sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Exames, Tapioca, Coco Ralado, Fim de Tarde

                                             

Fui hoje bem cedo para fazer exames: hemograma completo e exame de intolerância à lactose.
O exame é parecido com o exame de curva glicêmica; o paciente toma um líquido e a cada trinta minutos o sangue é coletado.
Tomei uma gororoba branca que parecia uma mistura de Maisena, Mylanta, leite e cal. Tive ânsia de vômito mas a enfermeira disse que se vomitássemos, o exame não poderia ser realizado.
Tomei a coisa branca e me deu um mal estar, mas fiz o exame.
Voltei para casa muito cansada e peguei um trânsito do caramba. 
Deitei um pouco com Ébano Nêgo Lindo. Levantei-me, imprimi alguns boletos e fui ao banco. Detesto de coração ir a bancos! São filas, informações desencontradas, poucos funcionários nos caixas e o povo com a bendita senha na mão que nunca é chamada.
Bom...
Ando pela calçada e avisto um senhor empurrando um carrinho e perguntei: "O que é que o senhor vende aí?"
"Refrigerante, gelinho e tapioca".
Queria uma água, estava tão cansada, tão molenga e tão sedenta.
Mas não resisti à tapioca quentinha, grossinha e feita com coco ralado natural; nada de coco ralado de supermercado. A tapioca lembrava muito a que comi no Alto da Sé em Olinda, a diferença é que tinha queijo coalho assado na hora! 
A senhora fazia as tapiocas enquanto um de seus filhos raspava o coco e me encantei com aquele monte branco de coco recém ralado. 
Paguei pela tapioca e perguntei ao senhor quem é que fazia e ele disse: "É eu mais minha mulher".
Perguntei de onde ele é: "Sou de Pernambuco"
"Por isso! Pra fazer uma tapioca gorducha, com sustança e com coco ralado de verdade só sendo nordestino mesmo!".
Não estou desmerecendo as tapiocas made in terras paulistanas, mas as daqui são muito light, muito fininhas e não dão a sustança que as nossas dão. Dá pro camarada encher o bucho e ficar sastifeito!
Voltei para casa e deitei de novo. Muita tontura e fraqueza.
Toca a campainha, toca o telefone. É sempre assim, quando a gente quer descansar aparecem inúmeros empecilhos. 
Um belo fim de tarde e meus gatos doidos para sair e comer o matinho que cresce nas calçadas da rua. Abri o portão e os deixei sair, mas fiquei observando, vigiando, lembrando a eles para tomar cuidado com os carros, não atravessar a rua e nem perseguir os pobres passarinhos.
Os funcionários das empresas e transportadoras saíam do trabalho e paravam para admirar minha gataiada e fazer comentários sobre a beleza deles, a quantidade deles e os nomes deles: "A senhora tem quantos gatos? Mas que nome chic que eles têm!".
Termina o passeio felino, sob protestos, claro. 
Entramos em casa e ligo a TV; nada interessante.
Tomo banho, faço uma sopinha de legumes e decido escrever.
É isso.

                                          


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