domingo, 21 de abril de 2013

Conectado

                             


Assisti ao Pequenas Empresas, Grandes Negócios e uma das reportagens falava sobre uma padaria e uma cafeteria que ofereciam serviço gratuito de Internet para seus clientes.
Segundo os proprietários, o número de clientes aumentou, assim como o faturamento mensal.
Entre uma mordida no lanche e um gole de café, o cliente verifica suas mensagens, acessa redes sociais e fica por dentro do que está acontecendo; escreve algo e em seguida vê os comentários dos amigos, diz o repórter.
Nossa!
Como o mundo conseguiu viver sem Internet por tanto tempo?!
Já pensou, que maravilha seria se Cabral tivesse esses gadgets e ao ouvir "Terra à vista!", fosse logo fotografando os índios e a exuberância de nossa Natureza e depois postando nas redes sociais?!
Ai Jesus!
As pessoas hoje em dia se julgam muito importantes e dão muita importância ao que os outros pensam e falam, por isso as redes sociais estão cheias de gente tola e vazia que posta todo tipo de lixo e porcaria como se fossem grandes achados acadêmicos.
Gente fotografando a xícara de café e postando para que os amigos, mais virtuais que reais, vejam e comentem.
Gente que dorme com o celular ligado e se alguma mensagem surgir, o abestado levanta no meio da noite para conferir e responder, claro.
Grupos de amigos que saem para se divertir, mas fica cada um com seu aparelhinho nas mãos e digitando o tempo todo.
Se combinaram de sair para se divertirem, que sentido faz então ficar cada um isolado em seu mundinho particular conectado com o mundo lá fora por meio de um celular?
É realmente tão importante e necessário ficar e estar conectado o tempo todo? Pra quê? Por quê?
Conheço gente que faz tudo e mais um pouco, mas sempre digitando algo no bendito do celular! 
Dá raiva, meu. Na boa. A gente quer manter um diálogo com o viciado internético, mas não dá. Simplesmente não dá!
É uma coisa chata, deselegante, desagradável e mal educada. Ou você fala com a pessoa, dando-lhe atenção e demonstrando-lhe respeito, ou então se tranca em uma caverna com Internet e fica lá, para sempre. Pronto.
Já fiquei mais de quinze dias sem computador e/ou Internet e estou muito bem obrigada; não morri por causa disso, o mundo não parou por causa disso e a vida continuou.
Tenho blog, participo das redes sociais, escrevo e comento alguma postagem cujo tema me interesse: proteção aos animais, pesquisas sobre minha doença, a Acromegalia, preservação da Língua Portuguesa e temas que façam sentindo. 
Algumas vezes, claro, posto coisas engraçadinhas só para aliviar o stress, rir e fazer rir um pouco, só.
Mas tem gente que age como se as redes sociais fossem tanques de lavar roupa suja e despejam suas mágoas, seu ódio infantil, sua loucura.
Outros são magnânimos e postam imagens fortes de pessoas e animais machucados, deformados etc... Quer ser útil e mais magnânimo ainda? Então faça trabalho voluntário! Vá a um hospital ou asilo e visite pessoas carentes, doe ração a grupos de proteção a animais, faça alguma coisa! 
Postar fortes imagens e escrever discurso revoltado e piedoso não vai mudar nada! Quer aparecer? Faça algo!
Todo mundo é perfeito e bonzinho na Internet, e na vida real?
Honestamente, prefiro fazer minhas refeições em paz e me deliciar com a sobremesa e guloseimas; não vejo sentido em postar foto do que estou comendo ou bebendo. Isso é coisa de gente que tem um milhão de amigos virtuais, mas poucos amigos reais.
É isso.


                                  

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