quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Opções

                                       



Sou da paz.
Embora meu carão acromegálico possa, talvez, mostrar o contrário, eu sou da paz. 
Trato a todos com educação e respeito, só não gosto de muita "firula, lero-lero, nhem-nhem-nhem, blá,blá,blá, tal e coisa, coisa e tal". 
Pronto, falei.
E julgar os outros pela aparência é um grande erro, a não ser que a pessoa esteja acima do peso e insista em usar legging quase transparente mostrando as coisas. Jesus, Maria José!
Bom...
Estou na sala dos professores lendo o jornal "A Folha de São Paulo; sou assinante do "Estadão", mas gosto de ler os fabulosos textos de Contardo Calligaris, colunista do jornal.
Jornais e revistas são assinados pela escola, mas são pouquíssimos os professores que se dão o trabalho de ler. Eu devoro tudo o que vejo largado ali na mesa.
Uma professora senta-se ao meu lado e puxa conversa e eu deixo o jornal de lado e bato um agradável papo com a colega. Ela se surpreendeu com minha educação, simpatia e ausência de preconceito e disse que muitos colegas a evitam por não gostar ou concordar com sua opção sexual.
Eu disse-lhe que ali dentro somos todos professore e a opção sexual, religiosa ou seja lá o que for de qualquer um, não me diz respeito; nem a mim nem a ninguém. Estamos ali para fazer nosso trabalho da melhor maneira possível, não estamos ali para julgar ou sermos julgados.
"Poxa, você é mente aberta mesmo! Só pessoas cultas têm essa visão de mundo. Você lê bastante né?..."
E aí a conversa prosseguiu; falamos sobre jornais, revistas, livros, autores, jornalistas, cultura... Assuntos que adoro falar a respeito.
Mamãe nos dizia: "Saibam entrar e sair dos lugares, a gente é pobre, mas tem que mostrar que tem educação".
Acho que ouvi mamãe.
É isso.


                                          



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