sexta-feira, 22 de junho de 2012

Bancos

                                   


Já disse que detesto ir a bancos.
Vou porque é o jeito, mas se eu pudesse eu evitaria totalmente: filas, guardinhas mal encarados que se acham de muita "otoridade", informações desencontradas para nossas indagações sobre serviços solicitados, funcionárias metidinhas se achando muito importantes, lindas, sexies e poderosas por estarem sentadas atrás de um caixa ou uma mesa do banco.
Fui ao Bradesco do Parque Novo Mundo para cadastrar nova senha do novo cartão que chegou; entrei no recinto e perguntei onde e como poderia fazer o tal serviço e me foram dadas diferentes respostas e opções. Claro que ouvi o clássico "tem que estar aguardando".
Quando essa praga de gerundismo vai cair em desuso?
Bom...
Sentei-me na cadeira e dois rapazes me perguntaram se eu era a próxima; não havia senha ou outra forma de organização que nos orientasse, ficamos na base da educação e de quem chegou primeiro.
Estamos aguardando, aguardando, aguardando... 
Cansei, me levantei e fui até a última mesa da fileira e perguntei tudo de novo e fui orientada a voltar a esperar onde eu estava, eu seria a próxima. Tá.
Dali a pouco se aproxima um rapaz com uma papelada nas mãos, cumprimenta a funcionária e senta-se confortavelmente na cadeira para ser atendido pela moça com cabelos tão oxigenados que fariam a Xuxa parecer uma cabocla.
Os rapazes que aguardavam comigo se entreolharam e reclamaram entre eles; eu me levantei e fui à mesa da funcionária oxigenada a extremo: "Desculpe interromper, mas acredito que há uma ordem de chegada, eu e aqueles rapazes chegamos aqui primeiro".
Sou perguntada mais uma vez sobre o serviço que preciso e sou orientada mais uma vez a ir para outro local de atendimento e a loira de farmácia ignora os rapazes que estavam esperando há um tempão e atende o sorridente e simpático rapaz que chegou depois de nós.
Fui ao bendito guichê e falo tudo de novo e a funcionária diz que posso voltar pra casa e fazer tudo pelo telefone. Me arretei: "Não, minha filha! Leia o impresso, aqui diz que eu devo ir até a agência mais próxima e cadastrar uma nova senha".
A funcionária insistiu dizendo que eu poderia fazer tudo por telefone e peguei o bendito impresso e disse: "Leia!".
A senha finalmente foi criada. Ufa!
Fui à Caixa da Vila Maria e demorei mais na fila para pegar a bendita da senha de atendimento do que para o atendimento propriamente dito. A mocinha que tinha a árdua tarefa de perguntar que serviços iríamos "estar utilizando" e apertar o botão para imprimir a senha estava toda atrapalhada. Muito trabalhoso!
Ela ia pra lá e pra cá e não resolvia nada e eu me impacientei e disse: "Eu só quero uma senha para abertura de conta, pelo amor de Deus!". Eu estava com a bengala e mesmo assim ela me deu senha comum, devolvi e pedi senha especial. Aguardo ser chamada e fico observando as pessoas, principalmente as funcionárias do banco e todas seguem um padrão que parece combinado por todo o território nacional: cabelos oxigenados e esticados, salto alto, maquiagem carregada e as malditas calças legging! Parecem Barbies tupiniquins.
Meu, calça legging não é uma coisa de Deus. Não pode ser! Isso é criação do inimigo!
Bom, fui atendida e deixei o local e tanto num banco como no outro e em todo e qualquer lugar que eu vá, sou objeto de admiração, olhares, cochichos, cutucadinhas disfarçadas e outros gestos mal disfarçados; tudo para olharem para mim e se espantarem com minha aparência acromegálica.
Dá vontade de perguntar se essas pessoas não têm espelho em casa.
Mas é isso aí.
Detesto bancos, detesto comerciais de bancos onde tudo é muito fácil e bonitinho e detesto mais ainda o preconceito e a ignorância das pessoas.




                                    



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