domingo, 12 de fevereiro de 2012

Volta

Estou de volta para o meu aconchego.
Estou de volta para minha casa, meu cafofo. Minha família, meus gatos, meus livros...
A cirurgia de fístula liquórica foi realizada, finalmente.
Fui para o Hospital Santa Helena às 7hs da manhã de segunda-feira, 06 de fevereiro. Lá encontrei a anestesista, a Drª. Celeste, que estranhou eu não estar internada desde a noite anterior. Eu expliquei o ocorrido à médica que havia pedido minha internação para a noite de domingo, 05 de fevereiro. A simpática funcionária do hospital disse que não seria possível e que eu só poderia mesmo me internar na segunda-feira. Paciência.
Terminada a burocracia, subo para o quarto no oitavo andar. Deixo lá minhas coisas e respondo às perguntas de praxe para a enfermeira e desço para fazer exames cardiológicos.
Subo novamente e às 13hs a Drª Celeste retorna para falar comigo e me dá um pré anestésico.
Há um pequeno problema: pressão alta. Mesmo tomando religiosamente os medicamentos, continuo muito hipertensa. O pré anestésico talvez pudesse ajudar.
Às 16h30 sou levada para a sala de pré cirurgia e aguardo alguns momentos. Adormeço novamente.
Sou acordada pela Drª Celeste já na sala de cirurgia e conversamos animadamente enquanto os procedimentos habituais são realizados.
Adormeço mais uma vez e acordo cinco horas depois; cirurgia realizada e tudo em paz. Graças a Deus.
Temia o coma, a U.T.I e todo o drama pelo que passei na minha segunda cirurgia.
Sou levada para a U.T.I. e na manhã seguinte o Dr. Chico me visita e me da alta para eu ir para o quarto.
Espero...Espero...Espero.
Continuo na U.T.I. Presa à cama e sem poder sair para caminhar ou ir ao banheiro sozinha. Pergunto o que está acontecendo e sou informada que não há vagas e temos que estar esperando por uma vaga.
O gerundismo bem que poderia entrar em coma.
Bom, espero segunda, terça e finalmente, na quarta-feira, peço para ligarem para meu médico. Quero sair dali o mais rápido possível. Minha irmã Rosi ligava e perguntava por mim e ouvia sempre a mesma desculpa. "Ela está bem, está na U.T.I."
E eu perguntando quando iria para o quarto, pedindo para abaixarem as grades da cama, pedindo para ir ao banheiro sozinha, pedindo para tirarem de mim aquele monte de fios, eletrodos, aparelhos e afins.
Eu estava agoniada e doida para ir embora.
Suplico ao Dr. Carlos que ligue para o Dr. Ricardo para que venha me dar alta... ou fugirei do hospital descalça e com aquela camisola horrível.
Eu já havia pedido o mesmo um milhão de vezes às enfermeiras, mas elas diziam que não conseguiam falar com o meu médico. Tá. Me engana que eu gosto.
Na quarta-feira o Dr. Ricardo me dá alta e orientações pós operatórias e peço que avisem minha família. Às 17hs chegam meu irmão Fubá e minha cunhada Preta. Eles haviam chegado ao hospital às 13hs e estavam tentando convercer a funcionária de que a bagagem erroneamente etiquetada com o nome de outra paciente, era a minha. Fubá abriu minha bolsa, pegou meus documentos e mostrou à moça, para convencê-la de que falava a verdade.
Dr. Ricardo reclama do absurdo de o paciente ter de ficar na U.T.I suscetível à infecções só porque não havia quartos livres! Eu e outro paciente estávamos na mesma situação.
Mas se eu fui internada e levada ao quarto, porque não poderia voltar para o mesmo bendito quarto no dia seguinte à cirurgia?!
Bom...
Estou de volta e doida para escrever.
Aos poucos organizo minha vida e vou ficar bastante boa para voltar ao trabalho e à minha rotina, se Deus quiser.
Estou seriamente pensando em voltar ao Pet Center. (e não apenas para comprar ração).


                                               


                              

Um comentário:

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