terça-feira, 10 de julho de 2012

Reclamações, Comerciais, Brasil

                                          


Vivo reclamando de produtos, serviços e atendimento.
Reclamo quando sou mal atendida por um funcionário mal educado. 
Sou meio antissocial, como já me disseram, mas sou educada e procuro respeitar a todos, até mesmo àqueles com que não simpatizo muito. Educação é a melhor arma e sempre fui muito na minha mesmo. Não sou de grandes arroubos de simpatia e emoções.
É cultural em nosso país o "deixa pra lá, é assim mesmo". Papai ainda acrescentava: "Tem jeito não".
Pois é.
É exatamente do "deixa pra lá" que vivem e se proliferam os péssimos serviços, produtos e atendimentos. Se ninguém reclama então pensa-se que está tudo bem e continua-se no erro. Não é assim?
Tem que reclamar sim! Temos nossos direitos, pagamos impostos abusivos, somos explorados, manipulados, usados... (até parece discurso político anti burguês).
Já reclamei junto à Unimed pelo preconceito que sofri por parte de uma funcionária; já reclamei junto à Receita Federal, junto à livrarias, lojas, prestadoras de serviços e afins.
Sou educada até demais, mas pisa na bola pra tu vê!
Outro hábito que tenho é de enviar e-mails para as emissoras de televisão e grandes empresas, tanto para elogiar como para reclamar, claro.
Por exemplo: Enviei e-mail para a Band elogiando o CQC e o Quem fica em pé. Ótimos programas que precisamos esperar para assistir; primeiro temos que ver o tal do Video News com a super pegajosamente, megamente simpática e sorridente Nadja Haddad. Essa moça apresentou o Jornal da Band e o fez tão bem; não entendo porque decidiu a prestar o papel de boba da corte em um programa chato que apresenta repetecos dos programas da Band e exibe video cassetadas às quais estamos cansados de ver no Domingão do Faustão e em outros programas de outras emissoras.
Ela tenta rir, gargalhar e achar tudo muito engraçado. Ela faz comentários tolos das imagens e videos tolos como se fossem algo muito importante; como se fossem comentários políticos, econômicos ou algo que o valha. Talvez a nossa política seja tola mesmo e os palhaços somos nós!
E por causa desse programeco bobo, o CQC "encolheu" para poder caber na grade da programação e não acabar muito tarde. Afinal, temos que trabalhar no dia seguinte.
Eliminado esse programa chato, o Quem fica em pé começaria mais cedo e o CQC começaria no horário antigo e assim poderíamos assistir aos bons quadros de antes, como o O povo quer saber, CQTest, Resta um.
Outra coisa da qual reclamo é dos comerciais de televisão. 
Em uma postagem anterior elogiei a Fiat pelo elegantíssimo comercial de lançamento do carro Línea, mas tempos depois a montadora perde a mão, esquece o bom gosto e faz comerciais de péssimo gosto com péssimos garotos propaganda: Michel Teló, os manés que cantam (não sei o nome deles e nem quero saber) eu quero tchu, tcha e mais recentemente com o cinquentão que tem complexo de Peter Pan, Sérgio Malandro.
Será que já falei sobre isso aqui? Não sei, mas já que estou aqui, falo de novo.
O cara só saber falar glu,glu, yeah,yeah e acha isso muito engraçado!
Esse é um empacado no tempo e no espaço e vive da fama de sua celebridade Z (existem as celebridades A, entende?).
Outro comercial de motos exibe o cara cantando a musiquinha do oi, oi, oi cercado por moças de maiô dançando à lá Beyoncé. Acho que a próxima música desse rapaz vai ser: tchau, tchau, tchau...
É claro, público, óbvio e notório que os comerciais brasileiros apelam para uma sexualidade exagerada. Somos conhecidos por nossa sensualidade, mas há uma tênue linha entre o que é sensual e o que é vulgar e as pessoas confundem muito isso.
Em um comercial dos sapatos Pegada, o ator Murilo Rosa joga boliche com Renata Fan e óbvio, quando ela se dobra para jogar a bola, a câmera dá um close em sua bundinha chocha, como diria mamãe. Os comerciais de cerveja então! Desnecessário falar.
Não acham que essa imagem extremamente sensual do Brasil é usada à exaustão? Será mesmo tão necessário assim fazer uso de bundas e peitos, caras e bocas para vender produtos?
Têm comerciais muito legais e engraçados e gostava do moço que vendia pamonha e rebolava; o do cigano também é muito legal.
Claro que as grandes companhias contratam famosos com grande apelo junto à população, mas tem gente boa, culta e interessante também!
Vejamos a graça e elegância de Camila Pitanga nos comerciais da Caixa; ela não precisou rebolar, fazer caras e bocas para aparecer, bastou seu talento e beleza. Simples assim.
Não sei o que está acontecendo com a cultura e com a música brasileira. Tudo está se tranformando em lixo consumível e descartável, até aparecer a nova celebridade. Até aparecer alguém com as versões "Eu quero tche, tcho... tchau, tchau, tchau... tcha ra ra..." com garotos vesgos de cabelos arrepiadas e calças mais justas que Deus.
O que estão fazendo com o Brasil?!
É isso.


                                            

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