sábado, 27 de outubro de 2012

Balas, doces e salgadinhos

                                 

Vou à lojinha do meu irmão Fubá e observo a molecada chegar com moedinhas de cinco centavos nas mãos e perguntar quantas balas dá para comprar com aquele dinheiro. Acho gracioso.
Tenho bom coração e não desejo mal a quase ninguém, o que tem de bom e belo em mim é extremamente oposto à minha carona acromegálica. Mas quem se importa com isso se vivemos em um mundo e uma sociedade onde o que vale é o externo?
Paciência.
As balas são compradas e a molecada sai feliz.
Lembrei de quando era criança e catávamos as moedinhas para comprarmos  balas e um determinado dia oferecemos balas à vizinha, mas ela recusou. Disse que não gostava de balas e doces porque grudavam nos dentes; e eu disse para a menina judia: "Adulto é muito estranho, né? Adulto não gosta de bala, de doce, sorvete... Quando eu ficar adulta, não vou ser chata assim não; vou gostar de bala pra sempre!"
Disse isso do alto dos meus sete ou oito anos.
Fiquei adulta, gosto de doces mas das balas nem tanto. Não se fazem mais balas e doces como antigamente. Lembro de um doce de banana açucarado em forma de pinheiro, lambia todo o açúcar até ficar uma coisa marrom, úmida e disforme. Eca! Mas era delicioso.
Lembro do doce "Banda" que vinha embrulhado individualmente e era meio carinho para nossos padrões financeiros. 
Gostava de um doce que vinha em um potinho de casquinha, comíamos o doce e depois a casca, era tão bom!
Tinha amendoim japonês, bem salgadinho, e o amendoim doce que vinha com uma camada rosa de açúcar. 
Os gelinhos eram outra delícia à parte, adorava os exóticos gelinho de guaraná e chocolate e tinha curiosidade em provar o gelinho azul. Do que era feito aquilo? Era mais caro que os gelinhos comuns.
E tinha suspiros coloridos, maria moles branquinhas como coco e marronzinhas com coco queimado, balas, drops, salgadinhos...
Lembro que uma vez comprei alguns canudinhos de doce de abóbora com coco e os escondi até a hora que as visitas foram embora; finalmente. Mamãe percebeu e me deu uma bronca e eu disse que se fosse dividir meus canudinhos com aquele monte de gente, não daria para todos. 
Sou boa pessoa, mas no quesito dividir doces e guloseimas... Dá não. Desculpa aí.
Mãevelha também adorava doces. Acho que é mal de família, está no DNA.
Tempos doces aqueles.
É isso.

                                 

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