segunda-feira, 18 de março de 2013

Toque a Campainha!

                              



Como eu sempre digo, quando não estamos bem tudo contribui para ajudar a piorar mais ainda. Explico.
A semana que passou não foi boa para mim, foi uma semana de altos e baixos com dias bons e outros nem tanto. Muitas dores, cansaço, entrevamento e desânimo.
E é nesses dias ruins que tudo acontece para atrapalhar nosso descanso; telefone, campainha, gente mal educada...
Havia passado a noite em claro e só consegui conciliar o sono por volta das cinco e meia da manhã, mas eis que às nove, escuto: "Rejane!".
De-tes-to que gritem meu nome!
Acordei sobressaltada e confusa, não sabia direito se estava sonhando ou se perdera a hora e coisas assim.
Levantei meio confusa, sonolenta, arretada e indignada. Toca a campainha, pelo amor de Deus!
Era o funcionário do Posto de Saúde do bairro. Falava comigo e me ao mesmo tempo me observava. Detesto isso também.
Atendo ao distinto sem noção e educação e volto para cama; toca o telefone insistentemente. 
Pensei que deveria ser algo urgentíssimo, pois insistia tanto. Mas a voz do outro lado pergunta: "Com quem estou falando? Gostaria de falar com o responsável pelo telefone".
Não voltei para a cama e as dores estavam de lascar. Parece que doem mais quando estamos estressados, nervosos, cheios...
No dia seguinte, a mesma coisa, só que com outra pessoa. Batem palmas e chamam: "Albeeeeeeeeeeerto!".
Ignorei.
Escuto o vizinho sair e dizer que o gritador estava no endereço errado, era a próxima rua. Pelo amor de Deus de novo!
Será que não dá para verificar se tem campainha para tocar antes de bater palma e berrar em frente à casa dos outros?
Berrar e gritar o nome da gente; de-tes-to!
Estou aproveitando o sossego e o silêncio atuais. Os vizinhos que ouvem música ruim ainda não voltaram das férias, (bem que poderiam ficar por lá mesmo), e a outra vizinha que liga o aparelho de som no último volume pariu um menino na segunda-feira passada.  Então o silêncio faz-se presente e necessário, graças a Deus.
Lembro com saudades da época em que não tínhamos telefone nem campainha, mas adorávamos tocar a campainha das casas bonitas da rua e sair correndo. Era tão divertido.
Hoje entendo e respeito os pobres moradores vítimas das nossas artes juvenis.
É isso.


                                        

                                       

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