sábado, 15 de junho de 2013

Santa Catarina

                                


Dia frio e cinzento hoje, bem ao modo paulistano. Dias assim deixam São Paulo mais São Paulo ainda. Adoro. 
Venho lá do Sertão quente, seco, esquecido por Deus e pelos homens, principalmente, mas tenho uma queda pelo frio, pelos ventos frios, pelo cinza. Acho que sou assim meio cinza, não sou colorida, não sou de chamar a atenção.
Isso explica o gosto pelo frio, pelo cinza, pela chuva.
Sonhei hoje caminhando por uma cidade praiana muito bonita. Era uma cidade deserta, fantasma; não tinha moradores, mas tinha muita gente olhando o mar. As casas estavam abandonadas, havia algumas já bem destruídas, outras ainda intactas. Roupas no varal sacudiam fortemente ao sabor dos ventos. Ventava muito.
Mas eu percebia em minhas caminhadas por essa cidade que em uma determinada casa os ventos eram mornos e mais delicados e não entendia porque as roupas foram estendidas no varal do lado de fora, onde ventava bem mais forte e fazia muito frio.
As pessoas por ali nada falavam, apenas observavam o mar. Era como se um dia tivessem morado ali e foram apenas para visitar ou se despedir.
Era uma baía azul, com casa brancas de janelas azuis.
Os ventos me fizeram lembrar de Ilha Comprida (SP) e das praias de Santa Catarina.
A partir do litoral sul de São Paulo as águas são frias e o vento é mais forte. Estive em Santa Catarina durante o verão e lá os ventos são fortes e por isso atraem os surfistas. Durante a noite esfria bem e mesmo em dias ensolarados as temperaturas são amenas, bem opostas às esturricantes temperaturas do Norte e Nordeste.
Quero conhecer as praias do Rio Grande do Sul e quanto mais desertas e frias, melhor.
As pessoas vão à praia, principalmente no eixo Rio-São Paulo, para exibir seus belos corpos, seus biquínis e acessórios de marca; raros vão apenas para ver e apreciar o mar.
Eu aprecio e adoro o mar.
Vontade de pegar uma estrada para ir de encontro ao mar.
Quero conhecer a Praia da Joaquina, em Santa Catarina. Reza a lenda que Joaquina era uma rendeira que adorava o mar. Subia as dunas para fazer suas rendas enquanto olhava o mar e um belo dia uma onda veio e a levou. 
Bonita lenda.
Sei lá, dias frios e cinzentos me deixam mais cinza ainda.
Preciso ver o mar azul, verde, cinza...

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