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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Substituir

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A semana foi mais ou menos; mais do mesmo e menos do que eu realmente queria: saúde, andar livremente, dirigir, fazer o que gosto e preciso e com liberdade.
Paciência, paciência...
Pressão sempre alta, muito remédio, estômago que reclama e reage com dores e vômitos. Perdi peso e acho que já posso substituir a Gisele Bündchen nas passarelas, só que não.
Bom...
Estranho o silêncio que se faz desde o início da noite e perdura até agora; é tão bom.
Ninguém se estranhando, sem gritaria na rua, sem músicas infantis, religiosas e sertanejo; sem o barulho habitual. Mas vamos ver até quando essa paz vai durar.
Tenho muita coisa para ler e amanhã farei uma das coisas que mais gosto: cuidar dos livros.
O frio está voltando.
É isso.



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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Esfiha

                                   


De volta ao trabalho. Legal.
A moça da cozinha trouxe apenas café; não havia lanche e a cantina estava fechada, só segunda-feira.
Alguém teve a ideia de fazer "vaquinha" para comprar esfiha e refrigerante; 99.99% dos refrigerantes comprados são Coca-Cola. Não sou muito fã.
Em poucos minutos chega a encomenda e peguei minha esfiha de queijo; esfiha fechada, não gosto muito da aberta.
Como não tinha outra coisa, o jeito foi tomar Coca-Cola mesmo. Tomei só meio copo, não gosto muito.
A tarde seguia normalmente, mas lá pelas quatro horas começo a sentir umas pontadas no estômago que evoluíram para uma dor aguda e insistente.
Termina mais um dia de trabalho. Vou para casa, mas antes passo no Pet Shop para comprar ração molhada para a gataiada.
Alimento meus felinos muito bem tratados, mimados, queridos e amados. Faço um chá de erva cidreira (capim santo) e começo a me sentir melhor.
Amanhã talvez vá ao supermercado para comprar grãos e legumes. Adoro vagem, grão de bico, beterraba, mandioquinha, ervilha, tomate...
Preciso preparar algo para levar de lanche, comer guloseimas e tomar refrigerante não me apetecem muito.
Meu estômago que o diga.
É isso.


                                       

terça-feira, 26 de março de 2013

Culinária Estranha

                                            


Assistir TV está difícil, pelo amor de Deus!
Tenho mania de zapear pelos canais à procura de algo que preste; difícil.
Paro quase sempre no canal Bem Simples e gosto das receitas calóricas da Palmirinha e da Carla Pernambuco.
Detesto as receitas malucas e metidas a modernas dos moços e moças metidos a grandes chefs; eles fazem cada coisa estranha!
Um deles inventou de fazer uma salada com flores comestíveis. Eu não comeria. 
Flores são para exalar perfume, para embelezar, para acalmar.
Tem uma parte do programa que é apresentada por cozinheiros daqui da América Latina e, honestamente, preparam umas coisas estranhas que não combinam. Acho que é questão de hábito.
Temperaram a carne com açúcar, para mim não dá.
Gosto da parte de artesanato, mas têm uns trabalhos ali que só o cara com muita paciência para fazer aquilo.
Têm umas ideias para festas e decoração que não combinam muito com nosso tempo e cultura, isso sem falar na culinária estranha.
Outra coisa com que implico são as medidas. Em vez de dizerem "um ovo, dois ovos etc", dizem uma unidade de ovo ou um copo de ovo.
Quantos ovos são necessários para se encher um copo?
Não é mais fácil e simples dizer um ou mais ovos em vez de uma unidade de ovo ou de qualquer coisa?
Outro chef que me causa estranhamento e cuja comida eu nunca comeria é o tal do "Mago da cozinha" do Fantástico, o Felipe Bronze.
O cara inventa umas coisas estranhas que mais parecem saídas de algum livro de Alquimia Medieval ou de uma aula de Química do Ensino Médio.
Fico pensando e me perguntando se aquelas comidas químicas cheias de nitrogênio líquido e outros compostos não causam danos à saúde. Será que nosso estômago digere bem aquela alquimia toda?
Digo isso por mim, pois meu estômago mal digere o leite e seus derivados, quem dirá se conseguiria digerir aquela gororoba criada em laboratório.
Para mim comida é feita com ingredientes de verdade, com bons temperos, com sal e açúcar usados nos alimentos certos, com elementos químicos na tabela periódica e com flores no canteiro ou no vaso.
Essa semana parece que a implicância é com culinária.
É isso.

