sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Noite do Barulho

                              

Dormi mal noite passada. Grande novidade.
Assisti à novela Gabriela e depois fui me deitar.
É a única novela que assisto com gosto e dou boas risadas, adoro as personagens de José Wilker e Marcelo Serrado. Detesto novelas-dramalhões cujos finais são sempre os mesmos: alguém é filho de alguém, alguém é amante secreto de alguém, alguém roubou/matou/enganou alguém, blá, blá, blá.
Sou e estou meio sem paciência.
Bom...
Deito-me e escuto um barulho estranho, como se algo fosse arrastado, abro a janelinha da porta e vejo o filho do vizinho andando de skate àquela hora da noite! Os pais não parecem muito preocupados com a segurança do menino, pois é público e notório a permanência do moleque na rua durante as altas horas da noite.
Mas para falar a verdade: enche o saco, meu!
Enquanto o pivete se divertia com seu skate, os pais quebravam o pau. Discutiam fervorosamente e só pelas duas e meia da manhã é que houve alguma paz. Me incomodam o olhar e o semblante tristes, melancólicos e carregados da mãe do menino; parece que ela carrega um peso enorme sobre os ombros, causa-me aflição sua figura triste e desesperada.
Consigo adormecer lá pelas três da manhã e às quatro e meia acordo com as vozes altas e esganiçadas dos outros vizinhos cuja casa fica "pareia de meia" com a minha. As casas são geminadas e as paredes muito finas, escuta-se tudo, tudo mesmo!
O casal fala alto, o bebê chora, o carro é ligado, o rádio toca música ruim e a noite do barulho segue madrugada adentro. Dali a pouco os caminhões das transportadoras vizinhas ligam seus motores e o som que sai deles parece vibrar dentro da minha cabeça; o apito da marcha à ré também incomoda bastante.
A gataiada levanta mas volta em seguida, todos com seus olhos pidões e miados agoniados, estão com fome. Levanto e coloco ração para eles, volto para a cama e ligo a TV; assisto Telecurso, Globo Rural e os jornais matinais.
Tomos meus remédios, a gataiada com o buchinho cheio volta para a cama e dali a pouco adormecemos todos juntos.
Dormi uns trinta minutos e me levanto de vez. 
Faço meu café, arrumo as coisas pela casa, separo as contas para pagar. Vou ao banco e uso o caixa eletrônico, pois os bancos não nos permite fazer pagamentos de contas na boca do caixa. Sacanagem! Pelo preço dos juros e tarifas que nos cobram, deveriam facilitar nossas vidas e não complicá-las.
Pago as contas uma a uma e em dado momento o leitor óptico não reconhece o código de barras e pede para digitá-lo. Tá bom. Não consigo enxergar e digitar aquele desembesto de números, principalmente aquela fila imensa de zeros. Chamei o rapazinho para digitar para mim e consegui pagar minhas contas. Só as que levei ao banco, ainda tem um monte aqui em casa. 
Voltei para casa e fiz um caldinho verde meio nordestino, coloquei carne seca no lugar da linguiça portuguesa, ficou bom.
Agora me deu fominha, o caldinho verde é light e não dá muita "sustança".
Acho que vou comer uma granola com leite de soja. Delícia!
Queria mesmo era uma pizza quatro queijos, uma lasanha, umas esfihas, uns kibes e umas tortas de limão. Só isso.
Mas haja colesterol!
Posso não.
O bicho já está pegando, imagina se eu abusar de mim?!
Chove lá fora, graças a Deus. Assim a praga do moleque não vai ficar na rua fazendo barulho. Assim seja.
É isso.

                              

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