sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Nogueira

                            

Lembrei de um texto em meu livro de Língua Portuguesa da quarta série; falava sobre um idoso de um vilarejo que plantava uma nogueira.
Lembro do desenho, um velho barbudo e magro arrumando a terra em volta da pequena planta.
As pessoas em volta observavam e não entediam porque o ancião plantava uma árvore que levaria décadas para frutificar e todos sabiam que ele não veria isso acontecer. A professora leu o texto e pediu para que falássemos sobre o que entendemos da história, se havia alguma mensagem naquela história e qual.
Os alunos do "fundão", os mais terríveis e engraçadinhos, disseram que o ancião estava maluco e onde já se vira alguém plantar um árvore que demoraria um tempão para crescer e dar frutos sabendo que ele mesmo morreria  bem antes disso. Outros alunos mais ecologicamente corretos, incluindo minha pessoa maluquetes e amante das coisas da Natureza, dissemos que o importante era plantar a árvore e mesmo que o velhinho morresse, a árvore ficaria para as pessoas do vilarejo. A árvore daria frutos e sombra nos dias de calor.
Eu não conhecia a palavra ancião e quando cheguei em casa, perguntei a mamãe o significado e ela me disse que ancião era o mesmo que velho e idoso.
Achei a história do ancião e a nogueira tão linda, tão forte e tão real.
Adorava os textos dos meus livros de Língua Portuguesa e analisando baseando-me nos livros de hoje, acho os textos do meu tempo de escola bem mais instigantes, inteligentes e fortes.
Acho que a Educação atual passa muito a mão na cabeça dos alunos e os trata como seres frágeis, bonzinhos, carentes e meiguinhos. Acho que isso subestima a capacidade e a inteligência dos alunos e os deixa acomodados e preguiçosos.
E além do mais, os alunos são lobos em pele de cordeiro.
Acorda Brasil, a tua educação está em péssima posição no ranking mundial!
É isso.




 

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