                              TABELA PERIÓDICA
                          


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Fome

                             


Não tenho tido muita fome ultimamente, principalmente de manhã. Começo a tomar os remédios a partir das seis horas e até o meio dia já tomei a metade da cota diária.
Com o estômago cheio de água e remédios, quem é que vai conseguir comer alguma coisa? Ou sentir fome?
Bom, conheço gente que sentiria fome sim.
Me levanto após tomar as primeiras doses e sigo minha rotina diária: alimentar peixes, alimentar gatos, limpar o quintal dos gatos, separar o lixo comum do lixo reciclável, nos dias em que passa o caminhão da coleta, tomar meu banho e depois fazer meu café forte e adoçado na medida; nem doce demais e nem amargo demais.
Tomo café, apenas café. 
Não sinto fome e só depois, no início da tarde, é que sinto vontade de comer.
Sei que está errado, mas não consigo.
Minha avó Mãevelha dizia que quando a gente vai ficando velho muda alguns hábitos, principalmente os alimentares. Não temos a mesma fome e a mesma gula de antes.
Nunca fui muito gulosa com todo tipo de comida, mas sempre adorei um docinho e uma coisinha salgadinha.
Eu era bem magrinha e engordei bastante quando adquiri a Acromegalia. Aliás, um engorde rápido demais e sem aparente explicação é um dos primeiros sintomas da Acromegalia e isso aconteceu comigo e com todos os acromegálicos que conheço.
Mas depois da descoberta da doença iniciei tratamento, fiz cirurgias e agora mantenho um peso razoável. Não sou magrinha como antigamente e também não sou obesa, é preciso ter um certo controle porque peso demais faz mal e afeta todo o corpo, internamente e externamente.
Ainda não sinto fome mas ando com muita vontade de comer frutas.
É isso.



Jaca, pinha e pitomba.

                                  

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Remédios e Efeitos Colaterais

                               


Tomo muito remédio. Não gosto, mas preciso.
É remédio para controle da hipertensão, remédio para o estômago, para controle da Acromegalia e para controle da Artrose e as dores e entrevamento que ela provoca.
Já não gosto de comer de manhã, raramente como de manhã e agora com esse monte de remédio, aí é que a fome vai embora mesmo.
O ortopedista receitou um remédio caro que necessita de receita com duas vias e mostrar documento para que seja vendido ao paciente/consumidor.
O remédio é indicado para dores neuropáticas e tem efeitos colaterais ruins, como tontura, náusea e vômito. É horrível, sinto-me derrubada, cansada, como se arrastasse um peso amarrado ao meu corpo, principalmente pernas e coluna.
Estou endurecida, entrevada e dolorida.
Com esses sintomas e dores fortes que tenho apresentado, perdi o apetite e até emagreci uns dois ou três quilos nessas mais recentes duas semanas passadas. Não gosto de dizer última semana, última isso, última aquilo. Nada é último, não morri ainda e vou durar muito, se Deus quiser.
O emagrecimento é bom e é necessário manter um peso equilibrado, pois o peso extra sobre as pernas só pioraria as dores e o movimento e prejudicaria o restante do corpo.
Não sei. Não sou alegre nem triste, estou cansada, muito cansada. 
Mas eu acredito que dias melhore virão.
Pelo amor de Deus!
É isso.
                                
                               


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Estômago & Temperança

Aurora Borealis
                             

Como dizia papai: "Meu 'istambo' não tá muito bom não".
Levei os exames de endoscopia e colonoscopia ao gastroenterologista, um simpático doutor de certa idade, mas os resultados foram inconclusivos; terei que refazer os exames com nova biópsia.
Tenho uma digestão pesada, difícil e certos alimentos me fazem mal.
Disse ao médico que avisei ao pessoal do laboratório sobre minha condição e que seria necessário um prazo maior para os efeitos dos remédios tomados para a realização dos exames.
Mas disseram que estava "tudo bem".
Fui orientada a tomar o remédio dado pelo laboratório às seis da manhã e o efeito daria-se dali há umas duas horas; os exames estavam agendados para a uma meia da tarde e eu deveria comparecer ao local ao meio dia. Sabia que não daria tempo de o remédio fazer o efeito esperado e eu ficar com estômago, intestino e afins limpos.
Pelo que o doutor pode ver baseado no que os exames permitiam ver, estou com a bactéria H. pylori, inflamações no estômago, irritações causadas pelo refluxo e outros pequenos problemas no duodeno e toda a parte digestiva.
Ele perguntou se havia alguém na família com problemas intestinais/estomacais e mencionei o histórico do meu avô José, pai de papai. O avô José tinha intolerância à lactose e um estômago delicado e uma digestão difícil, como eu. Se pudesse transformar em dinheiro todos os problemas de saúde que herdei, estaria numa boa hoje.
Vou tomar vários medicamentos, somados aos que já tomo regularmente para o tratamento da Acromegalia, hipertensão, diabetes, artrose... Graças a Deus.
Comecei ontem o tratamento e hoje amanheci meio mole; muito remédio e dois deles tenho que tomar em jejum. Fico com uma sensação desagradável de estômago cheio sem ter comido nada.
E o calor absurdo de hoje me deixou mais mole ainda. Detesto calor.
Nem saí de casa, iria à fisioterapia, mas desisti.
Quando ganhar na Mega Sena vou me mudar para um país frio quando aqui for verão.
Mas até isso acontecer, sigo reclamando do calor, me abanando e tomando gelados.
Além do calor e do estômago, outros problemas somam-se, graças a Deus.
Como dizem os mano curinthia: "Tá embaçado".
Têm coisas tão pequenas mas que surtem um efeito tão grande nas nossas vidas. Como dizia minha bisavó, Maria Higinia, Dona Gina: "Engulo um boi com as pontas (chifres) e não me entalo, já um mosquito me entala".
Tenho me entalado com muitos mosquitos ultimamente.
Mas nada é para sempre, nem as coisas boas nem as coisas ruins. Tem que ter um pouco de tudo, um equilíbrio, temperança.
Mas a balança anda meio desequilibrada.
Dias melhores virão.

