quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Otite

                                  

Otite é uma inflamação ou infecção no ouvido e causa muita dor.
Comecei com o ouvido "tampado" e depois evoluiu para uma dor aguda, terrível. Fiquei com a região debaixo do queixo, a papada, muito inchada. 
Às nove e meia da manhã de terça-feira fui ao Hospital Nipo Brasileiro e dei entrada pela emergência; a dor estava forte demais.
Passei pela triagem e depois o médico me atendeu, um jovem e simpático médico, o Dr. Thiago.
O médico me encaminha para a Sorologia, a sala onde os pacientes tomam medicamentos. Sentei-me em uma das cadeiras e a enfermeira disse que iria preparar o remédio... e demorou...demorou...demorou.
Chamei uma das enfermeiras presentes e perguntei pelo remédio, estava com muita dor, pelo amor de Deus!
"Só um minutinho".
Bom, o minutinho demorou mais uns bons vinte minutos; a dor não era nelas nem nas mães dessas desalmadas.
O remédio foi colocado em minha veia e tive ânsia de vômito e a enfermeira me deu um saco plástico. Pedi água e ela disse que eu não poderia tomar porque vomitaria de novo.
Não tomei a água e vomitei novamente.
Fiquei lá no canto encolhida com dor, sono, cansaço, sudorese, pressão alta e um sentimento enorme de abandono e descaso.
Claro, fui vítima dos olhares escrutinantes. Como sempre. 
Pedi água mais uma vez e ouvi o maldito "um minutinho" uma dúzia de vezes, mas não a água. Meus lábios estavam ressecados e eu com muita sede.
Perguntei à enfermeira se meus exames estavam prontos e se eu poderia ver o médico e ela disse: "Eu chamei seu nome várias vezes e a senhora não respondeu. Os exames estão aqui, se quiser pode ir lá".
Respondi: "Acontece que eu sou humana, adormeci sob efeito do remédio. Não durmo há duas noites com dor, estou cansada. Não posso ir sozinha até o médico, estou fraca, tenho artrose e mobilidade reduzida, alguém precisa me ajudar".
"Um minutinho".
Passaram-se longos minutinhos e pedi à enfermeira chefe para procurar meus exames e minha ficha e me acompanhar até o médico.
Saí do Hospital Nipo Brasileiro me sentindo um lixo, um zero à esquerda e isso porque pago caro pelo convênio médico.
Acredito que pagando caro ou não, todos nós deveríamos ser tratados com educação e respeito.
Deus me perdoe, mas tomara que essa quenga tenha uma dor de ouvido bem braba para saber entender e respeitar os outros. Se o paciente vai à emergência de um hospital, é porque precisa de cuidados médicos; ninguém vai lá para passear.
Não pretendo voltar ao Hospital Nipo Brasileiro tão cedo.

                                   
                                  
                            

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