sábado, 15 de dezembro de 2012

Ensino ontem e hoje

                              


Conversava com minha irmã Rosi sobre material escolar, uniforme e tudo o que concerne ensino, educação, alfabetização etc...
Minha sobrinha Beatriz vai para a primeira série ano que vem e já está alfabetizada; sabe fazer cálculos básicos também. 
Algumas crianças da mesma idade de Beatriz estão na "escolinha" ou pré escola pública e não estão ainda alfabetizadas; irão para a primeira série totalmente despreparadas.
Aí está a diferença entre escola pública e particular e o ensino ontem e hoje.
Muitos alunos chegam à quinta série sem saber ler e escrever! 
O material escolar é entregue e aos pais e alunos é avisado sobre a importância de trazer o material diariamente para os estudos e deveres em classe e em casa, mas aqueles alunos com mais dificuldade "esquecem" os livros, lápis, cadernos... Outros dizem que o irmão pegou o lápis e não devolveu.
Mas vejo que o problema não é esse, isso são desculpas para não assumir que não são alfabetizados e não virarem motivo de gracinhas dos colegas.
Esses alunos problemáticos andam pela sala, falam com os outros alunos, pedem material emprestado, apontam o lápis dezenas de vezes e percebo que é uma tentativa de disfarçar e matar o tempo.
Chamamos os pais e quando vêm, reclamam. Dizem que têm mais o que fazer e se o filho está na escola é para aprender!
Nesses lares não há diálogo, participação e interesse dos pais para com os filhos. A escola é apenas um depósito de criança que dará algumas horas de sossego às mães que ficam em casa.
A participação e interesse dos pais são de fundamental importância no desenvolvimento escolar, social e psicológico dos filhos.
Vejo pais e mães omissos que não verificam os cadernos e livros dos filhos, não participam de sua vida escolar, não perguntam como foi a aula, nada.
Os filhos chegam da escola, comem alguma coisa, vão para a frente da TV e pronto, e assim o dia prossegue.
Alguns pais usam a desculpa de que não têm tempo para ajudar os filhos nas lições de casa; não podem ajudar porque não lembram e não sabem como fazer algumas tarefas escolares. A criança acaba desmotivada e larga tudo pra lá, indo à escola apenas para cumprir o horário e ficar de conversa com os coleguinhas.
Sei de pais que educam os filhos cada um de seu jeito e o resultado é que a criança respeita ou desrespeita mais o pai ou a mãe, dependendo de como é educado. Às vezes são os pais que são mais liberais, às vezes são as mães e assim a criança fica dividida e esperta ao mesmo tempo, pois sabe com quem tem mais moleza e atenção.
Sei de mães que ficam penduradas ao telefone com as amigas, adoram bater perna por aí e mal param em casa; deixam os filhos aos cuidados de babás e empregadas e não têm paciência para com a criança. Gritam, gritam e gritam.
Não sabem conversar, resolvem tudo no grito: "Vai fazer a lição já!".
Bom, mandar uma criança de seis ou sete anos fazer a lição sozinha é pedir demais e passar recibo de mãe incompetente, desculpa aí.
A criança nessa idade é muito nova e precisa do apoio dos pais, principalmente de quem ficar em casa com ele e o normal é esperar que o pai ou a mãe o ajude com a lição. Disse ajudar, orientar, participar e não fazer a lição para a criança ou deixá-la fazer tudo sozinha e de qualquer jeito.
A educação mudou muito e sou totalmente contra essa aprovação direta do aluno. Muitos se acomodam, não estudam e não se importam porque sabem que serão aprovados. E é por isso que temos tantos analfabetos funcionais.
Por isso bato na tecla da participação dos pais na vida dos filhos.
Digo e repito: Se não tem paciência então não coloque filho do mundo!
Estudei em escola pública quando o ensino era bom e os professores eram respeitados. Hoje virou um oba oba danado.
Mamãe teve uma grande participação em meu interesse pelos estudos e pelos livros e é por isso que falo sobre a importância da participação dos pais.
Tem que participar, tem que incentivar.
Ser pai ou mãe não significa apenas fazer o filho e colocá-lo no mundo, tem que participar.
Filhos são para sempre e dão um trabalho...Vai encarar?
É isso.

                                  

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