Pinheiro é símbolo Celta da Temperança
                               


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Biópsia

                                    



Fiz ontem exames de colonoscopia, endoscopia e biópsia para pesquisa de H. Pylori, uma bactéria que afeta a mucosa do estômago e causa gastrites, úlceras e outros males.
O exame foi pedido pelo médico por dois motivos: investigação e controle dos danos causados pela Acromegalia, entre os quais estão os pólipos intestinais, e minha difícil digestão.
O exame ocorreu tranquilamente e voltei para casa meio sonolenta devido à anestesia. Durante a noite o quadro mudou e me senti muito mal, dores e vômitos constantes. Fiz chá, tomei água, remédio para controle de vômito, mas tudo o que eu tomava era posto para fora. 
Pensei em ligar para meus irmãos mas fiquei preocupada com a violência que assola as noites paulistanas ultimamente, mas segundo vi no telejornal, essa noite foi tranquila, graças a Deus.
Passei a noite assim, entre chás, água, remédios, vômitos e um mal estar tremendo. Consegui cochilar lá pelas cinco horas da manhã, mas meu sono foi interrompido pelo buzinar insistente de um caminhão que não tinha paciência para esperar o outro manobrar.
Hoje, especialmente, e não sei porque, os caminhões incomodaram muito mais que de costume; parece que decidiram se reunir e atazanar as manhãs das pessoas que tentavam dormir.
Será que não haveria um meio de mudar essas transportadoras para outro local? Um local adequado para caminhões, manobras, buzinas e barulho?
O curioso, como já relatei aqui, é que há placas indicando a proibição de caminhões e dizendo que a área é restrita. Foi apenas desperdício de dinheiro e mão de obra, pois as placas são ignoradas e até arrancadas e os caminhões continuam a infernizar as vidas das pessoas que tentam entrar ou sair com seus carros da garagem e até a mesmo a dar um cochilo.
Sei lá...
Parece que quando não estamos bem tudo contribui para piorar.
É isso.

                                

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ânimo

Não gosto de palhaços mas esse representa bem o paradoxo: feliz por fora e devorando-se por dentro.
                                  

Estou tão cansada.
Fui hoje ao laboratório para pegar o resultado da ultrassonografia de abdome e um medicamento chamado Manitol para poder realizar os exames de endoscopia e colonoscopia com biópsia, se necessário.
Tenho tido dores muito fortes de estômago e é como se um bicho estivesse a se contorcer dentro de mim e a me devorar as vísceras.
Sempre tive dificuldade para digerir alimentos e o resultado disso são prisões de ventre que duram de uma semana a dez dias, barriga inchada e gases.
Outro dia desses acordei o vizinho e os gatos com minhas sonoras emissões gasosas.
Bom...
O laboratório me liga e me orienta quanto ao procedimento: jejum, tomar o Manitol e outros remédios pedidos.
Sigo pela Marginal Tietê sempre congestionada às sexta-feiras chuvosas e penso comigo: "E se eu desistisse de tudo? E se eu parasse com tudo?"
O problema é dar trabalho aos outros. 
O problema é suportar as dores, o cansaço, a deformidade óssea, o crescimento, o desânimo e a revolta.
O problema é ficar presa a uma cama de hospital. Deus me livre! Já passei por isso e não quero passar de novo não.
Tanto cabra safado por aí e com saúde e eu não.
Quase todo dia tenho que fazer exame, buscar exame, levar exame...
Que doença mais besta, minha Nossa Senhora!
Se eu fosse rica, largaria tudo e andaria sem rumo por esse mundo véio sem porteira e iria até onde e quando a Acromegalia permitisse; até onde minhas juntas e ossos entrevados me levassem.
Mas antes de partir eu gostaria de ver meus irmãos e irmãs bem, meus gatos também.
Estou cansada, meu Deus.
Mas não vou desistir não.
Não vou me entregar não.
Já comi toucinho com mais cabelo, diria mamãe.
Às vezes, muitas vezes, não é fácil ser eu.
São coisas minhas, muito minhas, só minhas.

