terça-feira, 28 de agosto de 2012

Antena

                                                  

Agendei visita do técnico da Net para trocar o decodificador e instalar um ponto extra no quarto, assim poderia assistir ao Globo Rural e aos telejornais matinais na cama, muito mais confortável que o sofá.
Liguei, agendei, aguardei... em vão.
O técnico veio e disse que a ordem de serviço fora cancelada. Oxe!
Estranhei e me arretei: "Se foi cancelado, o que você faz aqui então? Pode voltar de onde veio!"
Liguei para a Net e ouvi desculpas bem criativas: "Mas a visita do técnico foi agendada para 13 de agosto". 
"É, só que hoje é 28 de agosto! Ou seria 13 de agosto de que ano? Vocês estão em outra dimensão? Em outro plano espiritual?"
Ainda recebi várias ligações dando a entender que eu fui a culpada pelo cancelamento!
"Vamos aos fatos: Quem chegou aqui falando sobre cancelamento foi o técnico de vocês"
Esquece!
Perdi minha tarde esperando por um serviço que não aconteceu. Paciência.
Mas eu não fiquei o dia todo de cara pra cima que nem uma paruara besta, como diria mamãe. Lavei roupas, dobrei-as para que fiquem mais fácil de passar, assisti a Criminal Minds, assei pão de queijo e comi com suco de maçã com soja. Queria mesmo era um café, mas se abuso do líquido viciante, o buchinho reclama.
Depois do causo passado, lembrei-me de nossa época de TV preto e branco e com antenas improvisadas: fios colocados no lugar da antena, Bombril (esponja de aço) colocado nas extremidades da antena e até aquelas lâmpadas fluorescentes usadas no lugar da antena!
E o pior, ou melhor, era que toda essa parafernália improvisada funcionava.
Papai resolveu comprar uma antena externa e eu achava interessante os nomes dos modelos: pé de galinha e espinha de peixe. Achava tão chique!
Comprava-se a antena e metros de fio junto: conectava-se o fio na TV e o puxava até o telhado para conectar na antena, mas acaba aí não: tinha que virar a antena pra lá e pra cá procurando pela melhor posição e sinal para que a imagem ficasse boa ou pelo menos razoável.
Papai gritava lá de cima: "Olhe, vou virar a antena e quando a imagem ficar boa tua me avisa".
E papai mexia a bendita da antena e perguntava: "Tá bom?".
E respondíamos: "Tá não!".
E ficávamos assim um bom tempo até que papai se estressava, claro: "Oxe, tá com maduscachorro! Tu tá olhando direito, tá? Já virei essa antena pra tudo que é canto e a imagem da televisão não fica boa não, é? Oxe!"
Hoje temos tudo mais facilitado e a imagem agora é digital, muito mais "mudérna".
É isso.

                                        

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