sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Pétala

                                    

Ouvia Djavan, adoro.
Ouvia "Pétala", minha favorita.
Somou-se a preocupação como o gato abandonado à minha coleção de minhocas e parafusos soltos, e pronto! Me debulhei em lágrimas, como dizia mamãe.
"Oxe, mas que choradô todo é esse? O que se assucede, minha flor de maracujá?", diria meu Paipreto.
Adoro a flor de maracujá, é a mais bonita de todas.
Adoro margaridas, cravos, cravinas, flores do campo... todas as flores.
Eu ia comprar uma "Quaresmeira" carregadinha de flores brancas, roxas, rosas, lilás, mas era pesada para eu trazer.
Vou "roubar" um galho da Quaresmeira do vizinho.
Pétala...



                                          

Remédio e Palavras

Acabei de ler uma piadinha postada por minha colega de faculdade: "Que remédio é bom pra formiga?", pergunta o caipira. "Sei não, as formigas lá de casa adoecem e eu deixo elas morrer", responde o outro.
Meu irmão Fubá tem um mercadinho e fomos ajudá-lo a organizar as coisas; minha irmã Rosi encontra um veneno para matar baratas com a data de validade vencida e brincamos: "Já pensou se vem uma barata segurando o veneno e reclamando da validade vencida?"
Lembro de um comercial interessante em que as pessoas perguntavam: "O que é bom para azia?", e as outras pessoas respondiam: "Pra azia é bom torresmo, fritura, pimenta..."
Agora se perguntasse o que é bom para tratar, curar, aliviar a azia aí sim, a resposta deveria ser outra.
As pessoas fazem uso incorreto das palavras, termos e expressões e habituam-se a isso e no final das contas falamos uma língua inversa, reversa, oposta e mesmo assim nos comunicamos. 
Vixe!
Elucubrei agora.
Leio jornal ou assisto telejornais e ouço/leio, por exemplo: "Pessoa leva tiro na Vila Maria". Que parte do corpo é a "Vila Maria"?
Não deveria ser assim: "Pessoa leva tiro em sua residência na Vila Maria"?
Gosto de ler os jornais, principalmente, e me ater a esses detalhes curiosos e interessantes das palavras.
Um dia li um texto que dizia assim: "As palavras têm um poder assustador".
É isso.

                                 

