terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ano que vem, se o mundo não acabar

                              

Ligo para os consultórios médicos e tento agendar consultas, mas ouço: "Só no ano que vem, senhora".
Beleza. E se eu ficar sem meus exames e remédios?
Bom, isso se o ano de 2012 acabar mesmo no dia vinte e um de dezembro; falta uma semana!
Desde que o mundo é mundo ouve-se falar sobre o fim. Papai dizia que o mundo tinha se acabado em água e que nessas épocas modernas se acabaria em fogo, ou vice versa, não sei.
Mas ele mesmo dizia: "Oxe, isso é besteira! O mundo acaba pra quem morre".
Assistia ao seriado "Perception" do cana AXN e a personagem principal, um cientista brilhante e esquizofrênico irrita-se com a pseudo religiosidade de um grupo que é investigado pela polícia: "Já se provou tantas vezes que era charlatanismo mas mesmo assim as pessoas continuam insistindo e acreditando nisso!"; mais ou menos assim, pelo que me lembro.
Eu gosto dessas séries inteligentes e até li um artigo no Estadão, acho, dizendo que o público está mais sabido e exige uma programação que aguce sua inteligência. Adoro Criminal Minds, SCI, Perception; ver novelinha besta da Glória Perez não dá! É sempre mais do mesmo: um país exótico, dancinhas e expressões idiomáticas, musiquinhas típicas... uma chatice só.
Já foram Marrocos, Índia e agora Turquia e o povo viaja pra lá e pra cá como se fosse rápido e barato um voo para esses belos lugares. E os atores são sempre os mesmos de suas outras novelas.
Fico pensando: "E quando não tiver mais país exótico? Sobre o que ela vai escrever? Quem sabe não decida fazer novela sobre tribos indígenas isoladas na Floresta Amazônica, ou talvez sobre o interior isolado de algum lugar do Brasil... Quem sabe?"
Se a Globo quisesse, eu escreveria uma novela mais normalzinha.
Sei lá.
É isso.


                                 

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