segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ortopedista

Fui hoje ao ortopedista, meu ombro direito e meu pé esquerdo doem.
Cheguei cedo ao consultório e conseguir estacionar facilmente na vaga especial; não tinha nenhum espertinho estacionado. Ainda bem.
Fiz radiografias e vou tomar um remédio feito sob manipulação. Devo retornar em um mês para tomar mais três injeções no joelho. 
É a minha doença de base, a Acromegalia.
Entrego meu cartão do convênio médico e a nada simpática recepcionista me pergunta: "A senhora já tem ficha aqui?"
Ela se fez de besta, como dizia mamãe, pois vou a cada dois ou três meses ao consultório.
"Moça véia mais chata!", diria papai.
Aguardo sentada enquanto folheio uma revista e naturalmente, obviamente, claramente e escancaradamente sou observada pelas pessoas que ali aguardam. 
Às vezes eu acho que as pessoas pensam que devo ser algum travesti/transexual que fez cirurgia de mudança de sexo! Só pode ser.
Coisa mais chata!
Tinha uma mãe com duas crianças terríveis que corriam pra lá e pra cá e colocavam em risco a segurança dos pacientes e a delas mesmas. Alguém poderia tropeçar, esbarrar nelas, cair. A mãe só se limitava a dizer: "Ou vocês ficam quietos ou vão ficar de castigo".
Acho que preferiram ficar de castigo, pois continuaram a correr, a gritar, a infernizar.
Vi situação semelhante no laboratório onde fui fazer alguns de meus exames; o moleque corria, subia nas cadeiras, gritava, esbarrava nas pessoas e a mãe não se dignou a levantar a bunda da cadeira para pegar o filho mal educado e sem limites.
Quando éramos pequenos e saíamos com mamãe para algum lugar ou íamos à casa de algum parente ou conhecido, ela dizia: "Finjam que são educados. Se fizerem passar vergonha o couro vai comer quando a gente chegar em casa".
Ficávamos sentados e se a nós fosse oferecido alguma bebida ou comida só aceitávamos quando mamãe nos permitia, e isso sem falar nada! Bastava um olhar e pronto! Isso que era comunicação!
E por falar em comunicação, queria conseguir me comunicar por telepatia e dizer telepaticamente àqueles que me olham tanto: "Estão olhando o que? Vão olhar para a @#$%&!"
Mas eu sou educada.
Mas não sou de ferro e sou humana, demasiado humana.
É isso.

                                         


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