Abandono

A julgar por minha aparência acromegálica, eu deveria ser uma pessoa durona, mas não sou.
E isso confirma a tese de que não se deve julgar uma pessoa pela aparência; conheço pessoas com rostos bonitos e agradáveis de se ver mas cujo coração não é tão belo e bonzinho assim.
Sou uma molenga, uma chorona inveterada, manteiga derretida, coração bom; tudo ao contrário do que mostra minha aparência acromegálica.
Bom...
Fui ao Carrefour da Vila Maria/Vila Guilherme para pesquisar os preços das TV´s e até me interessei por uma, mas cadê o vendedor? Já falei aqui que supermercados/hipermercados só servem para vender gêneros alimentícios, produtos de limpeza e afins; comprar eletro eletrônicos nesses locais é teste de paciência.
Os vendedores fingem que estão olhando alguma coisa no computador, fingem que falam ao telefone, fingem estar muito ocupados. Se a gente pede a ajuda de um deles o que ouvimos é que ele não é daquele setor e que vai chamar outra pessoa para nos atender. Vai esperando...
Desisti.
Nem o bom preço das TV´s compensariam tanto desrespeito para com o cliente.
Estou no estacionamento e vejo um casal próximo à uma pequena árvore e percebo que cuidam de um gato. Desço do carro e me aproximo deles e pergunto o que está acontecendo e eles dizem que ouviram o miado do gato e pararam para ajudar. O gato estava só pele e osso, miava de sede, fome e dor e tinha os olhos fechados, ou talvez cegados, por uma secreção que deve ter sido causada por má nutrição, creio eu.
O casal tentava dar água ao gato e tinha comigo um sachê com ração. Tentamos dar água e comida mas o bichano se recusava tanto a comer quanto a beber.
O bichinho sofria. Meu Deus.
Eu disse ao casal o que digo sempre: "Não precisa amar os bichos, mas tem que respeitá-los".
Maldade, crueldade, frieza, falta de amor no coração fazer uma coisa dessas com um bicho inocente.
Quisera eu que todos os bichos tivessem pelo menos metade da boa vida que meus gatos têm. É amor, comida, água fresca, cama macia, dengo, chamego, lundu, amor...
Como diz meu irmão Naldão: "Esses gatos saíram do lixo para o luxo".
O moço disse que contribui para com uma associação que acolhe animais abandonados e eu pedi encarecidamente que ele levasse o gato ao veterinário. Já tenho seis gatos em casa e      já estou sofrendo por antecipação com a ideia de ter que me desfazer de alguns deles quando eu tiver que me mudar da casa onde moro. Minha Nossa Senhora!
Chorei.
Deixei a ração com o casal para o caso de o gato querer comer, mas ele estava tão fraquinho, meu Deus, que nem tinha forças para levantar a cabeça.
Levantei meus olhos aos céus, pedi a Deus e ao Povo lá de cima, aperreei mais uma vez a gente boa que ouve minhas preces, enxuga minhas lágrimas, acalanta minha dor: "Não deixem o bichinho sofrer mais não. Que ele seja tratado e recupere a saúde. Que a dor dele seja aliviada... Eu só queria ganhar na Mega Sena para poder ter condições de ajudar toda a bicharada carente, juro por Deus!".
Uma pessoa me disse que têm pessoas, crianças carentes também.
Eu sei e me compadeço, mas gente recebe bolsa família, bolsa mãe paulistana, bolsa isso, bolsa aquilo e filho a gente escolhe colocar no mundo ou não. Na boa e com todo o respeito, como sempre digo.
Já ouvi falar sobre pessoas que envenenam animais, que colocam filhotinhos dentro de sacos, amarram em um lugar e batem no saco com pedaço de pau até matar todos os bichinhos; jogam filhotes dentro de rios, afogam dentro de baldes mesmo.
Anos depois essas pessoas ficam doentes, enfrentam doenças sérias... Por que será?!
Repito: Não precisa adorar os bichos, mas precisa respeitá-los.
Aliás, se mantivéssemos uma relação de cuidado, respeito e preservação com a Mãe Natureza, talvez muitas dessas catástrofes climáticas fossem atenuadas ou até mesmo evitadas!
Pensemos.
É isso.

                                  

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sala

Li artigo que fala sobre empreendimentos imobiliários destinados aos muito ricos e que trazem como novidade salas amplas onde os carros são estacionados/guardados.
Esse negócio de carro na sala fez-me lembrar das decorações de antigamente em casa de pobre, como a nossa.
Na nossa época, alguns eletrodomésticos eram coisa de e para gente rica e quando um pobre conseguia comprar um, o exibia na sala. Explico.
Liquidificadores, batedeiras de bolo, microondas e afins eram colocados na estante da sala! O objetivo era mesmo fazer com que as visitas vissem aqueles aparelhos modernos e naturalmente ficassem com inveja.
As mulheres faziam capinhas de tricô e crochê para cobrir os liquidificadores, batedeiras, cafeteiras etc... e tal.
Já disse aqui e repito: pobre é besta mesmo!
É isso.

                                  

Fronha

                                        

