segunda-feira, 25 de março de 2013

"De Menor"

                                



Voltava da perícia médica e entro na rua onde morei por muito tempo. Reduzo a marcha para o caminhão terminar a manobra.
Esse bairro já deu o que tinha que dar! Isso aqui se transformou em uma gigantesca transportadora a céu aberto.
Ruas lotadas de caminhões estacionados irregularmente que impedem a visão de quem dirige e não consegue ver quem vem no sentido contrário.
Barulho, sujeira, incômodo.
Assim que saio da Marginal Tietê e entro na rua percebo dois adolescentes andando de bicicleta; achei estranho e perigoso "duas crianças" andando por uma rua cheia de carros e caminhões circulando freneticamente. Estranhei também andarem em volta do carro, pensei que também aguardavam a manobra do caminhão para poderem seguir. Pensei também que fossem os moleques que jogam futebol na rua com os filhos dos vizinhos.
Andam em círculos, fazem que vão seguir em frente mas voltam. O mais gorducho com camiseta de listras pretas e amarelas puxa a maçaneta da porta do carona e diz: "É um assalto!".
O outro menor e mais magrinho posta-se ao meu lado.
Não conseguiram abrir a porta; eu tenho hábito de travá-las sempre.
O enorme caminhão ainda fechando metade a rua e os "de menor" ao meu redor. Meti a mão na buzina e gritei "pega ladrão!". Acelerei e não sei como consegui passar entre os carros estacionados e a porcaria do caminhão que não acabava nunca a bendita manobra.
Viro à direita na próxima rua e mais um caminhão parado, @#%$!.
Buzinei mais e gritei e as pessoas à volta pararam para ver o que estava acontecendo.
Faço mais uma manobra doida e encontro um camburão da polícia. Eles param e eu relato o ocorrido.
Falam mal da polícia paulista/paulistana. Falam que é bruta, violenta, injusta às vezes. Será?
Como deveria a polícia tratar criminosos? A pão de ló?!
Como os criminosos tratam suas vítimas? A pão de ló?!
Fiquei possessa, revoltada e com um sentimento imenso de ódio, raiva, ira...
Medo não senti na hora, senti raiva e nojo desses "de menor" dos infernos.
Eu sinto mais é raiva mesmo diante de situações como essas. Mas depois que passa tudo, volto para casa um caco e a pressão lá nas alturas.
Cadê o pessoal dos Direitos Humanos quando os "de menor" assaltam, estupram, matam?
Os "de menor" vão para a Fundação Casa, a antiga FEBEM, e de lá saem com a ficha limpa quando completam dezoito anos. É justo isso?
Saem como se cidadãos de bem fossem. É ridículo, é hipócrita isso.
Aí vem gente dizer que são crianças, que vêm de lares pobres, violentos e/ou desfeitos, que isso, que aquilo.
E isso tudo justifica cometer crimes?
Crianças?!
Não para mim!
Crianças brincam, não são criminosas.
As leis desse nosso país foram feitas para proteger criminosos; dá até a impressão que o crime compensa, pois o cabra mata, estupra, rouba, corrompe etc, e depois ou paga fiança ou cumpre uma pequena parte da pena e logo logo está em liberdade.
Então pra que condenar o cara a trinta, cinquenta ou até cem anos de reclusão se nem dez anos na cadeia o desgraçado fica?
E ainda tem o tal do "bom comportamento", que alivia a pena do criminoso.
Esse país imita tanto os Estados Unidos da América; é sua colônia cultural, mas pergunto: "Por que não copia coisas boas?"
Não! Só copiam gírias, gestos, hábitos alimentares e inutilidades afins".
Nos Estados Unidos não tem essa de o cara ser "de menor". Não importa se é criança, adolescente ou adulto; cometeu crime é punido! Cadeia!
As penas são cumpridas integralmente e não tem essa de bom comportamento não.
Lembro de um caso de uma garotinha de seis anos que fora algemada pela  polícia porque estava agressiva e batia nos coleguinhas e professores. Causou comoção mundial, pois onde já se viu algemar uma criança de seis anos?! 
É?
Se deixa pra lá e segue o mantra de que é apenas uma criança, essa garotinha poderia se tornar uma adolescente problemática e até uma criminosa.
Radical?
Sim, sou sim. Sou radical assumida. 
Pra mim não tem essa "de maior ou de menor", cometeu crime é bandido e tem que pagar por isso!
Mas nosso país varonil tem leis brandas para criminosos e leis rigorosas para o cidadão de bem.
O nosso país incentiva a pobreza, a preguiça, o comodismo e o botar filho no mundo com sua Bolsa Família, Programa Mãe Paulistana, Auxílio Reclusão...
O Auxílio Reclusão é o mais revoltante de todos, acredito eu. É um, como o nome já diz, auxílio aos dependentes do segurado recolhido à prisão; presidiário mesmo!
E sabem qual o valor desse auxílio? R$ 971,78! Mais que o salário mínimo, que é R$ 678.00.
Então nos parece que ser um cidadão de bem, um trabalhador honesto e cumpridor de seus deveres não está com nada. O negócio é ser bandido, paga muito mais e melhor!
E com bolsas, programas e auxílios a população acomodada se acomoda mais ainda e dana-se a botar filho no mundo para ser mais uns "de menor" e seguir com o ciclo de comodismo, vagabundagem e criminalidade.
E para ajudar à criminalidade, fazem campanha para o desarmamento da população. 
Eu já fui a favor da campanha, mas depois de hoje e dos "ataques" mequetrefes ao meu portão e à tampa do relógio da luz, mudei e tenho outra visão.
Uma bala bem colocada no meio dos cornos de quem merece resolveria o problema da superpopulação nas cadeias.
É isso.


Foto: Sou da paz, e estou pronto para defendê-la. (Contribuição de Luciano Menegucci)

                                   








Um comentário:

  1. Nossa, Rejane. Fiquei boquiaberta enquanto lia o seu post! Isso é realmente muito, muito revoltante, dá vontade de meter a mão na cara de um safado desse, né? Mas tá tudo bem com você agora, a pressão já tá legal?
    Não sei, pra mim não tem essa de "mas é coisa que acontece!". A gente não pode se conformar diante dessas barbaridades.
    Concordo em gênero, número e grau com tudo o que você disse, principalmente na parte de que essas pessoas não são crianças. Crianças brincam, são inocentes, podem até fazer uma arte ou outra, mas não são criminosos!
    Sou super a favor da Polícia do Estado de São Paulo (pode-se dizer que sou uma maria-farda, haha), sou defensora mesmo. Uma vez, um cara lá de onde eu morava falou: "É, mas eles são brutos. Se vêem com drogas ou armas, então...". O que ele quer? Que o policial vê com arma e droga e ainda trate o indivíduo como cidadão?
    O jeito é rezar para ter proteção sempre e nos prevenirmos como podemos.
    Beijos.

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