quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Rotina

Saí de casa hoje cedo e fui à escola para levar alguns papéis e depois fui à casa do meu irmão Fubá.
Meu irmão tem um pequeno mercadinho e é um entra e sai de pessoas comprando de tudo um pouco, principalmente crianças atrás de doces e balas.
Conversava com Fubá quando entram no estabelecimento dois rapazes querendo comprar cigarros. Eles param, cochicham, olham para mim e continuam a cochichar. Ouvi o de sempre: "É mulher ou homem?".
Eles nem se preocuparam em disfarçar ou parecer elegantes; agiram como gentinha mesmo.
Alguns minutos depois vem uma garotinha para comprar balas, ela sai e volta dali a pouco acompanhada de um senhora que deveria ser sua avó. Ambas ficam na calçada a olhar e a apontar para mim e não precisa ser gênio para adivinhar sobre o que elas falavam.
Isso já virou rotina. Todo santo dia é a mesma coisa.
Acho que se eu vivesse na época do Freak Show/ Circo dos Horrores, acharia normal o comportamento das pessoas ditas normais, mas vivemos em pleno século XXI (21) e numa era de informação rápida e tecnologia cada vez mais moderna e mesmo assim as pessoas cultuam, alimentam, perpetram a ignorância, o preconceito e a intolerância.
Talvez eles não tenham espelhos e, se tivessem, viriam quão doentes são.


                                                

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