Zapeava pela TV, como sempre faço, e decidi parar em uma canal religioso.
Aliás, canais ditos religiosos e canais de vendas são o que mais têm e o que poucos veem, mas temos que pagar por eles, mesmo que não os assistamos.
Falei sobre isso com a atendente da Net e reclamei sobre o fato de pagarmos por algo que não assistimos; não poderíamos mudar? Trocar por outros canais de filmes, por exemplo?
A simpática mocinha disse que não, não pode mudar nada! Que o pacote já é definido e o temos empurrado goela abaixo. Paciência.
Mas quem é o mané que define o pacote? Por acaso ele nos perguntou se queremos assistir a exploração da fé em inúmeros e seguidos canais? Ofertas disso e daquilo?
Isso é uma ditadura, penso eu.
Mas eu zapeava pelos canais, como disse, e me chamou a atenção o relato de pessoas que se diziam curadas de doenças ósseas, tumores, cegueira e até de aleijados que voltaram a andar. Puxa vida!
Como todo o respeito.
Tenho respeito e dó por essas pessoas simples e desesperadas que procuram ajuda para resolver seus problemas.
Tenho asco por essas pessoas que se dizem mensageiras de Deus na Terra e que exploram a fé, a inocência e a ignorância dos desesperados.
E isso não é de hoje.
São garrafinhas de água vinda de Israel, a Terra Santa.
São garrafinhas com óleo ungido também vindas da Terra Santa.
São livros, CD´s, DVD´s e boletos bancários para engordar a obesa conta daqueles que professam uma falsa fé e enchem seus bolsos com suado e honesto dinheiro dos necessitados.
Procuro respeitar a tudo e a todos, como sempre digo, mas há situações que causam revolta, como por exemplo o fato de crianças não poderem comemorar seus aniversários e terem um festinha simples e convidar seus amiguinhos. Por quê?
Festas juninas também são proibidas. Por quê?
Querem transformar as pessoas em zumbis acerebrados?
Já estão.
Querem curar gays?! Desde quando opção sexual é doença?!
Bom, além de toda a parafernália pseudo religiosa que vendem, o que me intrigou foi a oferta de uma fronha milagrosa e que custa o módico preço de noventa e um reais.
Noventa e um reais por uma fronha?!
Costumo pagar entre cinco e sete reais por fronhas bonitas e boa qualidade nas lojas Pernambucanas! 
Bom, as fronhas que compro apenas protegem o travesseiro, não fazem milagres.
Liguei para o número colocado na tela para que as pessoas liguem e adquiram a fronha e façam doações para a obra do Senhor, não sabia que Deus era pedreiro. Arquiteto, talvez?
São várias contas abertas em vários bancos para facilitar a vida do fiel que vai depositar seu rico dinheirinho. 
Deus é fiel.
Fiel? Deus é corinthiano?
Certa vez alguém disse que eu lia demais e que os livros eram inimigos e que a pessoa só deveria ler a bíblia. Não sei por que, mas isso me lembrou os livros proibidos de Fahrenheit 451.
Outro disse que blogueiros são filhos do demo... Não sabia que eu era adotada.
Desde que o mundo é mundo os mais espertos manipulam os mais inocentes. Manipulam, exploram, proíbem, ditam regras, costumes, ideologias...
Cada cabeça uma sentença, já dizia mamãe, mas me incomoda o fato de proibir coisas tão simples e que dão tanta alegria às crianças.
Me incomoda explorar, vender saúde, vender a cura.
Se fosse assim, hospitais, médicos e planos de saúde iriam à falência e deixariam de existir.
Não sei se deveria escrever e publicar essa postagem, mas vejo absurdos demais e que têm me incomodado e preocupado.
Não pretendo ofender a ninguém e muito menos à fé alheia, mas o Deus em que acredito não precisa de dinheiro.
Não encontro Deus em templos de ouro e mármore. Não encontro Deus em proibições absurdas. Não encontro Deus em promessas mirabolantes.
Deus está dentro de cada um, somos sua igreja.
Igreja não é um edifício, um prédio ou um templo; igreja é cada um de nós.
Palavras mal interpretadas, deturpadas, manipuladas.
Deus me livre de todo mal. Amém.


                                              
                                       

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Folclore

Hoje é 22 de agosto, dia do folclore.
O folclore brasileiro é riquíssimo e isso deveria ser motivo de orgulho para seu povo.
Saci-pererê, mula sem cabeça, boitatá, curupira e tantos seres misteriosos e encantadores que fascinam a gente.
Criaturas ou seres que protegem as matas e os animais.
Pensando bem, os seres do nosso folclore são na verdade ecologicamente corretos, tão em voga atualmente; protegem a vida nas matas e rios, assustam e castigam caçadores malvados, são brincalhões, arteiros e fascinantes.
Tomara que nosso folclore não fique no esquecimento, pois é o que temo, ainda mais com essa crescente onda de religiosidade fanática somada à ignorância e à cegueira de consciência.
Com todo o respeito, como sempre digo, mas se Deus criou tudo, então Ele criou tudo mesmo!
Beleza?
É isso.