                         
                                       



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pessoa

                                           

Sou uma pessoa honesta, trabalhadora e cumpridora de meus deveres, como dizia mamãe.
Sou uma pessoa meio ensimesmada, muito na minha mas que trato a todos com respeito e educação.
Sou uma pessoa meio "inguinórante" e quanto a isso não posso fazer muita coisa, é mal de família.
Mas ando meio arretada, avexada, agoniada, aperreada; virada no Jiraya mesmo!
Detesto essa vida besta de exames, consultas, remédios e "ameaças" de novas cirurgias.
Sou julgada por minha aparência acromegálica, mas isso é e está errado! O caráter de uma pessoa não está em sua cara feia ou bonita, não está na cor de sua pele, em sua opção sexual ou religiosa, na sua perfeição ou imperfeição física. Vejo tanta gente dita bonita que não vale o que o gato enterra!
Tanto cabra safado sem vergonha fazendo coisa errada por aí e que tem a saúde boa!
Assistia ao programa do Datena e ele mostrava reportagem sobre a "gangue das loiras"; moças bonitas que usavam a beleza para seduzir, sequestrar, roubar e fazer compras com o dinheiro da vítima.
Claro, ninguém desconfiaria de uma pessoa bonita, não é mesmo?
Pois é. Não sou loira, não sou bonita e não roubo, furto ou sequestro; sou uma pessoa honesta, trabalhadora e cumpridora de meus deveres.
Mas vivemos no mundo das aparências. Aliás, desde que o mundo é mundo as pessoas são julgadas por sua aparência, suas posses e suas relações pessoais.
Umbero Eco fala sobre o belo e o feio em seus livros "A história da beleza" e "A história da feiura".
Estou louca para comprar os livros, mas os preços não são nada bonitos.
Bom,
Amanhã tem mais vai e vem, tem mais "bater os quatro cantos do mundo" e tenho que buscar meu remédio na farmácia de manipulação. 
Haja estômago!

                                    



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Forte

                                             

