quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

De novo

Já estou habituada aos olhares de estranhamento das pessoas "normais" e "perfeitas", mas tem hora que enche o saco!
Procuro ser o mais educada possível, mas me pergunto: "Por que essas pessoas não procuram ser educadas comigo como eu sou com elas?"
Voltei do hospital, graças a Deus, e alguns dias depois fui à farmácia para comprar os remédios prescritos pelo neurocirurgião. Entro no estabelecimento comercial e me dirijo ao balcão; aguardo. Tem um senhora bem baixinha sendo atendida e quando ela percebe minha presença, olha para trás e dá um sobressalto, como se tivesse visto um fantasma. Pergunto se ela já foi atendida e ela balança negativamente a cabeça e afasta-se para os fundos da farmácia. Pensei que ela fosse ter um piripaque.
Estranhei a atitude dessa senhora, mesmo estando eu acostumada a comportamentos preconceituosos e estúpidos como esse.
Sou atendida e me direciono ao caixa para efetuar o pagamento dos remédios. Ao me ver afastar, a senhora volta e pede ao balconista que continue a atendê-la.
Pra que tudo isso? Pergunto eu. 
Não tenho doença contagiosa, Acromegalia não "pega".
Hoje levei minha irmã Rosi e minha sobrinha Beatriz a um compromisso e lá chegando, a mesma ladainha. Entro e as mocinhas do balcão me olham como se estivessem vendo um ser de outro planeta. E lá vou eu de novo com minha educação, dizer: "Pois não. Algum problema?".
Já disse isso várias vezes e repito: Mudam as tecnologias, as invenções, o mundo...mas as pessoas são e serão sempre as mesmas: arrogantes, preconceituosas, fúteis, mesquinhas...
Li o livro "O retrato de Dorian Gray" de Oscar Wilde e estou lendo "Este lado do paraíso" de F. Scott Fitzgterald e vejo a tacanheza e pequenez humanas dos dias atuais do século XXI (21) em personagens de séculos passados. O que mudou? Ou o que não mudou? Não aprenderemos nunca?


                                                 

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