                              

Idiota

                                           


Copiei, colei e publiquei aqui texto cuja autoria é atribuída a Arnaldo Jabor.
Achei o texto inteligente e interessante, se não o fosse, não o publicaria aqui no blog.
É muito comum pessoas escreverem algo e atribuí-lo a outra pessoa, principalmente se for uma pessoa pública, famosa, conhecida por sua inteligência e por suas críticas ao governo e à Sociedade do país.
Conforme texto escrito, também e supostamente por Arnaldo Jabor, há muitos idiotas que escrevem textos e os publicam como sendo de Arnaldo Jabor.
Bom, talvez eu tenha sido idiota também, pois copiei, colei e publiquei aqui neste blog um texto supostamente escrito por Jabor. 
Só publiquei porque gostei da crítica inteligente, sendo de Arnaldo Jabor ou não.
E por falar em idiota, eu ia comprar o livro "O Idiota" de Dostoiévski quando fui à Bienal do Livro, mas desisti ao ver a qualidade ruim da impressão. Parece que alguém pegou o texto e disse assim: "Tó, imprime aí, vai".
Não deve-se julgar um livro pela capa, e não julguei! A capa até que estava bonitinha, mas o interior do livro, não!
Até entendo ser questão de economia, de ecologicamente correto e blá, blá, blá, mas economizaram muito em qualidade e ficou um livro impresso de qualquer jeito, sem respeito às margens, com letras quase caindo para fora do livro, papel ruim e otras cositas mas.
Desconfio de livros muito baratinhos demais, desconfio que o texto seja integral, desconfio que seja algum resumo resumido de algum resumo. 
Bom, os livros vendidos naquelas máquinas do metrô são baratinhos e de boa qualidade.
Eu sempre comprava quando andava mais de metrô.
E por falar em metrô, quando o governo vai perceber que o transporte público de São Paulo está sobrecarregado? E quando chegar a Copa do Mundo e esse povo todo indo pra ZL para o estádio do Curinthia, mano? Vixe! Vai parar a Radial Leste!
E falando ainda sobre livros...
Gosto de comprar os livros vendidos nos catálogos da Avon, os preços são bons e a qualidade é boa; o problema é que já comprei e li todos os livros que me interessaram e o outro problema é que são poucos os títulos que me interessam, pois 99% dos livros são sobre temas que não me interessam.
Nem vou colocar aqui para não parecer intolerante e "inguinórante" demais.
Bom...
Vou fazer meu café forte e doce na medida, igual ao da minha avó Mãevelha.
Acho que vou fazer um pão de ló (bolo sem leite) com raspas de limão e laranja.
É isso.
Bom dia a todos.

                               


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Não

vou escrever hoje não.
Estou tão cansada.
Disseste que se tua voz
tivesse força igual
à imensa dor que sentes
teu grito acordaria 
não só a tua casa
mas a vizinhança inteira

                                          

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Povos

Líbano
                                          
Fui ao Atacadão e enquanto passava pelos corredores vi três mulheres vestidas com roupas compridas, sóbrias e com os cabelos cobertos por um belo lenço estampado.
As mulheres falavam em uma língua diferente e uma delas era jovem e muito bonita, com belos e expressivos olhos verdes. 
Por cobrirem os cabelos, as mulheres árabes, muçulmanas e islâmicas capricham na sobrancelha, fica muito bonita.
Perguntei à mais jovem se ela falava português e de onde vinha e ela disse que viera do Líbano e a língua falada é o árabe.
Adoro conhecer novas culturas, línguas, costumes.
Acho uma tolice julgar alguém baseado apenas em um estereótipo tolo e preconceito infundado; procure conhecer a pessoa, saber sua história, julgar não é correto.
Cada povo tem sua história, sua cultura, sua língua, sua fé. O que pode parecer estranho para um pode ser perfeitamente normal para o outro.
Seria tão simples, mas as pessoas complicam tudo.
Tanto ódio, tanto sangue derramado, tanta destruição. Por quê?
Paz na Terra aos homens de boa vontade.
Falta a boa vontade.
Meu Deus.
Vamos todos à nossas igrejas, templos, ou seja lá qual for o nome dado, e pedimos paz, mas saíamos à rua e perpetramos ódio, intolerância, ignorância.
Bom...
Continuei pelos corredores e fui ao corredor do café; um rapazote organizava os pacotes de café e pedi que me entregasse um e ele disse: "Esse é Melitta extra forte, vai esse mesmo?"
Gosto do café Melitta sabor da fazenda, mas não tinha.
Eu disse ao rapaz que gosto de café forte e ele disse: "Sabia que esse é o melhor café? Passou até marcas mais usadas como Pilão. Sabia que o Três Corações também passou o Pilão no gosto popular? Tá embaçado!".
Eu gosto de todos, mas tenho uma queda por cafés fortes.
Tirei os produtos das prateleiras, coloquei no carrinho, tirei do carrinho, coloquei na esteira do caixa, tirei do caixa e coloquei no carrinho, tirei do carrinho, coloquei no carro, tirei do carro, guardei as compras. Ufa!
Fiquei cansada, claro.
Deitei um pouco no sofá e acordei com Ébano Nêgo Lindo esfregando sua cabeça em meu rosto para me acordar e com Alice miando e me olhando, estavam com fome.
Alimentei a todos, tomei banho e aqui estou.
Ainda estou cansada.
Acho que estou ficando velha.
É isso.

