domingo, 28 de outubro de 2012

Sensualidade, Vulgaridade, Filme

                                   


Assisti ao filme "Agente 86", um remake dos anos 60.
Adorávamos rir com as trapalhadas do agente 86 na companhia da agente 99.
Era tudo em preto e branco e gostávamos também da Feiticeira, Jeannie é um gênio, Os Três Patetas, O Gordo e o Magro. 
Observo no filme um ator muito alto, com aparência acromegálica e que mancava um pouco. 
No filme, o ator grandão é um pau mandado dos vilões malvados que querem explodir os Estados Unidos, claro.
Observo também o estereótipo: pessoa grandona é sempre bobona, obedece às ordens, não fala e grunhe como um animal. 
Isso para mim não é piada e muito menos engraçado, é um preconceito bobo disfarçado de humor.
Bom...
O ator grandão é Dalip Rana Singh, mais conhecido como The Great Khali, e nasceu na Índia. Foi submetido à um cirurgia para remoção de tumor de hipófise ainda este ano e ele mede dois metros e vinte e pesa cento e noventa quilos. Acromegalia.
Assisti ao filme porque zapeava pela TV em busca de alguma coisa que prestasse; difícil. Não estou com muita paciência para as novelas atuais e a única que acompanhava com gosto era Gabriela, que acabou nessa sexta-feira.
Aliás, o último capítulo da novela Gabriela foi meio "pesado" para o horário em que foi exibido e achei desnecessárias as fortes cenas de sexo entre as personagens de Juliana Paes e Humberto Martins, parecia filme pornô.
Acredito que insinuar um cena íntima fica de melhor tom do que mostrá-la explicitamente.
Terminado o filme comecei a procurar outros programas, mas só se via lixo disfarçado de humor, mulheres rebolativas com peitões e bundões à mostra. Não dá.
O Brasil insiste muito nessa imagem exacerbada de sensualidade do seu povo. Não precisa tanto, fica vulgar.
Somos um povo sensual sim, viemos de uma bela mistura de povos e etnias, sabemos disso, então não precisa exagerar tanto nas caras, bocas, bundas e peitos.
Nossa imagem lá fora se divide em duas: mato, índio pelado, jiboias, botos, macacos e pássaros coloridos voando pra lá e pra cá ou mulheres seminuas sambando no Carnaval.
Tem hora que dá vergonha disso.
Sou brasileira, não sei sambar, não ando seminua e não sou vulgar.
Chega uma hora que cansa.
É isso.

The Great Khali, o gigante indiano
                                

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