sexta-feira, 25 de julho de 2014

"Periquitante"

                               



Faz frio. Muito frio.
Gatos deitados em cantos quentinhos; Clara Blue está ao meu lado e sob o cobertor.
É cobertor no sofá, na cama, na caminha dos gatos, no varal...
Parei um pouco e retorno à labuta doméstica que não acaba nunca.
Vi receitas de pavê e torta de limão, mas achei o pavê mais fácil e simples de fazer; gosto de receitas simples, sem muita frescura.
Quero comprar um processador de alimentos, fica mais fácil triturar e moer coco e bolachas do que no liquidificador.
Mas vai ter que esperar um pouco, a situação está "periquitante", como dizia mamãe. Quando ela falava assim, eu imaginava um monte de periquitos juntos.
Rádio ligado e ouço Cazuza, "Faz parte do meu show" e me lembro de Mãevelha; meu povo antigo tinha bom gosto musical e não teve o desgosto e desprazer de ouvir Funk, pagode e sertanojo atual; graças a Deus.
Ouvíamos aquelas duplas sertanejas antigas cujas canções falavam do sertão, dos amores caipiras, da roça, da vida...
Ouvíamos Caymmi, Gil, Caetano, Chico, Luiz Gonzaga e tanta gente boa que ou já se foi ou está velhinha.
E por falar nisso, perdemos três senhores sábios e sabidos em uma semana, praticamente. O país ficou órfão de cérebros brilhantes e pensantes, uma pena.
Vão em paz, Ariano Suassuna, Rubem Alves e João Ubaldo Ribeiro.
É isso.



                              


                                


                                     


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