                                     

                                

Livros da Bienal

Meus livros comprados na Bienal. Comprei pouco dessa vez. :-(
Tentei ontem baixar/carregar as fotos que tirei dos livros da Bienal, mas não sei por qual motivo, a máquina fotográfica digital "mudérna" não quis funcionar.
Acho que a máquina é moderna, já eu sou meio "inguinórante" ainda no que se refere a computadores, máquinas e afins.
Até que me acho esperta por conseguir criar e manter um blog!
Bom, abaixo algumas fotos:

Maria Julia e seus livros
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Arnaldo Jabor

Li esse texto de Arnaldo Jabor e achei fabuloso.
Por que não temos políticos e povo com inteligência "jaboriana"?!

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca. 
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; 

Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
...Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático.. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro.
Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.





                                                         

domingo, 19 de agosto de 2012

Amanhã

Amanhã é outro dia.
Nada como um dia após o outro.
Um dia após o outro e uma noite no meio.
Amanhã será melhor.
Será sim.
Minha sobrinha Maria Julia disse uma vez, quando era pequena: "Tia Rejane, descobri uma coisa: amanhã vai ser hoje e hoje vai ser ontem!".
Provoquei minha também sobrinha Beatriz e disse que sua mãe é uma "picareta e corinthiana" e ouvi o seguinte: "Tia Rejane, sabia que minha mãe é sua irmã?!"
Compramos alguns livros na Bienal e Maria Julia comprou "A turma da Mônica" jovem; ela já está ficando uma moçona, e um livro com o sedutor título: "Fique Maravilhosa". Perguntei sobre o livro e ela disse: "É um livro com dicas para eu ficar mais maravilhosa ainda, tia Rejane".
Ah bom!
São essas pequenas grandes coisas que aliviam.
São como bálsamo.
Amanhã é outro dia e será muito melhor.
Amém.

                                    

Doença

                                         

