domingo, 20 de outubro de 2013

Limbo

                                 



Mais um fim de semana, mais um domingo, mais um fim de tarde.
Horário de verão. Detesto.
Perdi o horário por causa disso e não assisti ao Antena Paulista, mas vi o Globo Rural e me encantei com a beleza dos cavalos de uma cidade de Minas Gerais.
Criaturas lindas.
Tomei os remédios e fiquei mole; detesto isso.
Fiquei sem ânimo e energia para fazer as coisas, principalmente as que mais gosto.
Alimentei os gatos, li o jornal, zapeei pelos canais de TV.
Assisti ao Planeta Terra, gosto desse programa, e vi os tigres da Rússia. Criaturas lindas.
Está difícil assistir ao programa do Faustão: show de humor muito do sem graça e uma multidão em uma fila maior que a fila em hospital do SUS.
Paula Fernandes cantou com sua boca fechada, maquiagem carregadíssima, brincos enormes que devem pesar um bocado. Respeito essa moça e seu trabalho, mas não dá para vê-la e ouvi-la cantar e falar de boca fechada.
Gente imitando Michael Jackson, fazendo showzinhos toscos de mágica de festa infantil. Não dá.
Aliás, acho bobo esse negócio de imitar uma banda, a tal da banda "cover"; um cantor e tentar viver disso. Imitações de famosos em piadas ainda vá lá, mas não vejo graça em ver alguém rodopiando e dando gritinhos igual ao Michael Jackson ou metido em um macacão ridículo, com óculos e penteado ridículos e enrolando no inglês para imitar Elvis Presley. É muito chato e além do mais, o cara já morreu há muito tempo. O deixemos descansar em paz.
Sei lá...
Ando meio impaciente, irritadiça e cansada ultimamente.
Não sei se é tudo consequência da Acromegalia e dos remédios ou, talvez, seja a somatória de tudo isso mais a minha personalidade arredia, desconfiada, pouco afeita a exageros... sei lá.
Uma amiga disse para eu sair mais, para eu tentar me divertir, viajar, passear etc...
Gosto de fazer tudo isso mas sozinha não tem graça.
Gosto de ir a restaurantes, cafés, livrarias, cinema...Mas não tem muita graça e/ou diversão em fazer tudo isso sozinha.
Sair com gente chata que reclama de tudo, que põe defeito em tudo também não dá.
Sair com gente folgada que nunca tem um centavo no bolso e ouvir o "depois eu acerto com você", também não dá.
E tem muitos outros tipos de gente também.
Bom, melhor deixar pra lá e quando eu estiver me sentido bem eu bato as perninhas por aí. 
O problema de sair só é que viramos alvo de curiosos e espertinhos metidos a galã de rodoviária.
Pensam que se uma mulher sai só é porque está desesperada; não é meu caso.
É legal comer fora e provar quitutes diferentes que nunca ou raramente prepararíamos em nossas cozinhas.
É legal viajar, pegar estradas sem destino certo, apenas pelo prazer da viagem. Parar em alguma cidadezinha do interior ou litoral e admirar a paisagem, saborear a comida, visitar museus e outros pontos turísticos. Mas detesto quando chamo alguém para ir ver algo e a pessoa diz que depois vai.
Gente fria e prática demais também não gosto. Me pergunto se essas pessoas gostam de alguma coisa na vida. Na boa.
Cada um cada um, mas não gosto de excessos nem de um lado nem do outro; explico: gente risonha demais, barulhenta demais e exagerada demais não dá, assim como também gente fria demais, prática demais, fechada demais e que não gosta de nada.
Talvez eu esteja sendo crítica demais, chata demais, azeda demais.
Mas é assim que têm sido a maioria dos meus dias ultimamente.
Não vejo a hora de ser chamada pela médica, de fazer todas as cirurgias necessárias, de ficar boa, acabar com essa agonia chata e finalmente voltar à vida e fazer e viver as coisas que eu gosto.
Parece que estou em um limbo.
Coisa chata!
É isso.







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