terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Narciso

Narciso
                                  


Li um artigo escrito por um americano que morou no Brasil por alguns anos e, infelizmente, tenho que concordar com ele em alguns pontos.
Assisto no canal NatGeo uma programação especial sobre pessoas que mudaram radicalmente seus corpos e que continuam passando por cirurgias e procedimentos perigosos em nome de uma beleza que nem é tão bela assim. Na boa.
Um cabeleireiro de Minas Gerais que já fez inúmeras cirurgias plásticas e que tem creme para tudo! O Narciso mineiro gasta por mês algo em torno de cinco mil reais com tratamentos de beleza e uns bem invasivos e dolorosos. Ele é tão fissurado pela própria aparência que passa horas em frente ao espelho procurando por imperfeições e depois atormenta o médico cirurgião plástico para corrigir essas supostas imperfeições.
Imperfeitas devem ser a alma e a mente desse rapaz. Acho que ele precisa é de um profissional da saúde mental e não do corpo.
Uma brasileira que mora nos Estados Unidos colocou uma quantidade enorme de silicone nos seios; teve uma série infecção e mesmo assim relutou em seguir os conselhos médicos. A futilidade é maior que a racionalidade e a realidade.
Mas o caso que achei mais chocante foi da pseudo modelo e DJ Sabrina Boing Boing. Pobre moça tola.
Ela gastou mais de cem mil reais em cirurgias plásticas e tirou gordura das nádegas para colocar no rosto. Fez lipoaspiração e, como se não bastasse, colocou mais silicone nos seios gigantescos. Fotografava e postava as imagens do corpo recém operado o tempo todo.
Que tal aumentar o cérebro? Bom, primeiro ela teria que começar a usá-lo.
Três dias após as intervenções cirúrgicas e mesmo com fortes dores e com restrições médicas a moça já estava sambando na passarela e, claro, teve que parar e voltar para o hospital, pois teve sangramentos.
A vontade de exibir o novo corpo era tanta que ela ignorou conselhos, passou por cima da autoridade médica e desrespeitou os limites do próprio corpo.
Por que e pra que as pessoas fazem isso?
Essa fixação doentia pelo corpo e aparência é um dos tópicos abordados pelo americano que viveu no Brasil.
Cuidar do corpo sim, mas sem exageros.
Exagero é a palavra de ordem, é o que parece, infelizmente.
É isso.


                                   

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