Não estou bem.
Meus ombros pesam, a dor invade.
Revolta. Fúria.
E não estou falando sobre o time da Espanha.
A fúria é minha, só minha, toda minha.
Turbilhão, revolta, rebelião. Que @#$%*! de doença é essa?!
Entendo e aceito essa porcaria de doença besta 99.99% do tempo, mas os 00.01% às vezes transformam-se em cem por cento!
Olhares e comentários. Sempre eles.
Saíamos da Bienal do Livro e nos dirigimos ao restaurante para almoçar, mas antes passei no posto para abastecer. Abasteci e na hora de pagar com o cartão de débito o sistema havia caído. 
Nos Estados Unidos a pessoa para o carro próximo à bomba e de lá vai até o caixa e paga pela quantia desejada; o caixa libera a bomba já programada com o valor desejado. Mais prático e seguro.
Aqui não. Depois que se abastece é que se paga. E se não tiver sistema, como foi o que aconteceu ontem? E se o motorista fugir após ter abastecido o carro e ter recebido a chave do frentista? Prejuízo na certa.
Mas sou cliente desse posto há muito tempo e o jeito foi deixar para eu voltar mais tarde com o dinheiro. Voltei e paguei. Agradeci pela confiança.
Chegamos ao restaurante e fui ao banheiro para lavar as mãos, uma menininha olha para mim e pergunta para a mãe: "É mulher ou homem?"
A mãe tentou disfarçar, mas a menina continuava falando. Crianças não têm freios, falam o que pensam, o que sentem, o que veem. Muitas falam por inocência, sem maldade.
Mas têm umas tagarelas, mal criadas... Mamãe dizia: "Menino (criança) é que nem c... pra fazer vergonha".
A mãe pediu desculpas mas eu disse que tudo bem, que tenho a doença do crescimento e por isso tenho essa aparência andrógena. 
Sou sempre muito educada, quase sempre, 99.99% do tempo. 
Tem gente que abusa, que olha mesmo e que ri. Hoje mesmo fizeram isso. Um grupo de jovens abestados queriam se exibir uns para os outros e riram alto, gargalharam forçadamente. Falaram palavrões para se referir a mim. 
Ignorei. Não vou me rebaixar ao nível de pessoas ignorantes, estúpidas, tacanhas.
Quando a pessoa permite, eu explico porque tenho essa aparência e a pessoa diz, na maioria das vezes, que vai pesquisar mais sobre o assunto e que nunca ouviu falar sobre a doença: Acromegalia.
Tem hora que até acho chique a denominação dessa porcaria de doença besta: doença rara que acomete cerca de cinquenta pessoas por milhão de habitantes.
Bom, se fui acometida pela Acromegalia, estou entre as cinquenta pessoas "sortudas" entre esse um milhão e isso significa, penso eu, que minhas chances de ganhar na Mega Sena são ainda maiores!
Na boa, a vida é feita de escolhas e eu não escolhi ser pobre. Beleza?
Mas eu estava falando sobre revolta, fúria, raiva... Mas eu também procuro fazer graça, procuro evitar que sentimentos ruins dominem totalmente. São fases, as benditas fases de revolta.
Sou humana, demasiado humana, p#@!%¨&*!!!
Não sou celebridade, não gosto de ser olhada como se fosse uma espécie rara, um animal exótico, uma coisa estranha. Não sou coisa, não sou rara, sou apenas humana.
Me sinto tão só.
É isso.

                                  

Bienal do Livro e Vampiros

                                        

Fomos ontem à Bienal do Livro.
Fomos eu, minha irmã Rosi e meus sobrinhos Maria Julia, Beatriz e Vinicius.
Compramos livros, passeamos pelo espaço gigantesco.
Absurdo o preço do estacionamento: trinta reais!
Os preços da água, sucos e refrigerantes também eram abusivos. Precisa mesmo explorar tanto?
Bom...
Queria saber o que é que acontece com o piso do Anhembi, pavilhão de exposições, pois o chão de repente afunda e de repente abaixa; é todo irregular.
Levei alguns tropicões, quase caí, mas a sorte é que levei minha bengala que me dá mais apoio, firmeza e segurança.
Não gostei muito dessa Bienal, faltaram algumas editoras que dessa vez não expuseram seus produtos. Pena.
Até mesmo editoras que costumavam ocupar um espaço bem maior nas bienais anteriores, ocuparam nessa um espaço mais reduzido. Gostei não.
O que vi muito foram editoras expondo e vendendo mais do mesmo: livros sobre vampiros.
Me pópi! Como diria papai.
Acho que o modismo dos vampiros já cansou. Na boa.
Eu gostava dos filmes antigos sobre vampiros, morria de medo, mas assistia até o fim. Vampiros másculos, sedentos por sangue, elegantes e viris, bem ao contrário do vampiro-fada dessa saga Crespúsculo (Twilight). Uma colega minha diz que o Edward, o vampiro-fada da saga, é educado, gentil, meigo, delicado,que não bebe sangue humano (bebe o quê, sangue orgânico de soja?!) blá, blá, blá... 
Isso para mim tem outro nome.
Mas eu falava sobre vampiros...
"Entrevista com o vampiro" trouxe atores másculos (até prova em contrário) e lindões: Antonio Banderas, Brad Pitt e o cientologicamente exagerado, Tom Cruise.
Gostava do vampiro interpretado pelo ator ucraniano Jack Palance. 
Uma vez fiquei com muito medo após assistir ao filme e fui para a cama com um terço de minha avó Mãevelha. Coloquei o terço no pescoço com o crucifixo virado para frente, claro. Vai que um vampiro resolve aparecer em terras tropicais?! Nunca se sabe.
Papai percebeu e fui motivo de piada por um bom tempo.
Mas é melhor prevenir que remediar, já diz o ditado.
É isso.