Fiz mais exames e farei mais amanhã.
Fui aos consultórios do neurocirurgião, gastroenterologista e ortopedista.
O bicho pegando.
Há exatamente um ano comecei a ter problemas nos ossos e juntas: artrite, artrose, osteoartrite sistêmica (pelo corpo todo).
Segundo os médicos, o "normal" seria tudo isso iniciar agora, nos meus quarenta e cinco anos, e progredir lentamente e lá pelos sessenta ou setenta anos começar de fato a apresentar os sintomas mais graves. Mas tudo foi e está sendo precoce e muito rápido e isso é devido à minha doença de base, a Acromegalia.
Em maio do ano passado fui ao ortopedista com uma dor no pé esquerdo e desde então tenho retornado para mais exames, remédios, injeções no joelho e diagnósticos desagradáveis.
Estou meio chateada.
Estou me entrevando. Está difícil subir escadas sem apoio, sem corrimão. Está difícil levantar quando fico algum tempo sentada e/ou dirigindo, parece que tem um peso enorme puxando meu corpo e minhas pernas para baixo. Uso minha bengala e isso me ajuda a ter alguma estabilidade; tenho medo de cair, de ser empurrada por pessoas apressadas nessa e dessa Pauliceia Desvairada.
Relatei ao neurocirurgião meus problemas ósseos e o que disse e vem dizendo o ortopedista, e ele, o neuro, disse que essa evolução rápida é devido ao tumor que está em atividade. Ele pegou uma folha de papel e fez um desenho, simbolizando meu tumor e a área em que está. Ele disse que a Radiocirurgia feita em setembro de 2010 ainda faz efeito mas que se os exames de sangue mostrarem um número alto do GH (Growth Hormone - Hormônio do Crescimento) há a possibilidade de um novo procedimento, tanto radiológico quanto cirúrgico. Tudo depende da atividade e do tamanho do tumor e rezemos para que ele não cresça e não ultrapasse a barreira de segurança imposta pela radiação e pelo Sandostatin - LAR. Aliás, vou tomar mais uma dose na semana que vem.
Saí do consultório muito triste e até derramei umas lágrimas enquanto seguia pela Avenida Vinte e Três de Maio sempre congestionada, graças a Deus.
Mas eu disse ao neurocirurgião que o tumor não vai crescer e que faço uma nova Radiocirurgia numa boa, mas cirurgia convencional não faço de jeito maneira, jeito qualidade!
Tenho medo, pavor, angústia. 
Lembrar que fiquei em coma, lembrar do que vi e pelo o que passei no coma. 
Não, pelo amor de Deus, não!
Quero isso não.
Ainda tentei brincar para afastar a angústia: "Faço Radiocirurgia, DVDcirurgia, CDcirurgia, mas cirurgia convencional não!"
A gastroenterologista pediu vários exames: ultrassom de abdome, endoscopia, colonoscopia e biópsia caso necessário. Pediu também exames de sangue e de intolerância à lactose. Meu estômago tem doído muito nos últimos meses. Dor mesmo! Parece que tem um bicho se contorcendo enquanto me devora por dentro; é essa a sensação.
A Acromegalia piora o que já é ruim e além dos problemas ósseos também afeta estômago e a região intestinal (pólipos). Eu sempre tive uma péssima digestão e tive uma forte intolerância à lactose quando criança. 
A Acromegalia não se contenta em ficar só no tumor localizado lá num cantinho do cérebro, não. A Acromegalia estraga tudo, piora o que é ruim, intensifica problemas existentes... Doença do cacete!
Não, não bastavam as mazelas internas e as mudanças externas que deixam os ignorantes me olhando como se eu fosse de outro planeta, a Acromegalia quer mais.
Sou forte, sou guerreira e a Acromegalia não vai tirar essa força de mim. Não vai mesmo!
Já comi toucinho com mais cabelo, como dizia mamãe.
Sou mameluco
Sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco
Sou Leão do Norte

                                        




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Alzheimer

                                             


Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro. Na fase inicial a pessoa esquece de coisas simples como datas, números de telefones, nomes etc, e aos poucos vai perdendo a capacidade de pensar, racionar e se esquece até mesmo de pessoas próximas, familiares e não pode cuidar de si mesmo.
Segundo alguns artigos, a leitura, fazer jogos como caça-palavras e outros ajudam a retardar o Mal de Alzheimer. Atividades como fazer crochê, tricô, bordar também são úteis e saudáveis.
De todos os males que afetam o cérebro, a memória e a cognitividade o que mais me assusta é o Alzheimer. Tenho medo.
Tenho histórico em minha família de doenças cardíacas, diabetes e hipertensão; herdei a acromegalia de minha avó Mariana e o estômago "ruim" de meu avô José. 
Minha avó Mãevelha tinha oitenta e quatro anos e era lúcida, inteligente e tinha ideias claras. Ela costurava e colocava a linha na agulha sem ajuda e nem usava óculos! Tinha quase todos os dentes e seu único problema era o diabetes. 
Meu tio José do Recife está com noventa anos e lembra de "causos" passados como se fosse hoje. É um idoso inteligente, ágil, teimoso e lúcido.
Mas eu ando me esquecendo muito das coisas. Já errei caminhos, já me esqueci para onde estava indo e o que ia fazer, já esqueci o número do meu celular e tive que voltar em casa e ligar para a pessoa para dar meu número! 
Vou buscar ou fazer algo em algum cômodo da casa e acabo voltando para trás sem saber o que deveria fazer ou buscar e tudo em questão de segundos: estava na minha cabeça agorinha mesmo!
Tenho receio e acredito que a cirurgia que fiz para a retirada do adenoma de hipófise (tumor), as correções de fístula liquórica e a Radiocirurgia de alguma forma afetaram minha capacidade cognitiva e áreas do meu cérebro.
Vou falar sobre isso com meus médicos. 
Estou começando a me preocupar e peço a Deus que eu melhore e que nunca mais fique presa em mim mesma, presa em mundo solitário e frio e tentando me comunicar com as pessoas mas ninguém me via ou ouvia, para elas eu estava simplesmente dormindo. Que toda essa fase horrível do coma nunca mais se repita. Que eu envelheça com saúde, sanidade, lucidez e alegria e se não for possível, que eu feche meus olhos e os abra em um lugar bom, com gente boa. 
Não quero ficar gagá, caduca e esquecida. Não quero ser esquecida nem ficar esquecida em um asilo e longe da família e das pessoas que gosto.
Afasta de mim esse cálice.
Amém.