada vez mais vivendo em uma Sociedade barulhenta e má educada que se acha no direito de agir como bem entende e sem se preocupar se está a ofender e a incomodar os outros.
Bom...
Acabei de ouvir o "Arrocha" pela bilionésima vez e agora vou sair para comprar minhas frutas, verduras e legumes da semana. Granola também. Vou ligar o rádio do carro e ouvir o bom e velho Rock 'n' Roll. Só para mim.
É isso.