sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Açaí

                                      

Estou me sentindo muito mal, hoje.
Fisicamente, emocionalmente e outros "mentes".
Devaneios tolos a me torturar...
Fui à Vila Maria e passo pela Avenida Guilherme Cotching, a principal via do bairro, e vejo ipês, outras árvores que desconheço os nomes e um pé de jaca pequeno e carregado. Lindo!
As jacas ainda estão em formação, estão pequenas e verdinhas.
Havia ido ao consultório médico na Rua Tuiuti e estacionei na Praça Silvio Romero, algumas pessoas falam "Silva Romero", caminho lentamente e paro para descansar e observar um árvore grande que está na beira da calçada; é uma jaqueira!
Uma jaca grandona, madura lá meio da árvore, lá no alto... Ah, se eu pudesse!
Ainda é possível ver jaqueiras, mangueiras, bananeiras, goiabeiras pelas cimentadas ruas de São Paulo. Ainda bem.
Fui ao Carrefour da Vila Maria/Vila Guilherme e de lá volto para casa, paro no farol da Praça Santo Eduardo com a Avenida Guilherme Cotching para seguir pela Rua Curuçá; decido parar em uma frutaria famosa da região. 
Caço uma vaga. Em São Paulo é assim: caça-se uma vaga. Achei na esquina com a Rua Eli.
Ou seria com a Rua Dias da Silva? 
Não lembro.
Bom...
Entrei na frutaria que tem o mesmo nome da praça: Santo Eduardo.
Entrei, sentei-me na cadeira de plástico e aguardei ser atendida. As mocinhas uniformizadas se entreolhavam e tiravam no par ou ímpar para ver quem me atenderia. Sou acromegálica, não mordo!
Uma delas me traz o cardápio e o coloca sobre a mesa também de plástico. Observo os preços: sucos, lanches, bebidas, salgados... Tudo caro demais! Um copo de suco custa oito reais, um beirute custa trinta e dois reais.
Já que cobram tão caro deveriam investir em melhor treinamento e atendimento de seus funcionários e trocar aquelas frágeis e horrendas cadeiras e mesas plásticas!
Pedi uma tigela com açaí e granola, pedi a grande, mas não conseguir terminar tudo. Zóião.
Pedi para colocar em uma embalagem e a mocinha disse: "É cobrado dois e cinquenta pela embalagem, tudo bem?"
"Tá, né?"
Perguntei se além da granola viria outro acompanhamento e a resposta foi: "Tem banana, frutas vermelhas, leite condensado, leite em pó... É só acrescentar mais dois e cinquenta, tudo bem?"
"Só a granola está bom, com dois e cinquenta eu compro uma dúzia de banana!".
Fui ao caixa para pagar a conta e encontro uma colega da faculdade, perguntei se estava na área da Educação e ela disse que não compensa, não vale a pena; é muito trabalho e cobrança por um salário baixo. Ela ganha mais trabalhando com o pai na pequena empresa da família.
E assim caminha a Humanidade mal educada de nosso país. País que não investe em Educação, em salários dignos para os professores, em boas escolas, em uma boa estrutura. Melhor assim, pois povo sabido é ameça ao governo. Povo abestado é mais fácil para manipular e vota fácil fácil em candidatos palhaços, em mulheres frutíferas e por aí vai.
É o Brasil sil sil
Tudo bem, tudo bem, tudo bem...
Não está tudo bem porcaria nenhuma!
Voltei para casa e a gataiada sabe que cheguei e correm todos para detrás da porta; miam, correm, esbarram uns nos outros e todos correm para o local onde estão os potes de comida e água. Coloco mais ração e troco a água, faço carinho, converso e separo eventuais trocas de tapas e patas entre Aurora e Morena Rosa e Ébano Nêgo Lindo e Léo Caramelo. Família grande tem desses problemas.
Coloquei mais comida para Betanilson ( o peixinho beta) e deixei seu aquário mais aconchegante, coloquei uma pedra e uma plantinha natural, não gosto de nada artificial. Betanilson se aconchega entre a pedra e a planta e ali ele descansa. Percebi que estava muito vazio e o peixinho precisava de um cantinho, de um aconchego.
E quem não precisa?
É isso.

                                      

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